A Rua Cândido dos Reis, vulgo Rua do Vale, voltou à ribalta nos últimos dias. Um artigo no jornal «A Comarca da Sertã», da semana passada, dava conta da discussão mantida numa das últimas sessões da Assembleia Municipal sobre este tema.
O encerramento de um número significativo de estabelecimentos comerciais nesta artéria tem vindo a adensar a sensação de abandono que por estes dias aqui se vive. O fulgor de outros tempos perdeu-se e o dinamismo ‘embarcou’ para outras paragens.
As causas por detrás destes encerramentos estiveram em debate nessa Assembleia Municipal e as posições dos vários deputados, consoante a cor partidária, extremaram-se.
Se é verdade que a maior parte dos comerciantes não soube acompanhar os tempos de mudança e não introduziu mudanças no seu modelo de trabalho, também é verdade que há outros factores que contribuíram para este progressivo declínio do comércio nesta rua.
As obras levadas a cabo pela autarquia foram um importante contributo para a reanimação desta artéria, mas a questão do estacionamento ficou por resolver. Não sou dos que defende o estacionamento à frente das lojas, mas sinceramente não entendo como é que vedando o estacionamento não se criem alternativas nas proximidades para servir os utentes. Em tempos, ainda se falou de um parque de estacionamento na Praça da República, mas a ideia continua a não passar disso mesmo.
E nem falo da intervenção infeliz do presidente da Câmara da Sertã, José Paulo Farinha, que ao defender a necessidade de os automobilistas “não poderem querer o carro junto à porta”, ele próprio dá o exemplo, segundo o jornal «A Comarca da Sertã», de deixar a sua viatura mesmo à frente da barbearia que frequenta nesta rua.