terça-feira, 31 de julho de 2007

Recuperar o Atelier Túlio Vitorino?


A Câmara da Sertã anunciou que vai iniciar em breve as obras de recuperação da casa que albergou em tempos o Atelier do pintor Túlio Vitorino, em Cernache do Bonjardim. É uma iniciativa que se louva, tanto mais que estamos perante um dos edifícios mais emblemáticos do concelho e que faz parte da sua herança cultural. No entanto, o destino a dar a este imóvel permanece uma incógnita.
O edifício encontra-se hoje votado ao abandono, devido à incúria de muitos, ao longo destes anos. Autarcas e proprietários (herdeiros do pintor) nunca se entenderam quanto ao destino a dar ao espaço e só, em Maio de 2005, depois de complicadas negociações, a Câmara da Sertã assumiu a sua propriedade.
Desde então, e apesar das promessas da autarquia, nada foi feito. Esperemos que seja desta. Todavia, outro problema mais grave parece colocar-se: que destino dar àquele espaço?
No protocolo assinado em Maio de 2005, entre a autarquia e os proprietários, ficou decidida a instalação de um Museu/Escola que preservasse o nome e a obra do pintor cernachense, mas esse objectivo parece estar cada vez mais difícil de concretizar, até porque a Associação d’Artes Túlio Vitorino já veio dizer que não está interessada em ocupar aquele espaço.
Esta sempre foi a hipótese aventada para assegurar o funcionamento do espaço, o que levou o presidente da Câmara José Paulo Farinha a alertar, no final do mês de Junho, para o risco do imóvel, depois de recuperado, permanecer de portas fechadas.
Em recente Assembleia Municipal da Sertã, e confrontados com esta situação, vários deputados da oposição insistiram para que a obra avançasse na mesma, mesmo que “fique de portas fechadas” (Joaquim Patrício ainda disse que não acreditava que isso acontecesse). Aqui temos mais um bom exemplo da precipitação dos nossos representantes autárquicos. Primeiro faz-se a obra e depois logo se decide qual o destino a dar-lhe.Não quero com isto dizer que a obra deva ficar parada, mas sim que, ao mesmo tempo, que se discute o início das obras, também se deveria discutir, de forma séria, o destino a dar a este imóvel. O seu futuro depende disso.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Sertanense prepara nova época


O Sertanense FC iniciou, esta semana, a preparação para a próxima temporada do Nacional da III Divisão. A grande novidade é o treinador brasileiro Eduardo Húngaro “Duda”, que se estreia à frente da equipa, em substituição de Francisco Barão, que se transferiu para o Eléctrico de Ponte Sor.
No plantel, o destaque vai para o regresso de Filipe Avelar (ex-Eléctrico Ponte Sor), que jogou no Sertanense durante algumas épocas na década de 90, e de Velho (ex-Vitória de Sernache), que actuou nas equipas jovens do clube. Os restantes reforços já confirmados são: Bismark (ex-Eléctrico Ponte de Sor), Esteves (Proença-a-Nova) e David (futebol húngaro). Com o treinador Duda, chegam mais sete jogadores (!?!?), cujos nomes ainda não foram revelados.
Da época passada transitam Fábio, Salgueiro, Pedro Miguel, Tiago, Marco Farinha, Rabat e Leandro.
Quanto aos jogos de preparação, o Sertanense recebe na quarta-feira (1 de Agosto), no campo de Jogos Dr. Marques dos Santos, o Benfica de Castelo Branco e na semana seguinte (8 de Agosto) desloca-se à capital de distrito para participar num torneio triangular (jogos de 45 minutos) com o Estrela de Portalegre e Benfica de Castelo Branco.
O arranque do Campeonato Nacional da III Divisão está marcado para o dia 26 de Agosto. O sorteio realiza-se no próximo dia 2 de Agosto. Esperemos que a nova época seja tão positiva como a última, onde além do quarto lugar alcançado, o Sertanense atingiu, pela primeira vez, a 5.ª eliminatória da Taça de Portugal. Boa sorte!

