quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

FUS vai ter conservatório regional


A Filarmónica União Sertaginense (FUS) está de parabéns. O seu projecto foi o escolhido entre os três seleccionados, a nível distrital, pelo programa «A Nossa Terra Quer», da SIC.
Deste modo, a FUS passou a ter disponíveis 30 mil euros para construir o seu conservatório regional, um sonho que os seus dirigentes e executantes vinham alimentando ao longo dos últimos anos.
Segundo Vítor Cavalheiro, presidente da Direcção da FUS, citado pela Rádio Condestável, este conservatório “era algo que pretendíamos e ansiávamos há muito tempo. Temos muitos executantes que estavam interessados em frequentar o conservatório mas que não o faziam porque era longe e devido aos elevados custos talvez não tivessem facilidades”.
O presidente da Direcção da FUS diz que agora o objectivo é “colocar mãos à obra” e “vamos começar junto da DREC para saber as obras que temos que fazer, as adaptações que temos que executar e em conjunto com a Câmara e DREC, começar a planear o próximo ano lectivo”.
Aqui ficam os nossos sinceros parabéns à FUS, a colectividade mais antiga do concelho.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Grupo Coral do Sertanense dá concerto de Natal


A Casa da Cultura da Sertã será palco hoje do concerto de Natal do Sertanense Futebol Clube. O espectáculo conta com o Grupo Coral do Sertanense e tem início às 21h30m.
Organizado pelo clube sertaginense, este evento conta com os apoios da Câmara Municipal da Sertã e da Junta de Freguesia da Sertã.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Acontecimentos marcantes: Primeira edição da FAFIC


Há quem ainda hoje suspire pela Feira Agrícola, Florestal, Industrial e Comercial (FAFIC) da Sertã. Escusado será dizer que a sua primeira edição, em 1984, marcou um ponto de viragem na vida do concelho, que se estendeu às edições seguintes.
Mas voltemos à primeira, que teve lugar entre 16 e 24 de Junho de 1984. Segundo as contas da organização, foram mais de 100 os expositores presentes, ao passo que o número de visitantes nunca foi devidamente contabilizado, mas há quem garanta que foram “uns bons milhares” os que passaram pela Alameda de Carvalha durante aquela semana.
Entre as atracções musicais, o destaque foi para Herman José, que na altura corria o país de lés-a-lés, com a sua performance que misturava comédia e música.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Elevação da Sertã a cidade voltou ao debate político


O último Sábado foi o dia escolhido para a Convenção Autárquica do Partido Socialista, que decorreu na Sertã. A Rádio Condestável, no seu website (cada vez mais actualizado), dá conta das principais ideias defendidas e debatidas durante esta jornada de trabalho. “A construção de territórios criativos e sustentáveis, a cultura e o ambiente como alicerces de desenvolvimento local, a sustentabilidade da floresta e a criação de condições para a fixação de nichos diversificados como sendo as áreas criativas e de desenvolvimento de novas tecnologias, foram algumas das ideias deixadas por Carlos Miranda”, pode ler-se na notícia divulgada por este órgão de comunicação, que dá ainda conta de que este militante socialista defendeu “que a Sertã já reúne condições para ser elevada à categoria de cidade”.
Na sua óptica, “seriam assim fixados novos serviços e consequentemente novas linhas de desenvolvimento, já que «os centros urbanos com dimensão crítica são, só por si capazes de gerar riqueza». «Entre Coimbra e Castelo Branco não existe uma cidade e a Sertã tem condições para ser esse centro». Tendo a consciência de que, para já, não existem vantagens em termos financeiros, Carlos Miranda acredita que existem em termos simbólicos. «Sendo cidade, a Sertã consolida a sua posição na região, atrai mais comércio e serviços, privados ou estatais»”.
Parece que o tema da elevação da Sertã a cidade voltou à agenda política concelhia. Depois de Ângelo Farinha, antigo presidente da Câmara da Sertã, ter sonhado com esse objectivo durante muitos anos – apesar do próprio ter dito em várias ocasiões que “o dia da Sertã ser elevada a cidade ainda estava longe” – eis que agora, a ideia é repescada pelos socialistas.
É um debate interessante, este da elevação da Sertã a cidade, apesar de na minha opinião as vantagens não serem assim tão consideráveis.
Além de que não é desprestígio nenhum ser vila. Veja-se, por exemplo, o caso de Cascais: os habitantes e o executivo municipal recusam-se liminarmente a que a localidade deixe de ser vila para passar a cidade (é bom que se entenda que não estou a comparar Cascais com a Sertã, apesar de serem duas vilas com uma riqueza histórica e turística assinalável).
Ainda assim, não deixo de pensar que este é um bom tema de reflexão. Até porque a ideia de chegar a cidade pode, acima de tudo, servir como inspiração e tónico para que todos possamos fazer da Sertã uma vila mais forte no contexto do distrito de Castelo Branco e da própria Zona Centro.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Memórias: Ponte nova da Carvalha


Na altura, a ponte tinha o nome de nova, mas hoje já não se pode dizer que o seja, apesar de manter toda a beleza que sempre a caracterizou. Está situada na zona da Carvalha e continua a ser uma das mais movimentadas da vila.
Mais um pedaço de história da nossa vila, que vai perdurando ao tempo.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Esquina da Sertã no Recife


Esquina da Sertã. Este é um nome que poderá não dizer nada à maioria, mas o que é certo é que se alguma vez passaram pela cidade do Recife sabem do que estou a falar.
Desde os idos do século passado, que a cidade do Recife foi o destino preferido de muitos dos emigrantes oriundos do nosso concelho, que procuravam a sua sorte no Brasil. A sua presença era notada por todos e a importância que muitos assumiram ainda hoje é lembrada pelas forças vivas da cidade.
Como qualquer sertaginense que se preze, é sempre imperioso deixar a sua marca e, no caso, do Recife, essa marca chama-se Esquina da Sertã, um local baptizado pelos nossos conterrâneos e a quem o tempo deu validade.
Para nos ajudar a compreender um pouco melhor o que era a Esquina da Sertã, recorri a um artigo publicado no jornal «A Comarca da Sertã», de 30 de Setembro de 1966: “Foi assim que durante longos anos, enquanto fervilhavam política e partidos, havia no Recife um ponto que era paragem obrigatória a quantos discutiam política. Era a «esquina da Sertã», a qual era invocada assiduamente na imprensa, rádio e nos comentários do povo. À noite ali se reuniam grupinhos para discutirem os seus eleitos. Enfim, em tempo de eleições só se ouvia dizer: Esquina da Sertã para cá, Esquina da Sertã para lá, e assim ficou notória. No entanto, muitos pronunciavam esse nome sem saberem que o mesmo evocava um povo do velho mundo e de tradições antiquíssimas”.
Hoje, pelo que consegui apurar, a Esquina da Sertã não passa de uma memória... bem presente entre os habitantes da cidade do Recife.
Foto: Um bairro do Recife na década de 1940

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Jornais antigos: Família Paroquial de Várzea dos Cavaleiros


O número de estreia foi publicado no primeiro dia de 1956. O jornal de inspiração cristã «Família Paroquial de Várzea dos Cavaleiros» era dirigido e editado pelo Padre Manuel da Cruz Nunes de Matos.
Apesar do seu cunho marcadamente cristão, este jornal dava conta de várias notícias da freguesia e arredores, tendo publicando alguns folhetins literários e artigos reflexivos, que abordavam os mais diversos temas.
Não se sabe ao certo quando deixou de existir, mas é possível afirmar que teve, pelo menos, 53 edições.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Candidatos do PSD à Câmara da Sertã perfilam-se


Eu já estava a estranhar que as notícias sobre as eleições autárquicas do próximo ano ainda não tivessem começado a circular pela comunicação social. Mas a espera terminou no final do passado mês, quando o jornal on-line Pinhal Digital (uma excelente fonte de informação sobre a Zona do Pinhal), revelou que José Farinha Nunes poderia ser o próximo candidato do PSD à Câmara da Sertã.
A escolha baseava-se numa decisão emanada de uma votação na concelhia do PSD, onde num universo de 50 votantes, José Nunes teria somado 38 votos. Além do antigo presidente da Assembleia Municipal da Sertã, os nomes de Joaquim Patrício, Paulo Luís e Fernando Pereira mereceram a concordância dos presentes.
O mesmo jornal cita uma fonte do PSD sertaginense para revelar que está também em preparação uma coligação com o CDS/PP para concorrer à autarquia.
No final da passada semana, Fernando Pereira, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD, desmentiu, em entrevista à Rádio Condestável, estas notícias, sublinhando que “neste momento não há candidato nem coligação” à autarquia da Sertã.“O PSD tem muita gente que quer ser candidato mas só vai haver oficialmente candidato no dia 10 de Janeiro, dia da festa anual da concelhia”, afirmou o mesmo político.
Sobre o nome de José Nunes para a presidência da Câmara, Fernando Pereira foi lacónico: “É um nome de muito prestígio que nós consideramos seriamente, mas é um entre mais nomes a considerar”.
A menos de um ano das eleições, como diria o treinador do Sertanense, Eduardo Húngaro, “o chão vai começar a tremer” ali para os lados da sede social-democrata.

