quarta-feira, 30 de julho de 2008

Memórias: Igreja Matriz


Não se pode dizer que seja uma memória, até porque ainda hoje se mantém no mesmo local. A Igreja Matriz, ou de São Pedro, é um dos monumentos mais importantes do legado histórico sertaginense.
Segundo os documentos oficiais, terá sido erigida no Século XVI, no lugar de um antigo templo que ali existia. É uma construção de traço gótico, com elementos maneiristas.
Classificado como Imóvel de Interesse Público, esta igreja apresenta, no seu interior, um altar-mor em talha dourada ecléctica e de estilo nacional, um púlpito, altares laterais e vários azulejos do século XVI e XVII. Possui três naves.
Uma pintura sobre madeira representando São Pedro, da autoria de Grão Vasco, o principal nome da pintura portuguesa quinhentista, pode ser apreciada na sacristia.
Ainda hoje várias pessoas falam de um subterrâneo que liga a Igreja Matriz ao Castelo. Os relatos são muitos e há até quem jure ter feito esse percurso.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Sertanense volta ao trabalho no domingo


A equipa de futebol do Sertanense vai voltar ao trabalho no próximo domingo, no Campo Dr. Marques dos Santos. A formação da Sertã, que voltará a ser orientada pelo treinador Eduardo Húngaro, mantém a maioria dos jogadores da última temporada, contando, para já, com seis reforços.
Fábio Mendes, David Facucho, Pedro Miguel, Salgueiro, Américo, Anderson, Leandro, Filipe Avelar, Dany, Bruno Xavier, Marco Farinha, Zâmbia, Joca e Hygor mantêm-se no plantel. Quanto às saídas, abandonam o clube dois dos jogadores mais influentes da última época, o guardião Leo Flores e o melhor marcador da equipa da última época, Vicente. Britto e Milford também deixaram o emblema sertaginense.
No lote das aquisições, são seis as novidades: Santana Maia (ex-Eléctrico Ponte Sor), Artur, Ribeiro e Zé Miguel (todos ex-Trofense), Dialló (ex-Vilaverdense) e Celino (jogava na Tunísia).
O Campeonato Nacional da 3.ª Divisão (Série D) tem início no próximo dia 24 de Agosto (o sorteio ainda não se realizou).

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Marisco volta à Sertã


A Alameda da Carvalha recebe, a partir de hoje e até domingo, a segunda edição do Festival de Marisco da Sertã. Depois do sucesso registado em 2007, a organização resolveu repetir a ‘ementa’ para este ano.
Contando com a participação de seis restaurantes (Ponte Velha, O Cherne, Leitaria Rodrigues, A Cavilha, Dom Camarão e Fonte da Arcada), esta iniciativa registará ao longo de quatro dias diversas iniciativas.
Já hoje, pelas 17h30m, será dada a conhecer a maior sertã do mundo. À noite, os sons da lusofonia tomam conta do palco.
Na sexta-feira, a noite é dedicada ao jazz, com a actuação do Liber Trio, ao passo que no sábado é o fado a marcar presença. Miguel Ramos, Ana Sofia e Fernando Jorge são os artistas convidados.
Para o último dia do certame, os ritmos latinos prometem aquecer a noite, que conta ainda com um espectáculo de fogo de artifício.
Entretanto, as tradicionais festas de Verão continuam a realizar-se um pouco por todo o concelho. Este fim-de-semana, o destaque vai para as festas de Santo António do Marmeleiro (Marmeleiro), São João Baptista (Figueiredo) e São Simão e São Pedro (Nesperal).
Por seu lado, em Cernache do Bonjardim, continua a decorrer a terceira edição da Feira do Caracol.