Mais-valias da retenção de carbono investidas na floresta

As boas ideias são sempre de aproveitar e aquela que a Câmara Municipal de Proença-a-Nova apresentou esta semana merece todo o aplauso. A autarquia pretende investir as mais-valias criadas no concelho com a retenção de carbono na valorização da floresta.
O edil João Paulo Catarino, que espera obter com esta iniciativa a certificação de «concelho verde», garantiu que “está quase concluído um estudo que quantifica o carbono que é retirado da atmosfera na área do nosso concelho graças à floresta”, através do processo de fotossíntese, e também “a quantidade de energia renovável aqui produzida”, como a energia eólica.
“No fim, fazemos as contas e mostramos com quantas toneladas de carbono o concelho de Proença-a-Nova contribui todos os anos para despoluir o País e o mundo”, acrescentou autarca.
A capacidade de retenção e armazenamento do carbono pelas florestas a longo prazo está prevista no Protocolo de Quioto, segundo o qual pode ser contabilizada para cumprir os objectivos a que os países signatários se comprometem no período de 2008-2012.Ao abrigo do Protocolo de Quioto, Portugal não poderá ultrapassar em mais de 27 por cento as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) no período de 2008-2012, tendo 1990 como ano de referência.Todavia, Portugal já ultrapassou esta meta, estimando-se que, a manter-se a tendência de crescimento das emissões, em 2010 esteja 39 por cento acima do objectivo, sendo por isso obrigado a recorrer aos mecanismos de flexibilização previstos no protocolo.Depois do flagelo dos incêndios florestais, os concelhos da Zona do Pinhal parecem estar finalmente a olhar para um recurso que, desde sempre, se apresentou como uma importante fonte de desenvolvimento. Resta o desejo de que outros sigam o exemplo.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Bombeiros querem posto do INEM na Sertã


Os Bombeiros Voluntários da Sertã (BVS) querem acolher um posto do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) nesta vila. “Há conversações e estamos a aguardar que o posto seja criado”, anunciou, em entrevista à Gazeta do Interior, Francisco Laia Nunes, presidente da associação que gere esta corporação.
Segundo este responsável, “há um estudo do INEM para a criação de postos que deverá estar terminado em meados deste ano e só aí é que os novos postos serão atribuídos”. No entanto, o assunto terá ainda ser apreciado pelo Ministério da Administração Interna, “por causa dos custos com a viatura, a tripulação e o subsídio de combustível”.

Actualmente, os BVS funcionam como uma «reserva» do INEM para esta zona do distrito de Castelo Branco, sendo que, para tal efeito, recebem “um subsídio por cada saída mandada pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU)”. Ou seja, “estamos a colmatar a falta” de um posto do INEM, garantiu Francisco Laia Nunes.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Festival do Marisco na Sertã


É um daqueles eventos que, à primeira vista, parecem não fazer muito sentido no local onde se realizam. No entanto, num mundo globalizado como o nosso, as diferenças tendem a esbater-se entre as diversas culturas e os seus costumes.
Serve esta introdução para apresentar aquela que será a primeira edição do Festival de Marisco da Sertã. Apesar do mar estar a mais de 100 quilómetros de distância, a empresa Oui C’est Moi e a Associação Comercial e Industrial dos Concelhos de Sertã, Vila de Rei, Proença-a-Nova e Oleiros lançaram o desafio a alguns restaurantes, que a partir da próxima sexta-feira e até Domingo, vão trazer até à capital da Zona do Pinhal o bom sabor do marisco.
O Festival, que conta com o apoio da Câmara da Sertã, terá lugar na Alameda da Carvalha, onde poderão ser encontradas sete tasquinhas, a cargo de restaurantes e marisqueiras de várias zonas do País, entre elas duas sertaginenses. O programa cultural deste evento conta com vários espectáculos musicais, desde a música Jazz até ao Fado. Para os apreciadores, trata-se de uma oportunidade a não perder. Para os outros, sempre resta o convívio.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Quartel finalmente inaugurado