Viagem à Sertã para ‘educar’ agentes turísticos

A ideia é excelente e merece o nosso aplauso. O operador turístico Soltrópico vai promover este fim-de-semana uma viagem educacional a Pedrógão Pequeno, no concelho da Sertã, em colaboração com o Hotel da Montanha, a unidade de quatro estrelas em que o grupo de agentes ficará alojado. Segundo a publicação Turisver, “as actividades têm início na noite de sexta-feira, 7 de Novembro, com um ‘welcome-drink’ no Bar da Montanha. No dia seguinte, pela manhã, visita à Sertã, com almoço incluído, cortesia da Câmara Municipal e do Grupo Santos e Marçal. Durante a tarde haverá várias actividades ao ar livre, promovidos pela empresa ‘Trilhos do Zêzere’, de turismo activo. Visita ao hotel e jantar regional no restaurante ‘Sabores da Montanha’ complementam um dia que não termina sem uma incursão à discoteca ‘Twins’, em Pedrógão Grande”.
Esta iniciativa vai permitir a sensibilização de diversos agentes turísticos para as potencialidades do nosso e dos concelhos vizinhos.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Centro de Saúde e Palácio de Justiça abrangidos pelo PIDDAC

A remodelação do Centro de Saúde e a reparação do Palácio de Justiça são as principais obras, que serão alvo de financiamento, por parte do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC). A verba total a atribuir ao nosso concelho, e que inclui ainda o Centro de Emprego da Sertã, ascende a 414.600 euros.
Segundo revela a proposta de PIDDAC, integrada no Orçamento de Estado para 2009, a intervenção no Centro de Saúde deverá ficar concluída em 2010, ao passo que, no caso do Palácio de Justiça, o fim da obra está previsto para o próximo ano.

Resta agora saber se os prazos serão cumpridos, até porque quanto ao Centro de Saúde, o tempo começa a escassear e a intervenção é deveras urgente.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Memórias: Rua do Vale


É uma imagem verdadeiramente impressionante e que para os mais novos não deixa de provocar uma profunda sensação de espanto. Imaginar uma ‘rua do Vale’ diferente daquela que conheci nos meus tempos de mocidade é um verdadeiro desafio e esta foto foi providencial nesta tarefa.
Uma autêntica viagem ao passado de uma das ruas mais míticas da vila da Sertã. Palavras para quê?
Foto: Olímpio Craveiro

Povoações: Vale do Laço (Troviscal)


A nossa viagem pelas aldeias do concelho leva-nos hoje até ao Vale do Laço, na freguesia do Troviscal. Os relatos mais antigos parecem indiciar que a primeira casa na aldeia terá sido construída algures no Século XVIII – uma consulta mais atenta ao livro «A Sertã e o seu Concelho», do Pe. António Lourenço Farinha, dá-nos conta de que em 1730 existia um fogo nesta povoação.
No entanto, o livro lançado em Julho de 2007, «Vale do Laço: Passado, presente e futuro», da autoria de Teotónio Rodrigues Farinha, (obra a não perder), revela que a povoação “teve início nas primeiras décadas do século XIX, com três raparigas oriundas das Sardeiras, que posteriormente casaram, tendo os seus descendentes dado origem ao aumento da natalidade”.
Este crescimento está bem documentado nas estatísticas oficiais, que indicam que em 1911, a aldeia possuía 22 fogos, pelo que podemos inferir a existência de 22 famílias na zona.
Nos anos seguintes, o crescimento da população não parou e prova disso mesmo é que a escola primária, construída no princípio da década de 1950, “chegou a ser frequentada por aproximadamente 50 alunos”, constata Teotónio Rodrigues Farinha na sua obra.
Para sabermos mais sobre os meios de subsistência das suas gentes, nos primeiros anos, voltamos a recorrer ao livro sobre a aldeia: “A população do Vale do Laço dedicava-se essencialmente à agricultura de subsistência. Atendendo às características do terreno semeavam, principalmente, o centeio e o milho, cujos grãos depois de moídos em conjunto, em moinhos movidos a água, eram transformados em farinha”. Nas primeiras décadas do século XX, o fabrico de carvão (extraído da raíz da urze) também ganhou alguma notoriedade, o mesmo sucedendo com a exploração do pinhal.
As habitações eram construídas em xisto e o dinheiro era um bem escasso.
Um dos grandes ‘tesouros’ da localidade é a capela, construída na década de 1970 em honra de N.ª Senhora dos Bons Caminhos e de São José.
De destacar também a constituição, a 29 de Junho de 1999, do Centro Social, Recreativo e Cultural de Vale do Laço que desempenha hoje um papel fundamental na dinamização da localidade e na preservação de usos e costumes das suas gentes.
O Vale do Laço, que só viu a electricidade chegar às suas casas em 1985 e a água canalizada em 1999, possui actualmente uma população de cerca de 80 habitantes.
Fontes: «A Sertã e o seu Concelho», do Pe. António Lourenço Farinha, «Vale do Laço: Passado, presente e futuro», de Teotónio Rodrigues Farinha, e vários relatos de locais
Foto: «Vale do Laço: Passado, presente e futuro», de Teotónio Rodrigues Farinha

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sertã a preto e branco: Memórias de 1974


No dia em que se comemoravam os 495 anos da atribuição do foral à vila da Sertã (20 de Outubro), a Câmara Municipal teve a feliz ideia de apresentar o livro «Sertã a preto e branco: Memórias de 1974».
Trata-se da obra que “reúne uma recolha fotográfica realizada na Sertã pouco depois do 25 de Abril de 1974, documentando locais de trabalho e de lazer, actividades do dia-a-dia na vila e pontos de encontro”, pode ler-se num comunicado divulgado na página de Internet da autarquia.
O livro, da autoria de Joaquim Simões, Pedro Calapez e João Farinha, recupera as fotos que estiveram patentes ao público em Agosto de 1974, no miradouro do castelo da vila, numa exposição intitulada “Sertã a Preto e Branco”.
Um livro a não perder para todos os que gostam de recordar a ‘velha’ Sertã.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sertanense com grande exibição diante do FC Porto


Os jornais foram unânimes e até o próprio treinador do FC Porto reconheceu a grande exibição do Sertanense diante dos campeões nacionais, no último Sábado, em jogo a contar para a terceira eliminatória da Taça de Portugal.
Quando Cosme Machado apitou para o início da partida às 16 horas, poucos estavam longe de imaginar que o Sertanense dominaria a primeira parte do encontro e disporia das melhores oportunidades de golo, com Nuno a responder com excelentes defesas, tendo ficado na retina a grande ‘parada’ do guardião portista ao remate de Bruno Xavier, aos 41 minutos. Já antes, Joca e Baba haviam desperdiçado boas oportunidades de golo.
No “minuto-a-minuto” do jornal Record, podia ler-se a meio da primeira parte que “o jogo está equilibrado, com o Sertanense moralizado e a trocar bem a bola, não deixando o FC Porto jogar no seu meio-campo defensivo”.
O primeiro golo dos ‘Dragões’ surgiu contra a corrente de jogo e em cima do final da primeira parte. Tarik de cabeça abriu o activo.
Na segunda parte, o Sertanense voltou a entrar melhor, desperdiçando três boas ocasiões para marcar (Baba remata de cabeça sobre a barra; Pedro Miguel cabeceia para mais uma grande defesa de Nuno e Marco Farinha remata rasteiro e ao lado).
Mais uma vez e quando nada o fazia prever, o FC Porto aumentou a vantagem, por intermédio de Farias a concluir uma excelente jogada de Tarik.
Aos 74 minutos, o árbitro não viu uma falta de Bolatti sobre um jogador do Sertanense e na sequência do lance Hulk serviu Farias para o terceiro golo dos portistas. Três minutos depois, lance infeliz de Diego Campos que colocou a bola dentro da baliza de Fábio, fazendo o quarto golo dos portistas.
Apesar do resultado dilatado, é preciso dar os parabéns à equipa do Sertanense pela grande exibição realizada e por, em determinados momentos do encontro, nomeadamente na primeira parte, ter encostado o FC Porto ‘às cordas’. E se a sorte estivesse do lado dos homens da Sertã, nalgumas das ocasiões desperdiçadas, quem sabe se hoje não estaríamos aqui a falar de outra coisa.

