terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Os acidentes no IC8


Estão ainda por determinar as causas que provocaram o acidente que, no Domingo passado, vitimou onze pessoas e deixou mais 33 feridas no IC8. A queda de um autocarro numa ravina perto do nó do Carvalhal veio lançar, uma vez mais, o debate sobre o estado de conservação do IC8 e as obras que se têm arrastado durante os últimos anos.
Desde o início do ano, o troço junto ao nó do Carvalhal já foi palco de, pelo menos, três acidentes, um dos quais com as consequências já enunciadas. É sabido que a via recebera obras de intervenção nos últimos meses, que não foram definitivas porque a ideia passava por testar o novo piso colocado e aquilatar da sua fiabilidade. Todavia, a estrada continuava (e continua) a necessitar de diversas correcções, que vão desde a drenagem à pavimentação, passando pela sinalização.
José Farinha Nunes, presidente da Câmara da Sertã, aos microfones de várias televisões, não quis estabelecer um paralelo de causalidade entre as obras e o acidente de Domingo, mas referiu que “três acidentes num mês é muita coisa”, acrescentando: “Alertei-os para o que aconteceu, porque tantos acidentes em tão pouco tempo deve ser motivo de preocupação”.
Enquanto decorrerem as investigações ao acidente, não é de esperar grandes reacções por parte da concessionária desta via (Ascendi), que se tem remetido ao silêncio desde a hora do acidente. A única informação de que temos conhecimento é a que foi transmitida por José Farinha Nunes: “Estive no local a falar com a concessionária que me disse que ia fazer todos os possíveis para concluir as obras o mais depressa possível”.
Mais do que apontar culpados (o facto de o autocarro ser antigo e não cumprir todas as regras de segurança pode ter feito inflacionar o número de vítimas), era preciso que se olhasse de, uma vez por todas, com atenção para o estado desta e de outras vias, fazendo as obras que forem necessárias. Mais do que tudo, é a segurança dos automobilistas que está em risco.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

«Odisseia» na Sertã

A RTP estreou este Domingo, às 21 horas, a série «Odisseia», protagonizada por Bruno Nogueira e Gonçalo Waddington. Esta série foi parcialmente gravada no concelho da Sertã.
Segundo o website da RTP, «Odisseia» é uma história contada em duas narrativas que se cruzam. Na primeira, temos Bruno Nogueira e Gonçalo Waddington (interpretando-se a si mesmos), dois amigos que partem numa viagem por Portugal em autocaravana. Ambos sentem necessidade de se afastarem das suas vidas profissionais e familiares e de pensarem uma solução para os seus dramas pessoais. Na segunda narrativa, contada como um making-of ficcionado, existem os argumentistas da própria série Odisseia: Bruno Nogueira, Gonçalo Waddington e um terceiro elemento, Tiago Guedes, o realizador. Os três autores, qual Deus ex Machina, decidem o destino dos nossos heróis e da própria história enquanto vai sendo escrita, interferindo directamente na viagem dos dois amigos, escolhendo os actores que devem aparecer na história, como o Nuno Lopes, a Rita Blanco, o Manuel João Vieira ou o cantor Camané”.
Para já, ainda não sabemos quando será exibido o episódio que terá como pano de fundo a Sertã, contudo aqui fica uma curiosidade relacionada com um dos actores – Gonçalo Waddington é bisneto do sertaginense Pedro Oliveira (também conhecido como Pedro Pintor), que além de ter executado diversas obras nas igrejas do concelho foi responsável pelo mural que, durante anos, foi possível apreciar junto ao miradouro Caldeira Ribeiro.
Para aguçar o apetite, aqui fica o trailer da série.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Eleições para a Câmara da Sertã em 2013

A Câmara Municipal da Sertã vai a votos neste ano de 2013. Apesar de ainda não ter sido marcada a data das eleições autárquicas, são já conhecidos os nomes de alguns dos candidatos à presidência.
O PSD apresenta como candidato o actual presidente da edilidade, José Farinha Nunes, que nunca escondeu o desejo de se recandidatar. Resta saber se a equipa que o acompanha será a mesma que o auxiliou ao longo dos três últimos anos.
Pelo PS, avança Vítor Cavalheiro, actual líder da concelhia socialista e que tenta fazer regressar o partido ao comando da Câmara da Sertã, de onde saiu em 2009. Da equipa que o acompanha também pouco se sabe.
Os restantes partidos que têm concorrido a estas eleições (CDS-PP, CDU e Bloco de Esquerda) ainda não divulgaram os seus candidatos, sendo de esperar que o façam ao longo dos próximos meses.
A novidade parece ser a candidatura de um movimento independente liderado por Luís da Conceição Rodrigues que, em entrevista ao jornal A Comarca da Sertã, revelou alguns dos pontos do seu programa, apostado nas áreas da cultura e do desporto.
Conforme se percebe, as candidaturas ainda não apresentaram as linhas principais dos seus programas, nem tampouco as medidas que preconizam para o concelho. Todavia, é possível desde já extrapolar sobre os temas que deverão dominar a campanha eleitoral.
A crise económica e financeira será um deles: o Governo tem antecipado vários cortes nas transferências para os municípios e está a preparar novas regras para a lei das finanças locais, que deverão introduzir alterações profundas na actividade financeira dos municípios.
O aumento do desemprego no concelho (acompanhando a tendência nacional), o despovoamento acelerado da região (o município perdeu quase metade da sua população nos últimos 60 anos), a saúde, a educação e o apoio social serão alguns dos temas obrigatórios na campanha. Os efeitos que a extinção de freguesias terá no concelho são outro dos dados em equação.
Além disso, a cultura, a preservação e valorização do património natural e histórico e o turismo deverão também merecer alguma atenção por parte das várias candidaturas.
Em ano de eleições, esperamos que o debate e a campanha, que irão anteceder as eleições, sejam suficientemente esclarecedores!