A pompa e a circunstância não foram as mesmas de 1967, mas o novo quartel dos Bombeiros Voluntários da Sertã foi finalmente inaugurado, no passado dia 15 de Julho, pelo secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões.
Depois de vários avanços e recuos, numa história que conheceu quatro executivos camarários e trocas de acusações entre os mais diversos responsáveis, o novo equipamento, que “oferece óptimas condições”, segundo o presidente da Câmara da Sertã, está, de uma vez por todas, com as portas abertas ao serviço.
Esta obra é talvez o exemplo maior de uma certa inércia que por vezes grassa na sociedade sertaginense e que assenta no protelar de obras importantes para o desenvolvimento do município. Como bem referiu o autarca José Paulo Farinha, “para que chegássemos até aqui, foi necessário contornar e derrotar alguns «Adamastores», superar «Velhos do Restelo» e encontrar pessoas de palavra e de carácter inalterável”.
Basta lembrar as assembleias municipais de há alguns anos, onde a troca de argumentos sobre quem devia pagar o quartel e sobre a sua operacionalidade foram o prato do dia, atrasando irremediavelmente uma obra que era reclamada por todos, especialmente pela corporação, há quase uma década. A falência de duas das empresas a quem foi concessionada, em momentos diferentes, a obra, também não foi grande ajuda.
Representando um investimento de 1,3 milhões de euros e ocupando uma área bastante ampla no Cimo da Vila, junto ao Nó do IC8, a nova estrutura mereceu o aplauso de toda a população. O líder da direcção dos bombeiros congratulou-se com a obra, mas lamentou-se pelo cofre vazio.
O secretário de Estado aproveitou a visita para apresentar os planos do Governo para esta área e deixar algumas novidades, relativamente ao novo regime jurídico dos bombeiros. Falou também da necessidade de “valorizar mais a componente operacional” e de acabar com a mais do que provável “promiscuidade ou interesses entre a sociedade civil e o Estado”. A terminar um lamento. Porque será que os antigos bombeiros voluntários desta corporação não foram convidados para a festa de inauguração. A tristeza e o lamento fizeram-se ouvir nos dias seguintes à cerimónia. “Foi uma falta de respeito”, disse um dos antigos soldados da paz. A este propósito, lembro a atitude do Sertanense Futebol Clube, aquando da inauguração do relvado do Campo de Jogos Dr. Marques dos Santos. Convidou antigos presidentes, directores e alguns jogadores para a festa que se queria de todos.

sábado, 21 de julho de 2007

Feira das Tradições foi um sucesso


A vila da Sertã recebeu, entre os dias 21 e 24 de Junho, mais uma edição da Feira das Tradições e Actividades Económicas. O número de expositores presentes (130) e o de visitantes (largos milhares de pessoas) atestam bem do êxito desta iniciativa.
Depois das edições passadas terem ficado um pouco aquém das expectativas, a Câmara da Sertã apostou forte este ano, com um cartaz cultural e desportivo mais “recheado” e com a presença de expositores de outras zonas do País, nomeadamente da Ilha da Madeira.
Durante quatro dias, o concelho teve, na Alameda da Carvalha, uma montra do que de melhor se faz por estas paragens e das potencialidades que se escondem por entre as serras e vales do município. Os próprios sertaginenses puderam tomar contacto com o trabalho e as actividades das várias associações locais.
O artesanato e a gastronomia estiveram no centro das atenções, mas as actuações de Mikael Carreira, SantaMaria e 4Taste também não desiludiram todos quantos visitaram a feira.
Os parabéns chegaram de vários quadrantes e até os partidos da oposição felicitaram o presidente da autarquia pelo sucesso alcançado. “Estiveste bem”, sublinhou o deputado social-democrata, João Carlos, dirigindo-se a José Paulo Farinha, presidente da edilidade. É de saudar esta iniciativa da Câmara da Sertã que, apostada em dar a conhecer o concelho a todos os que o visitam, apostou em boa hora na promoção das suas tradições e actividades económicas. Agora, esperamos pela continuação de um trabalho, que muitos frutos pode dar ao concelho.