Para a história, aqui fica a equipa, orientada por Eduardo Húngaro, que defrontou o FC Porto nesta eliminatória: Fábio; Salgueiro (Diego Campos, na segunda parte), Américo, Pedro Miguel e Marco Farinha; Leandro, Joca e Bruno Xavier; Filipe Avelar (Fernandinho, na segunda parte), Baba e Tiago (Anderson, na segunda parte). Os suplentes não utilizados foram Artur, Santana Maia, Igor Luís e Hugo Lopes.
Foto: Agência Lusa

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Para que serve a Confraria do Maranho?


Há algum tempo que tinha vontade de tocar neste assunto, mas preferi ir adiando a oportunidade até hoje. A Confraria do Maranho é, para mim, um verdadeiro enigma. Além de algumas notícias avulsas e de uma célebre disputa de argumentos, bem recentemente, no jornal «A Comarca da Sertã», pouco ou nada se sabe das suas actividades.
Num momento, em que tanto se fala na defesa dos produtos regionais e na crescente necessidade da certificação de alguns, parece-me um pouco estranho todo o silêncio que envolve esta instituição, criada com muita pompa e circunstância há já alguns anos.
Não quero denegrir a imagem e o trabalho de quem está à frente da Confraria (quem será que a lidera???), mas penso que já era tempo de alguém vir a terreiro explicar o que tem feito e para que realmente serve.
Até porque, é um pouco confrangedor ver o nosso «maranho» tão mal defendido e deficientemente divulgado pelo país.

Sertanense continua na frente do campeonato

O Sertanense soma e segue no Campeonato Nacional da 3.ª Divisão. Depois da goleada da semana passada (5-0 ao Marinhense), a equipa da Sertã recebeu e venceu (3-0) o Penamacorense e cimentou a liderança da prova. Menos bem está o Vitória de Sernache que somou a terceira derrota consecutiva no Distrital de Castelo Branco.Moralizados pela vitória do último fim-de-semana, o Sertanense não deu hipóteses ao Penamacorense e venceu sem dificuldades a turma de Penamacor, que se mostrou sempre impotente para contrariar o domínio sertaginense. Filipe Avelar assinou dois golos e Fernandinho fechou a contagem, num jogo em que os comandados de Eduardo Húngaro falharam várias oportunidades de golo, nomeadamente na primeira parte de jogo.Neste momento, o Sertanense é líder isolado da Série D da 3.ª Divisão, com três pontos de vantagem sobre o Peniche. Para este sábado (16h), jogo grande na Sertã, com a recepção ao Futebol Clube do Porto, em partida a contar para a terceira eliminatória da Taça de Portugal.Na deslocação ao Fundão, o Vitória de Sernache não foi feliz, saindo derrotado por 2-1, com Miguel Farinha a apontar o único golo da formação vitoriana. O grupo treinado por António Joaquim ocupa a 10.ª posição no Distrital de Castelo Branco, com apenas três pontos ao fim de quatro jornadas.O fim-de-semana marcou também o início das competições distritais do futebol mais jovem. Nos juniores, o Sertanense foi derrotado (1-3) no Fundão e o Vitória de Sernache saiu vergado ao peso de uma goleada (2-10) na sua deslocação ao terreno do Sporting da Covilhã.Nos juvenis, derby entre Vitória de Sernache e Sertanense logo a abrir o campeonato. A vitória (1-0) sorriu à equipa de Cernache do Bonjardim.
Em infantis, a formação do Sertanense esteve de folga, enquanto nas escolas a turma da Sertã recebeu e venceu (3-1) o Vilarregense.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Jornais antigos: O Correio da Sertã


Não há certezas, mas tudo indica que «O Correio da Sertã» foi o primeiro jornal a ser publicado na vila da Sertã. A sua primeira edição remonta ao dia 1 de Novembro de 1884.
Apresentando-se como “folha litteraria, noticiosa, commercial e agrícola”, esta publicação durou perto de dez anos, sendo que a sua última edição foi para os escaparates a 29 de Novembro de 1894.
Eduardo Gonçalves era o administrador, ao passo que Abílio David surgia como redactor principal deste jornal, cujo programa editorial garantia: “Faremos tudo o que em nossas débeis forças couber para o engrandecimento e prosperidade d’esta pobre, mas sympathica terra que nos viu nascer”.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Assembleia Municipal de Jovens na Sertã


Aproximar os jovens da política. Este parece ser o grande objectivo da Assembleia Municipal de Jovens, que o concelho da Sertã poderá receber já no próximo mês de Dezembro.
Segundo o semanário «Gazeta do Interior», a ideia partiu de Carlos Miranda, do PS, que propôs a realização desta assembleia, no dia 22 de Dezembro. A iniciativa destina-se aos alunos do Agrupamento de Escolas da Sertã, Instituto Vaz Serra, Escola Tecnológica da Sertã e estudantes universitários saídos dos estabelecimentos de ensino atrás referidos. O mesmo jornal adianta que cada um dos estabelecimentos seleccionará um grupo de seis alunos.
A proposta foi já aprovada pela Assembleia Municipal da Sertã, faltando saber se irá mesmo para a frente.
No seu conjunto, a ideia é muito meritória e tem o condão de colocar os jovens a falar dos seus problemas e, sobretudo, a debater as visões que cada um tem do seu concelho.
Sempre defendi que é importante dar voz aos jovens (e menos jovens) sobre os problemas que afectam a nossa região. Ficar à espera que sejam os políticos a resolver os problemas é utópico e, por vezes, perigoso – as visões partidárias tendem a deturpar a objectividade de cada um deles.
Só espero que estas assembleias possam estender-se a outras faixas da população.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sertanense goleia e está na frente


O Sertanense goleou o Marinhense e subiu ao primeiro lugar da classificação da Série D, da 3.ª Divisão Nacional. Por seu lado, o Vitória de Sernache foi derrotado em casa (1-3) pelo Alcains.
Era um jogo complicado, mas o Sertanense soube dar a melhor resposta ao desafio que se lhe colocava no Estádio Municipal da Marinha Grande. E a resposta foi tão boa, que as 17 minutos de jogo, a equipa da Sertã já vencia por 3-0 (dois golos de Marco Farinha e um de Baba).
Na segunda parte, os comandados de Eduardo Húngaro fizeram mais dois golos (Américo e Fernandinho) e fecharam a contagem. O Sertanense está agora isolado na primeira posição, com mais dois pontos do que o segundo, o Benfica de Castelo Branco.
Em Cernache do Bonjardim, o Vitória não conseguiu levar de vencida o Alcains. Apesar de ter sido o primeiro a marcar (Fernando Miguel de penalty), a formação orientada por António Joaquim soçobrou diante do mais sério candidato à conquista do Distrital de Castelo Branco.
Neste momento e ao fim de três jornadas, o Vitória de Sernache ocupa a oitava posição, com três pontos.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Memórias: Praça da República


Que a Praça da República já conheceu melhores dias, disso ninguém parece duvidar. Contudo e para ajudar a reflectir sobre o que aconteceu a um dos nossos mais queridos ‘postais’, aqui fica uma foto deste local, em tempos recuados.
Tudo parece diferente nesta imagem: as pequenas casas deram lugar a prédios de três e quatro andares e a sobriedade do local é hoje uma miragem.
Ainda assim, uma visualização mais atenta permite descobrir pormenores ‘deliciosos’, como o que nos mostra a antiga sede do Sertanense Futebol Clube, na rua do Sertório. Se olharem com atenção, encontrarão o nome do clube escrito numa das paredes.
Foto: Olímpio Craveiro (mais uma cortesia da sra. Edite Craveiro, a quem agradecemos)