Rua do Vale: Abandono continua

A Rua Cândido dos Reis, vulgo Rua do Vale, voltou à ribalta nos últimos dias. Um artigo no jornal «A Comarca da Sertã», da semana passada, dava conta da discussão mantida numa das últimas sessões da Assembleia Municipal sobre este tema.
O encerramento de um número significativo de estabelecimentos comerciais nesta artéria tem vindo a adensar a sensação de abandono que por estes dias aqui se vive. O fulgor de outros tempos perdeu-se e o dinamismo ‘embarcou’ para outras paragens.
As causas por detrás destes encerramentos estiveram em debate nessa Assembleia Municipal e as posições dos vários deputados, consoante a cor partidária, extremaram-se.
Se é verdade que a maior parte dos comerciantes não soube acompanhar os tempos de mudança e não introduziu mudanças no seu modelo de trabalho, também é verdade que há outros factores que contribuíram para este progressivo declínio do comércio nesta rua.
As obras levadas a cabo pela autarquia foram um importante contributo para a reanimação desta artéria, mas a questão do estacionamento ficou por resolver. Não sou dos que defende o estacionamento à frente das lojas, mas sinceramente não entendo como é que vedando o estacionamento não se criem alternativas nas proximidades para servir os utentes. Em tempos, ainda se falou de um parque de estacionamento na Praça da República, mas a ideia continua a não passar disso mesmo.

E nem falo da intervenção infeliz do presidente da Câmara da Sertã, José Paulo Farinha, que ao defender a necessidade de os automobilistas “não poderem querer o carro junto à porta”, ele próprio dá o exemplo, segundo o jornal «A Comarca da Sertã», de deixar a sua viatura mesmo à frente da barbearia que frequenta nesta rua.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Jornais antigos: Echo da Beira


O primeiro número foi lançado a 17 de Dezembro de 1896 e o seu director Abílio David manifestava, desde logo, o desejo de que esta publicação tivesse melhor sorte que as três que antes de si tentaram quebrar com o marasmo editorial da vila da Sertã.
O novo jornal dava pelo nome de Echo da Beira e, segundo o seu director, era “larga a missão” a que esta publicação se propunha.
Os destaques do primeiro número iam para o concerto que a Philarmonica Sertanense dera no dia 1 de Dezembro de 1896, no Adro, e para a eleição dos corpos gerentes do Monte-Pio Certaginense da Rainha Santa Izabel [sic], que teria lugar no dia 20 do mesmo mês.
Segundo os registos da Biblioteca Nacional, este jornal foi publicado até ao dia 22 de Dezembro de 1899, tendo sido depois reatado por duas ocasiões: entre 20 de Fevereiro de 1910 e data incerta e de 16 de Agosto de 1914 a 14 de Julho de 1918.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Santo Amaro volta a ter a sua festa

Depois de um longo período de interregno, a festa de Santo Amaro vai voltar. Com início agendado para a próxima sexta-feira, as festividades, em honra deste santo, decorrem junto à capela com o mesmo nome, situada no centro da vila da Sertã.
No primeiro dia dos festejos, a banda sertaginense Popxula actua pelas 22 horas, seguindo-se um baile com o organista Miguel Agostinho.
Para sábado, o cartaz reserva logo pelas 21h30m uma actuação do organista Ruizinho de Penacova, subindo ao palco, logo de seguida, a banda Forever para a primeira parte do seu espectáculo, que termina um pouco antes da meia-noite. Para essa hora, está reservada a grande atracção da noite – a actuação de Quinzinho de Portugal. Terminado o concerto, os Forever voltam a tomar conta das operações.
No domingo, e após a missa e procissão, terá lugar o tradicional leilão de fogaças. O grupo Imagem 5 assegura o espectáculo da noite, que contará ainda com a prestação de Rui Alves, tocando a sua concertina.
Ainda para a noite de domingo está marcado um espectáculo de fogo de artifício, assegurado pela Pirotecnia Oleirense.

É sem dúvida um grande regresso de uma festa que marcou uma época na vila da Sertã.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Escolas da Beira Interior com valores “preocupantes” de gás radão


As conclusões de um estudo, realizado pelo Laboratório de Radioactividade Natural da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, apontam para uma situação grave nas escolas da Beira Interior. De acordo com aquele documento, estes estabelecimentos apresentam “valores preocupantes de radão”, um gás radioactivo que não tem cor, cheiro ou sabor e que só é detectado através de medição.
“Não é uma situação inesperada”, sublinhou Alcides Pereira, coordenador da equipa daquele laboratório, à Agência Lusa, considerando que “a área do Interior tem esse problema”, uma vez que “as concentrações de radão são mais elevadas”.
O estudo apresentado recentemente, e cujas conclusões foram divulgadas pelo jornal Diário XXI, avaliou meia centena de escolas dos distritos de Vila Real, Viseu, Guarda, Coimbra e Castelo Branco.
A análise dos resultados obtidos permitiu verificar que “em 30 por cento dos casos os valores estavam acima do limite disposto na legislação nacional sobre a qualidade do ar em edifícios públicos (400 Bq.m-3), em 11 por cento dos locais a concentração de gás radão ultrapassava 1000 Bq.m-3”. Chegou mesmo a ser encontrado um valor de 2796 Bq.m-3, o máximo registado.
Segundo o jornal Diário XXI, Alcides Pereira não revelou quais as escolas onde os níveis detectados foram mais elevados. “Não gostaria de estar a dizer quais são”, disse, referindo que os casos mais preocupantes “estão devidamente referenciados; os conselhos directivos das escolas sabem isso, a informação já é do conhecimento da Direcção Regional de Educação do Centro e de algumas câmaras municipais”.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Povoações: Casal Novo (Pedrógão Pequeno)