Perigo no pinhal


Este é um assunto muito sério e que pode colocar em risco um dos nossos maiores tesouros: a floresta. A doença do pinheiro-bravo está a alastrar-se por toda a zona Centro do país e os nossos governantes continuam adormecidos em São Bento, esperando por mais uma discussão estimulante e apaziguadora com os seus oponentes políticos.
Entretanto, o país vai morrendo e com ele os seus recursos soçobram a várias pragas, de origem pouco conhecida.
Um artigo de hoje do jornal PÚBLICO dá-nos uma ideia da progressão da doença do pinheiro-bravo (uma espécie que se pode encontrar em abundância em toda a Zona do Pinhal):
http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1344790&idCanal=57.
Não sou dos que considera que o Governo deve fazer tudo e que a solução milagrosa está sempre nas suas mãos. Mas a indiferença a que o poder de Lisboa tem votado este problema é confrangedora.
Se bem me recordo este assunto subiu por duas vezes à Assembleia da República. Nessas sessões, poucos deputados decoravam as salas do hemiciclo e dos que lá estavam, apenas dois ou três pareciam ter consciência do problema. Talvez sejam os que ainda entendem qual é a missão de um deputado!!!
Quanto ao ministro da Agricultura, convém recordar as declarações avulsas que Jaime Silva fez sobre esta questão, declarando que a doença do Nemátodo era uma “coisa” incontrolável mas vulgar e de relativamente pequenas repercussões sobre a fileira florestal.
Há dois anos, a solução adoptada pelos serviços florestais foi o corte de todas as árvores infectadas para controlar a doença. Com que resultados?

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Uma estratégia de turismo para a Sertã


A Câmara da Sertã aprovou a integração do município sertaginense na futura Região de Turismo do Centro de Portugal, integrando a delegação de Castelo Branco (Naturtejo), que corresponde ao território da Beira Interior Sul e Pinhal Interior Sul.
A proposta foi apresentada pelo presidente José Paulo Farinha e aprovada pela maioria do executivo camarário, com a abstenção de um vereador do PSD.
Mais do que discutir se a decisão é positiva ou negativa para o concelho (em meu entender, é positiva, apesar de um ou outro senão), o que deve estar em causa é a criação de um modelo integrado de desenvolvimento turístico para os municípios desta região.
Já todos perceberam que nenhum concelho poderá promover-se, enquanto destino, de forma isolada. É preciso concertar esforços e criar massa crítica para apresentar um produto de grande qualidade, que possa competir com outros destinos que se assumem no país.
Que a Sertã e os municípios vizinhos estão mal promovidos a nível turístico é um facto indesmentível. Não querer ver isso é tapar o sol com a peneira.
É necessário que não deixemos escapar mais esta oportunidade, para que não tenhamos que adiar aquilo que será uma das nossas principais ‘indústrias’ de futuro.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Memórias: Capela de Santo António


A Capela de Santo António é um dos templos religiosos mais antigos da vila da Sertã. A informação sobre o seu passado não abunda e o que hoje se conhece deve-se ao excelente livro do Pe. António Lourenço Farinha.
É uma imagem desta capela, que guarda no seu interior uma interessante colecção de azulejos do século XVI, que aqui trazemos hoje. O postal é dos inícios do século XX e dá bem a ideia do que era este templo há cerca de 100 anos.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Jornais antigos: Certaginense




Joaquim Martins Grillo foi um dos mais ilustres jornalistas do nosso concelho e a sua actividade foi bastante profícua entre o final do século XIX e os inícios do século XX. É a ele que se deve a fundação de dois dos jornais mais marcantes desse período: o Campeão do Zêzere e o Certaginense.
Do primeiro falaremos mais tarde, até porque o que nos traz aqui hoje é mesmo o Certaginense. A primeira edição saiu a 10 de Outubro de 1889 e, desde logo, se revelou o cunho marcadamente literário deste jornal.
Manuel António Grillo (desconhecemos o grau de parentesco com o director do jornal) administrava esta publicação, que tinha a sua redacção na Rua do Valle, n.º 3 a 9, na Certã.
A divulgação de folhetins literários, como por exemplo «As Víctimas do Ódio», foi uma das suas principais imagens de marca, mas as notícias do concelho mereciam também lugar de destaque. O jornal, de inspiração republicana, publicou-se até ao dia 25 de Dezembro de 1895. Alguns anos mais tarde, este semanário («folha imparcial», como Joaquim Martins Grillo gostava que fosse conhecido) viria a ser reactivado: esteve nas bancas entre os dias 7 de Abril de 1918 e 4 de Março de 1920.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Sertanense reencontra F.C. Porto na Taça de Portugal


O destino tem destas coisas. Oito meses depois, o Sertanense vai voltar a medir forças com o Futebol Clube do Porto, numa eliminatória da Taça de Portugal. A partida, a disputar uma vez mais no Campo de Jogos Dr. Marques dos Santos, na Sertã, está marcada para o próximo dia 19 de Outubro, apesar de ser expectável que o desafio possa ser antecipado para o dia 18 de Outubro, em virtude dos portistas jogarem no dia 21 de Outubro na Liga dos Campeões.
“O trajecto do Sertanense é salutar nestes últimos anos. Temos pé quente na Taça. Os pequenos, ao receber grandes, acabam por receber um prémio muito grande pelo nosso esforço e dedicação. É um corolário do nosso trabalho receber o FC Porto”, afirmou Paulo Farinha, presidente do Sertanense, logo após o sorteio desta manhã.
Do lado do Futebol Clube do Porto, foi Vítor Baía, director do departamento de relações externas, que comentou este jogo: “É com muito gosto que voltamos à Sertã, onde no último ano fomos felizes e é com essa mentalidade que devemos encarar este jogo. No ano passado conseguimos meter em prática a nossa qualidade. A Taça é pródiga em surpresas. Este ano esperamos encarar o jogo da mesma forma, assumindo o nosso favoritismo e respeitando o adversário, mas jogando sempre para ganhar”.
Na época passada, o resultado foi favorável ao F.C. Porto. Vamos ver o que nos reserva o desafio desta temporada. Desde já, aqui ficam os nossos votos de boa sorte para os homens comandados por Eduardo Húngaro.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sertanense e Vitória de Sernache com saldo positivo


O fim-de-semana futebolístico das equipas do concelho da Sertã ficou marcado pelas vitórias. O Sertanense venceu (2-0) o Sporting de Pombal, para o Nacional da 3.ª Divisão (Série D), e o Vitória de Sernache estreou-se a ganhar (3-0 sobre o Escalos de Cima) no Distrital de Castelo Branco.
A deslocação do Sertanense a Pombal antevia-se complicada, mas os comandados de Eduardo Húngaro souberam dar a volta às contrariedades e levaram a melhor diante do Sporting local. Joca marcou os dois golos da equipa da Sertã e confirmou o bom momento de forma que atravessa. Com este resultado, o Sertanense subiu à primeira posição, em igualdade pontual com mais cinco formações.
Em Cernache do Bonjardim, o Vitória começou o Distrital da Castelo Branco da melhor maneira, com uma vitória ‘sem espinhos’ frente ao Escalos de Cima. Os golos da equipa vitoriana foram apontados por Fernando Miguel, Likas e através de um auto-golo de um defesa da equipa visitante.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Livros antigos : Monografia da freguesia da Cumiada


A ideia partiu da Comissão de Melhoramentos da Cumiada (optámos por manter a grafia da altura) e passava pela elaboração de uma ‘pequena’ monografia sobre esta freguesia do concelho da Sertã.
Segundo os seus intervenientes, o processo não foi fácil, mas o livro acabou por ver a luz do dia em 1940, “compilando tanto quanto possível todos os dados estatísticos acerca de como se povoou e veio à vida a nossa tão linda e característica aldeia”, podia ler-se no prefácio.
O primeiro capítulo abordava as origens da freguesia, criada em 1806 com o nome de Santa Ana. “O nome tão característico de Cumiada vem da sua situação orográfica – que é de uma beleza rude e ao mesmo tempo aliciante – pois se encontra num pequeno planalto, rodeada de cumes das mais variadas altitudes”, revela o livro.
Várias curiosidades sobre a freguesia são apresentadas ao longo desta obra. A construção da ponte da Várzea Carreira, em 1907, é uma delas, a que se soma uma relação da população desde 1890 até 1930 (neste último ano, o número de habitantes ascendia a 872 e o de fogos 171).
O estilo de vida dos cumiadenses foi tema para outro capítulo, sendo também de destacar a recolha de alguns poemas e cantigas alusivos à freguesia.

Roubo de cobre aumenta no concelho


É uma notícia no mínimo estranha, mas que causa alguma apreensão junto das populações do concelho. A Rádio Condestável revelou que foram roubados da freguesia do Figueiredo um total de 2.250 metros de cobre, tendo a povoação da Rolã (freguesia de Palhais) também recebido a visita dos larápios, não se sabendo a quantidade levada.
Esta já não é a primeira vez que assaltos idênticos ocorrem no concelho da Sertã, uma situação que está a deixar as autoridades preocupadas, uma vez que não há qualquer pista sobre os assaltantes.
O roubo de cobre é uma prática que se tem vindo a generalizar um pouco por todo o país, nos últimos anos. Apesar de não haver estimativas, acredita-se que os prejuízos possam ser avultados, já para não falar nos constrangimentos que estes roubos representam para as populações das zonas afectadas.
A alta do preço do cobre parece ser um dos motivos que está por detrás destes assaltos.

domingo, 14 de setembro de 2008

Sertanense com novo brilharete na Taça de Portugal


O Sertanense carimbou esta tarde a passagem à terceira eliminatória da Taça de Portugal, depois de eliminar em Mafra a equipa local, nos pontapés da marca de grande penalidade. Na próxima eliminatória (a 19 de Outubro), os clubes da I Liga já entram em prova e a expectativa é grande para saber quem será o adversário da formação sertaginense.
O jogo não se adivinhava fácil, até porque pela frente estava uma equipa de um escalão superior, o Mafra (2.ª Divisão). E as coisas não começaram bem para o Sertanense, que aos 28 minutos de jogo já perdia por 2-0.
No entanto, os homens da Sertã não viraram a cara à luta e ainda antes do intervalo, Joca respondeu da melhor forma a um cruzamento de Marco Farinha e reduziu a vantagem.
Na segunda parte, o Sertanense veio predisposto a alterar o rumo da partida e foi já próximo do final que Pedro Miguel fez o golo do empate.
O jogo foi para prolongamento, mas tudo permaneceu na mesma. Depois, nas grandes penalidades, a sorte sorriu à formação orientada por Eduardo Húngaro, que mais uma vez demonstrou que este Sertanense não é para brincadeiras.
Parabéns a toda a equipa por mais esta alegria e agora vamos todos ficar à espera do sorteio. Os ‘Três Grandes’ voltam a estar na calha.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Memórias: Cruzamento de três ruas


A foto que hoje publicamos (da autoria de Olímpio Craveiro) permite-nos um pequeno exercício: encontrar as diferenças entre o que aqui estava no passado e o que cá está actualmente.
Desde logo, salta à vista a dependência do Banco Nacional Ultramarino que hoje deu lugar ao Oculista Jacinto. Ao lado, a Auto Sartago desapareceu, nascendo no mesmo local uma loja da TMN.
Os prédios do fundo da rua do Vale são os mesmos, apesar de várias alterações nas suas fachadas.
Contudo, a maior alteração remete-nos para a ponte de pedra que aqui podemos ver em primeiro plano e que foi substituída por uma mais moderna e espaçosa. Ainda recentemente vi um artigo numa edição antiga do jornal «A Comarca da Sertã», onde se pedia a intervenção da Câmara para resolver o problema da dita ponte, que a cada dia se tornava mais pequena para dar vazão a todo o trânsito que afluía ao centro da vila.
Um pormenor antes de terminar: os candeeiros de iluminação pública.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Mostra Santo Condestável em Cernache do Bonjardim

A segunda edição da Mostra Santo Condestável arranca amanhã em Cernache do Bonjardim. O evento decorre no Pavilhão Gimnodesportivo da vila e é organizado pela Junta local.
Durante três dias, os visitantes poderão tomar contacto com as potencialidades desta região a vários níveis: economia, artesanato, gastronomia, cultura e recreio.
A feira, que será inaugurada pelas 19 horas de sexta-feira, conta com um extenso programa de actividades até ao próximo Domingo.
No primeiro dia, o destaque vai para as actuações do Rancho Folclórico e Recreativo do Clube Bonjardim (20h30m), do Padre Luís Vieira (21h) e da Chaparral Band (23h).
A palestra de Nuno da Câmara Pereira a versar o tema «D. Nuno Álvares Pereira – o Cavaleiro de Graal» abre o cartaz cultural de sábado, que é complementado durante a tarde com a realização de várias provas desportivas (torneios de chinquilho e sueca).
A noite abre com a actuação do Rancho Folclórico e Etnográfico de Cernache do Bonjardim (21h), seguindo-se um grupo de fados (22h) e o agrupamento de música tradicional Canto da Terra (22h30m).
O programa de Domingo começa logo pela manhã com uma prova de atletismo e uma caminhada para todos. Pelas 12 horas, avança a missa campal em homenagem ao Beato Nuno de Santa Maria, seguindo-se às 15 horas uma tarde cultural que contará com o grupo Seca-Adegas, as Marchas Populares do IVS e os vencedores da Noite de Talentos. A actuação da orquestra espanhola Azalea, pelas 23 horas, encerrará esta segunda edição.

Os últimos resineiros


O artigo dá a conhecer uma actividade quase desaparecida das nossas florestas. Os resineiros fazem parte da memória colectiva de todos nós e foram eles que durante muitos anos asseguraram uma das mais importantes fontes de rendimento do nosso concelho.O jornalista Paulo Marques foi à descoberta dos últimos quatro resineiros da Zona do Pinhal, todos do concelho da Sertã, e publicou no jornal «Gazeta do Interior» e no website «Pinhal Digital» (neste caso com direito a foto-reportagem) um interessante artigo sobre estes homens que se dedicam à extracção da resina. Leitura obrigatória para ficarmos a compreender um pouco melhor o nosso passado.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Atelier Túlio Vitorino vai ser inaugurado


Depois da tempestade vem sempre a bonança. As obras de requalificação do Atelier Túlio Vitorino já estão concluídas e o imóvel vai ser inaugurado este fim-de-semana.
Termina assim o longo calvário deste verdadeiro ex libris da vila de Cernache do Bonjardim. Primeiro foi o abandono, depois a indecisão quanto ao destino a dar a este espaço e, por fim, as obras que ninguém sabia quando avançariam.
O Atelier está agora mais bonito e graças à intervenção das forças vivas do nosso concelho foi possível preservar um pouco da herança histórica do nosso concelho – só é pena que isso não esteja a acontecer noutros imóveis históricos do município.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Cernache do Bonjardim, Diamantino Calado Pina, citado pela Rádio Condestável, a requalificação do Atelier Túlio Vitorino era “uma obra esperada há muitos anos e que tem sido constantemente adiada”.
Sobre o destino a dar àquele espaço, o autarca revelou que irá servir para actividades ligadas à cultura e às novas tecnologias.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Dakar Series na Sertã


O Euromilhões PAX Rally, integrado no Dakar Series, vai passar pelo concelho da Sertã, no próximo dia 10 de Setembro. A freguesia do Marmeleiro, mais precisamente a praia fluvial do Marmeleiro, será o melhor local para os amantes deste desporto poderem assistir à prova.
Carlos Sainz, Stephane Peterhansel, Dieter Depping, Nani Roma, Luc Alphand, Giniel de Villiers são alguns dos pilotos que poderemos ver nas estradas do nosso concelho.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Memórias: 1.º jogo oficial do Viação de Sernache


Foi a primeira equipa do concelho da Sertã a disputar jogos oficiais de futebol. O Grupo Desportivo Viação de Sernache (mais tarde conhecido por Vitória de Sernache) fez a sua estreia em competições oficiais na época de 1958/59, participando no Campeonato Distrital de Castelo Branco.
O primeiro jogo oficial, disputado por esta equipa, teve lugar na Covilhã, frente ao Grupo Desportivo Covilhanense. O encontro terminou com um empate (3-3).
Neste ano de estreia, a formação de Cernache do Bonjardim terminou o campeonato na segunda posição, com oito pontos (três vitórias, dois empates e três derrotas), tendo marcado 24 golos e sofrido 21.
Com esta classificação, o Viação de Sernache garantiu a subida à 3.ª Divisão Nacional, juntamente com o Benfica de Castelo Branco, campeão distrital.
A foto que hoje publicamos (com um especial agradecimento ao sr. Aníbal Pires) diz respeito à equipa que alinhou no primeiro jogo oficial na Covilhã. Em cima (esquerda para a direita): Chico, Vítor, Gabriel, Martins, Amâncio, Zé Maria e José Carlos. Em baixo: Martins, Valura, Aníbal, Saul e Teixeira.

É preciso tratar da ‘Saúde’


A notícia surge na edição electrónica do jornal Reconquista, que cita uma peça da Rádio Condestável, divulgada esta semana, e dá conta de uma situação que deveria obrigar-nos a reflectir.
“Em Cernache do Bonjardim há pessoas a pernoitar à porta da Extensão do Centro de Saúde, para guardarem vez para a «consulta do dia», do dia seguinte. Por volta das 22h30 da última segunda-feira [25 de Agosto], como informa a Rádio Condestável daquela localidade, já havia quatro pessoas à espera para marcar consulta na manhã de terça-feira. Sendo que uma delas guardava vez para outra, as consultas do dia ficavam completas com aquelas pessoas”, pode ler-se na referida notícia.
E continua: “A situação não é nova, mas tem tendência a agravar-se em tempo de férias, como é o caso. Este ano acresce o facto de um dos médicos em permanência estar de baixa devido a um acidente, esclarece a mesma emissora. Até há bem pouco tempo estavam três médicos em permanência a dar consultas na extensão de Cernache. Neste momento estão apenas dois a assegurar serviço. Ouvido pela Condestável, o Director do Centro de Saúde da Sertã, Henrique Brandão, confirmou esta tendência e acrescenta que não tem médicos. «Num quadro de 15, neste momento, estamos com metade», desabafou, e com base nas palavras da ministra da Saúde, Ana Jorge, aquando da sua passagem por Vila de Rei e Proença-a-Nova, esta tendência é de agravamento”.
Perante estas evidências é difícil dizer o que quer que seja. Ainda para mais quando a própria Sub-Região de Saúde de Castelo Branco admite ter conhecimento desta situação e ter aconselhado o Director a pagar em horas extraordinárias aos médicos. O problema, como disse Henrique Brandão à Rádio Condestável, é que «os médicos estão sobrecarregados e eu não os posso obrigar já que estão com excesso de trabalho».

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Sertã e concelhos limítrofes sem acesso a serviços de medicina física e reabilitação


A Região de Referência para Avaliação em Saúde (RRAS) da Sertã [engloba os concelhos da Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei] não possui qualquer serviço de medicina física e reabilitação (MFR), uma situação que só encontra paralelo na RRAS de Odemira.
Estes dados, apresentados recentemente pela Entidade Reguladora de Saúde, são reveladores do esquecimento que o poder central tem votado ao Interior e da deficiente distribuição deste tipo de serviços. No total, os serviços de MFR espalhados por Portugal ascendem a 617, a maioria dos quais situados nas cidades de Lisboa e do Porto. Este seria um resultado normal, em função da distribuição populacional, no entanto, quando se constata que existem em média, em Portugal Continental cerca de seis serviços de MFR por 100.000 habitantes, acaba por ser difícil de perceber porque é que as RRAS da Sertã e de Odemira são as únicas que não dispõem deste tipo de serviços. Por exemplo, na RRAS da Lousã existem cerca de dez serviços do género.
Segundo a Entidade Reguladora de Saúde, no caso da RRAS da Sertã serão necessários, no mínimo, dois serviços de MFR, atendendo à densidade populacional dos concelhos que a integram. Contudo, o número que melhor responderia às necessidades da população seria de quatro serviços, conclui aquela mesma entidade reguladora.
Esperemos que, uma vez mais, os nossos governantes e seus ‘súbditos’ não se esqueçam desta região.


O que é?

A Medicina Física e de Reabilitação ou Fisiatria é uma especialidade
médica que se ocupa do diagnóstico e terapêutica de diferentes entidades, designadamente, patologias traumática, do sistema nervoso central e periférico, orto-traumatológica, cardio-respiratória, reumatológica, vascular periférica, pediátrica, entre outras. A Medicina Física e de Reabilitação aplica diferentes estratégias terapêuticas que previnem ou reduzem as múltiplas consequências clínicas, doenças agudas e crónicas, no âmbito das deficiências das incapacidades e das desvantagens. (Fonte: Wikipédia)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Nomes para as ruas precisam-se


Quantos de nós já não se interrogaram sobre a origem de muitos dos homens e mulheres que emprestaram o seu nome às ruas do concelho da Sertã. Se uns são do conhecimento público, outros ficaram esquecidos nas brumas do tempo.
Para já, o objectivo não é dar a conhecer os ilustres que dão nome às nossas ruas (lá iremos mais à frente), mas antes responder a um apelo que o presidente da Câmara da Sertã, José Paulo Farinha, lançou recentemente a todos os munícipes, de modo a contribuírem na indicação de novos nomes para a nomeação de ruas do concelho da Sertã.
“A participação dos munícipes na atribuição de nomes a ruas do concelho reveste-se de elevada importância, na medida em que poderão contribuir para a consolidação do sistema de referenciação geográfica”, sublinhou José Paulo Farinha, que agradece “o apoio dos munícipes na indicação de nomes existentes (e respectivas biografias) e outros novos para a nomeação de ruas do concelho da Sertã”.
A todos os que quiserem colaborar aqui ficam os contactos para fazerem chegar as vossas sugestões: Divisão de Obras da Câmara Municipal da Sertã - telefone (274 600 300), fax (274 600 301), correio electrónico (
cmsgeral@cm-serta.pt), correio (Largo do Município, 6100-738 Sertã).
Sem grandes comprometimentos, penso que há alguns ilustres sertaginenses, e não só, que já mereciam que o seu nome figurasse numa das muitas ruas do nosso concelho. E exemplos não faltam. Talvez também possam deixar aqui as vossas colaborações.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Sertanense recebe União de Tocha na Taça de Portugal


A União Desportiva de Tocha será o adversário do Sertanense na primeira eliminatória da Taça de Portugal, que se realiza no próximo dia 31 de Agosto. O jogo está marcado para o campo de jogos Dr. Marques dos Santos, na Sertã.
Depois do brilharete da época passada, o Sertanense quer voltar a fazer história numa das mais importantes competições nacionais. Para isso, o primeiro obstáculo que terá de superar é a formação do União de Tocha, que milita na Série C, da 3.ª Divisão nacional.
A equipa do concelho de Cantanhede (freguesia de Tocha) tem no seu palmarés nove presenças na 3.ª Divisão e alguns títulos distritais nas provas da Associação de Futebol de Coimbra.

Sertanense inicia participação na 3.ª Divisão no próximo fim-de-semana


O Sertanense inicia já no próximo fim-de-semana a sua participação no campeonato nacional da 3.ª Divisão (Série D), defrontando o Lousanense, no Campo Dr. José Pinto de Aguiar, na Lousã.
A prova, que se divide por duas fases, à semelhança do que sucedeu na época anterior, conta com 14 equipas, provenientes dos distritos de Castelo Branco, Leiria, Coimbra e Santarém.
Segundo o sorteio realizado recentemente, o Sertanense irá receber na segunda jornada o Atalaia do Campo, deslocando-se na ronda seguinte ao terreno do Sporting de Pombal.
Os adversários seguintes são: Gândara (4.ª jornada), Marinhense (5.ª), Penamacorense (6.ª), Unhais da Serra (7.ª), Torres Novas (8.ª), Peniche (9.ª), Benfica de Castelo Branco (10.ª), Sourense (11.ª), Caldas (12.ª) e Vigor Mocidade (13.ª).
No final da primeira fase, os seis primeiros classificados são apurados para uma ‘poule’, a duas voltas, onde os dois primeiros garantem a subida à 2.ª Divisão nacional. Os restantes clubes serão divididos em dois grupos, disputando entre si os lugares de permanência na 3.ª Divisão nacional.
Entretanto, no passado dia 16 de Agosto, o Sertanense venceu a primeira edição do seu torneio internacional, ao derrotar (1-0) na final a equipa espanhola do Salamanca, com o único golo a ser apontado por Joca.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Vitória de Sernache inicia campeonato em casa


O Vitória de Sernache ficou a conhecer recentemente o seu calendário, para a próxima época, no campeonato distrital da 1.ª Divisão de Castelo Branco. A equipa de Cernache do Bonjardim inicia a prova no dia 21 de Setembro, recebendo em casa a formação do Escalos de Cima.
A segunda jornada (28 de Setembro) coloca frente-a-frente o Proença-a-Nova e o Vitória de Sernache, sendo que na terceira jornada o adversário é o Alcains. Nas jornadas seguintes, os opositores são a AD Fundão (4.ª jornada), Oleiros (5.ª), Vilarregense (6.ª), Pedrógão São Pedro (7.ª), Teixosense (8.ª), Valverde (9.ª), Águias Moradal (10.ª) e Lardosa (11.ª).
Por seu lado, realizou-se também o sorteio da primeira eliminatória da Taça de Honra «José Farromba». O detentor do troféu, Águias do Moradal, foi a equipa que calhou em sorte à formação vitoriana, que terá de se deslocar ao Estreito, para disputar esta eliminatória, no próximo dia 16 de Novembro.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Jornais antigos: Notícias da Nossa Terra


O primeiro número saiu para as bancas no início do mês de Dezembro de 1960. O principal propósito era informar os emigrantes de tudo o que se passava nos concelhos da Sertã, Proença-a-Nova, Vila de Rei, Oleiros e Mação.
O novo jornal chamava-se «Notícias da Nossa Terra» e era dirigido pelo Pe. Alfredo Dias. Assumindo um forte cunho religioso, esta publicação existiu até meados de 1978.
Nos últimos anos em que foi editado, o jornal começou a virar-se mais para as notícias do concelho de Proença-a-Nova, sendo que na sua recta final apenas esta área geográfica merecia a cobertura deste semanário.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O novo roteiro turístico

Chama-se «Oásis da Beira» e é o novo roteiro turístico que dá a conhecer as potencialidades das freguesias de Cernache do Bonjardim, Castelo, Cumeada, Nesperal e Palhais.
Segundo o jornal «A Comarca da Sertã», a publicação elenca os principais locais a visitar em cada uma destas freguesias e revela alguns factos curiosos e históricos.
Esta iniciativa foi já aplaudida por várias pessoas e mereceu mesmo um voto de felicitações em recente Assembleia Municipal.
O presidente da Câmara da Sertã, José Paulo Farinha, aproveitou mesmo a oportunidade para exortar outras freguesias a seguir o exemplo. Além disso, deixou no ar o desejo da própria autarquia lançar um documento do género, englobando todas as freguesias. Ou seja, um verdadeiro roteiro turístico do concelho.
A questão que se coloca é porque é que a autarquia ainda não o fez? E, como é óbvio, não estou a falar da informação descartável que vem sendo distribuída, há algumas décadas, com sugestões de visita a locais de interesse do concelho.
O que a Câmara de Castelo Branco fez recentemente, com o lançamento do guia «Albiback», é um bom exemplo. São 200 páginas de informação e onde os turistas e visitantes poderão tomar contacto com as potencialidades do concelho. Não defendo uma obra do género para a Sertã (o investimento seria incomportável), mas penso que devemos aprender com o que de bom se faz nos outros lados. A sugestão aqui fica.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Memórias: Igreja Matriz


Não se pode dizer que seja uma memória, até porque ainda hoje se mantém no mesmo local. A Igreja Matriz, ou de São Pedro, é um dos monumentos mais importantes do legado histórico sertaginense.
Segundo os documentos oficiais, terá sido erigida no Século XVI, no lugar de um antigo templo que ali existia. É uma construção de traço gótico, com elementos maneiristas.
Classificado como Imóvel de Interesse Público, esta igreja apresenta, no seu interior, um altar-mor em talha dourada ecléctica e de estilo nacional, um púlpito, altares laterais e vários azulejos do século XVI e XVII. Possui três naves.
Uma pintura sobre madeira representando São Pedro, da autoria de Grão Vasco, o principal nome da pintura portuguesa quinhentista, pode ser apreciada na sacristia.
Ainda hoje várias pessoas falam de um subterrâneo que liga a Igreja Matriz ao Castelo. Os relatos são muitos e há até quem jure ter feito esse percurso.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Sertanense volta ao trabalho no domingo


A equipa de futebol do Sertanense vai voltar ao trabalho no próximo domingo, no Campo Dr. Marques dos Santos. A formação da Sertã, que voltará a ser orientada pelo treinador Eduardo Húngaro, mantém a maioria dos jogadores da última temporada, contando, para já, com seis reforços.
Fábio Mendes, David Facucho, Pedro Miguel, Salgueiro, Américo, Anderson, Leandro, Filipe Avelar, Dany, Bruno Xavier, Marco Farinha, Zâmbia, Joca e Hygor mantêm-se no plantel. Quanto às saídas, abandonam o clube dois dos jogadores mais influentes da última época, o guardião Leo Flores e o melhor marcador da equipa da última época, Vicente. Britto e Milford também deixaram o emblema sertaginense.
No lote das aquisições, são seis as novidades: Santana Maia (ex-Eléctrico Ponte Sor), Artur, Ribeiro e Zé Miguel (todos ex-Trofense), Dialló (ex-Vilaverdense) e Celino (jogava na Tunísia).
O Campeonato Nacional da 3.ª Divisão (Série D) tem início no próximo dia 24 de Agosto (o sorteio ainda não se realizou).

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Marisco volta à Sertã


A Alameda da Carvalha recebe, a partir de hoje e até domingo, a segunda edição do Festival de Marisco da Sertã. Depois do sucesso registado em 2007, a organização resolveu repetir a ‘ementa’ para este ano.
Contando com a participação de seis restaurantes (Ponte Velha, O Cherne, Leitaria Rodrigues, A Cavilha, Dom Camarão e Fonte da Arcada), esta iniciativa registará ao longo de quatro dias diversas iniciativas.
Já hoje, pelas 17h30m, será dada a conhecer a maior sertã do mundo. À noite, os sons da lusofonia tomam conta do palco.
Na sexta-feira, a noite é dedicada ao jazz, com a actuação do Liber Trio, ao passo que no sábado é o fado a marcar presença. Miguel Ramos, Ana Sofia e Fernando Jorge são os artistas convidados.
Para o último dia do certame, os ritmos latinos prometem aquecer a noite, que conta ainda com um espectáculo de fogo de artifício.
Entretanto, as tradicionais festas de Verão continuam a realizar-se um pouco por todo o concelho. Este fim-de-semana, o destaque vai para as festas de Santo António do Marmeleiro (Marmeleiro), São João Baptista (Figueiredo) e São Simão e São Pedro (Nesperal).
Por seu lado, em Cernache do Bonjardim, continua a decorrer a terceira edição da Feira do Caracol.

Rua do Vale: Abandono continua

A Rua Cândido dos Reis, vulgo Rua do Vale, voltou à ribalta nos últimos dias. Um artigo no jornal «A Comarca da Sertã», da semana passada, dava conta da discussão mantida numa das últimas sessões da Assembleia Municipal sobre este tema.
O encerramento de um número significativo de estabelecimentos comerciais nesta artéria tem vindo a adensar a sensação de abandono que por estes dias aqui se vive. O fulgor de outros tempos perdeu-se e o dinamismo ‘embarcou’ para outras paragens.
As causas por detrás destes encerramentos estiveram em debate nessa Assembleia Municipal e as posições dos vários deputados, consoante a cor partidária, extremaram-se.
Se é verdade que a maior parte dos comerciantes não soube acompanhar os tempos de mudança e não introduziu mudanças no seu modelo de trabalho, também é verdade que há outros factores que contribuíram para este progressivo declínio do comércio nesta rua.
As obras levadas a cabo pela autarquia foram um importante contributo para a reanimação desta artéria, mas a questão do estacionamento ficou por resolver. Não sou dos que defende o estacionamento à frente das lojas, mas sinceramente não entendo como é que vedando o estacionamento não se criem alternativas nas proximidades para servir os utentes. Em tempos, ainda se falou de um parque de estacionamento na Praça da República, mas a ideia continua a não passar disso mesmo.

E nem falo da intervenção infeliz do presidente da Câmara da Sertã, José Paulo Farinha, que ao defender a necessidade de os automobilistas “não poderem querer o carro junto à porta”, ele próprio dá o exemplo, segundo o jornal «A Comarca da Sertã», de deixar a sua viatura mesmo à frente da barbearia que frequenta nesta rua.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Jornais antigos: Echo da Beira


O primeiro número foi lançado a 17 de Dezembro de 1896 e o seu director Abílio David manifestava, desde logo, o desejo de que esta publicação tivesse melhor sorte que as três que antes de si tentaram quebrar com o marasmo editorial da vila da Sertã.
O novo jornal dava pelo nome de Echo da Beira e, segundo o seu director, era “larga a missão” a que esta publicação se propunha.
Os destaques do primeiro número iam para o concerto que a Philarmonica Sertanense dera no dia 1 de Dezembro de 1896, no Adro, e para a eleição dos corpos gerentes do Monte-Pio Certaginense da Rainha Santa Izabel [sic], que teria lugar no dia 20 do mesmo mês.
Segundo os registos da Biblioteca Nacional, este jornal foi publicado até ao dia 22 de Dezembro de 1899, tendo sido depois reatado por duas ocasiões: entre 20 de Fevereiro de 1910 e data incerta e de 16 de Agosto de 1914 a 14 de Julho de 1918.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Santo Amaro volta a ter a sua festa

Depois de um longo período de interregno, a festa de Santo Amaro vai voltar. Com início agendado para a próxima sexta-feira, as festividades, em honra deste santo, decorrem junto à capela com o mesmo nome, situada no centro da vila da Sertã.
No primeiro dia dos festejos, a banda sertaginense Popxula actua pelas 22 horas, seguindo-se um baile com o organista Miguel Agostinho.
Para sábado, o cartaz reserva logo pelas 21h30m uma actuação do organista Ruizinho de Penacova, subindo ao palco, logo de seguida, a banda Forever para a primeira parte do seu espectáculo, que termina um pouco antes da meia-noite. Para essa hora, está reservada a grande atracção da noite – a actuação de Quinzinho de Portugal. Terminado o concerto, os Forever voltam a tomar conta das operações.
No domingo, e após a missa e procissão, terá lugar o tradicional leilão de fogaças. O grupo Imagem 5 assegura o espectáculo da noite, que contará ainda com a prestação de Rui Alves, tocando a sua concertina.
Ainda para a noite de domingo está marcado um espectáculo de fogo de artifício, assegurado pela Pirotecnia Oleirense.

É sem dúvida um grande regresso de uma festa que marcou uma época na vila da Sertã.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Escolas da Beira Interior com valores “preocupantes” de gás radão


As conclusões de um estudo, realizado pelo Laboratório de Radioactividade Natural da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, apontam para uma situação grave nas escolas da Beira Interior. De acordo com aquele documento, estes estabelecimentos apresentam “valores preocupantes de radão”, um gás radioactivo que não tem cor, cheiro ou sabor e que só é detectado através de medição.
“Não é uma situação inesperada”, sublinhou Alcides Pereira, coordenador da equipa daquele laboratório, à Agência Lusa, considerando que “a área do Interior tem esse problema”, uma vez que “as concentrações de radão são mais elevadas”.
O estudo apresentado recentemente, e cujas conclusões foram divulgadas pelo jornal Diário XXI, avaliou meia centena de escolas dos distritos de Vila Real, Viseu, Guarda, Coimbra e Castelo Branco.
A análise dos resultados obtidos permitiu verificar que “em 30 por cento dos casos os valores estavam acima do limite disposto na legislação nacional sobre a qualidade do ar em edifícios públicos (400 Bq.m-3), em 11 por cento dos locais a concentração de gás radão ultrapassava 1000 Bq.m-3”. Chegou mesmo a ser encontrado um valor de 2796 Bq.m-3, o máximo registado.
Segundo o jornal Diário XXI, Alcides Pereira não revelou quais as escolas onde os níveis detectados foram mais elevados. “Não gostaria de estar a dizer quais são”, disse, referindo que os casos mais preocupantes “estão devidamente referenciados; os conselhos directivos das escolas sabem isso, a informação já é do conhecimento da Direcção Regional de Educação do Centro e de algumas câmaras municipais”.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Povoações: Casal Novo (Pedrógão Pequeno)

Iniciamos hoje uma nova secção dedicada às povoações do concelho da Sertã. Com uma periodicidade regular, tentaremos colocar aqui pequenos textos descritivos sobre cada uma delas

Pouco antes de chegar ao Vale da Froca, pela estrada nacional (Sertã-Pedrógão pequeno) é preciso ‘cortar’ à direita para atingirmos o nosso destino: a povoação de Casal Novo. Estamos na freguesia de Pedrógão Pequeno, a pouco mais de cinco quilómetros do centro desta vila histórica.
Um pequeno aglomerado de casas dá-nos as boas-vindas. Sabemos logo ali que estamos junto ao largo onde no mês de Maio se realizam os tradicionais festejos em honra de Nossa Senhora de Fátima, santa venerada por estas paragens. Não há capela, apenas um pequeno altar (‘alminhas’) a assinalar o lugar do culto.
Mais abaixo, o lavadouro da povoação é a obra mais vistosa. Inaugurado em 1989, ainda hoje há quem dele se sirva, apesar das máquinas de lavar roupa terem dado descanso a quem por ali passava horas a fio.
No Casal Novo, restam pouco mais de 30 pessoas (em 1911, eram 80), apesar deste número ter tendência a subir nos próximos tempos, segundo alguns locais, isto porque existem várias pessoas com vontade de voltar. A maioria dos habitantes vive essencialmente da agricultura e das pequenas reformas (os mais velhos) que o Estado envia todos os meses. Há também os que, não querendo deixar a sua terra, foram procurar emprego à Sertã ou a Pedrógão Pequeno.
Actualmente, pouco se sabe sobre o passado deste lugar. Segundo o livro «A Sertã e o seu Concelho», ele já existia em 1758, altura em que contava apenas três fogos. Ao longo dos anos, o número de fogos foi aumentando, chegando aos 27 em 1913.

Sertã vai ter «Casa Pronta»


A vila da Sertã vai passar a contar com um balcão «Casa Pronta». Este novo serviço estará disponível na Conservatória do Registo Predial da Sertã.
O serviço «Casa Pronta» permite realizar num único balcão todas as operações relacionadas com a compra e venda de casa, designadamente pagar impostos, celebrar o contrato de compra e venda ou pedir isenção de pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).
Desde a entrada em funcionamento deste serviço, em Julho de 2007, foram já realizados mais de 5.630 procedimentos.
Com estes sete novos postos de atendimento o serviço passa a estar disponível em 80 balcões, abrangendo 76 municípios do nosso país.
Sem dúvida, uma excelente notícia para todos os munícipes!

domingo, 6 de julho de 2008

Memórias: Ponte filipina de Pedrógão Pequeno


Faz parte da memória de muitos, mas ainda hoje repousa no fundo do Vale do Cabril, entrincheirada entre duas margens. A ponte filipina foi mandada construir no século XVII, entre os anos de 1607 e 1610, para substituir uma ponte romana existente nas proximidades (ainda hoje existem alguns vestígios).
Em tempos distantes, serviu de acesso para a antiga estrada que ligava Pedrógão Pequeno a Pedrógão Grande, atravessando o rio Zêzere.
A ponte filipina, assente em três arcos, tem 72 metros de comprimento e 26 metros de altura.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Jornais antigos: Notícias de Várzea dos Cavaleiros


“Renasce o nosso jornal pois, como todos sabem, não é a primeira vez que a nossa freguesia tem o seu jornal”. As palavras do Pe. António Marques Neto estavam inscritas no primeiro número do jornal Notícias de Várzeas dos Cavaleiros. Não sabemos a que outros jornais poderá estar a referir-se o pároco, mas o que é certo é que o primeiro número desta publicação saiu para os escaparates em Junho de 1968.
O Pe. António Marques Neto, director deste novo jornal, escrevia também na edição inaugural deste mensário: “É [um jornal] de todos e para todos. Pretende unir, ajudar, estimular e criar mais espírito de família entre os que cá vivem e os que partiram. É numa palavra – o nosso jornal”.
Nesta primeira edição, os temas em destaque foram a Festa de Promessa e Acção de Graças ao Santíssimo Sacramento e a inauguração do novo salão paroquial da freguesia.