Iniciamos hoje uma nova secção dedicada às povoações do concelho da Sertã. Com uma periodicidade regular, tentaremos colocar aqui pequenos textos descritivos sobre cada uma delas

Pouco antes de chegar ao Vale da Froca, pela estrada nacional (Sertã-Pedrógão pequeno) é preciso ‘cortar’ à direita para atingirmos o nosso destino: a povoação de Casal Novo. Estamos na freguesia de Pedrógão Pequeno, a pouco mais de cinco quilómetros do centro desta vila histórica.
Um pequeno aglomerado de casas dá-nos as boas-vindas. Sabemos logo ali que estamos junto ao largo onde no mês de Maio se realizam os tradicionais festejos em honra de Nossa Senhora de Fátima, santa venerada por estas paragens. Não há capela, apenas um pequeno altar (‘alminhas’) a assinalar o lugar do culto.
Mais abaixo, o lavadouro da povoação é a obra mais vistosa. Inaugurado em 1989, ainda hoje há quem dele se sirva, apesar das máquinas de lavar roupa terem dado descanso a quem por ali passava horas a fio.
No Casal Novo, restam pouco mais de 30 pessoas (em 1911, eram 80), apesar deste número ter tendência a subir nos próximos tempos, segundo alguns locais, isto porque existem várias pessoas com vontade de voltar. A maioria dos habitantes vive essencialmente da agricultura e das pequenas reformas (os mais velhos) que o Estado envia todos os meses. Há também os que, não querendo deixar a sua terra, foram procurar emprego à Sertã ou a Pedrógão Pequeno.
Actualmente, pouco se sabe sobre o passado deste lugar. Segundo o livro «A Sertã e o seu Concelho», ele já existia em 1758, altura em que contava apenas três fogos. Ao longo dos anos, o número de fogos foi aumentando, chegando aos 27 em 1913.

Sertã vai ter «Casa Pronta»


A vila da Sertã vai passar a contar com um balcão «Casa Pronta». Este novo serviço estará disponível na Conservatória do Registo Predial da Sertã.
O serviço «Casa Pronta» permite realizar num único balcão todas as operações relacionadas com a compra e venda de casa, designadamente pagar impostos, celebrar o contrato de compra e venda ou pedir isenção de pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).
Desde a entrada em funcionamento deste serviço, em Julho de 2007, foram já realizados mais de 5.630 procedimentos.
Com estes sete novos postos de atendimento o serviço passa a estar disponível em 80 balcões, abrangendo 76 municípios do nosso país.
Sem dúvida, uma excelente notícia para todos os munícipes!

domingo, 6 de julho de 2008

Memórias: Ponte filipina de Pedrógão Pequeno


Faz parte da memória de muitos, mas ainda hoje repousa no fundo do Vale do Cabril, entrincheirada entre duas margens. A ponte filipina foi mandada construir no século XVII, entre os anos de 1607 e 1610, para substituir uma ponte romana existente nas proximidades (ainda hoje existem alguns vestígios).
Em tempos distantes, serviu de acesso para a antiga estrada que ligava Pedrógão Pequeno a Pedrógão Grande, atravessando o rio Zêzere.
A ponte filipina, assente em três arcos, tem 72 metros de comprimento e 26 metros de altura.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Jornais antigos: Notícias de Várzea dos Cavaleiros


“Renasce o nosso jornal pois, como todos sabem, não é a primeira vez que a nossa freguesia tem o seu jornal”. As palavras do Pe. António Marques Neto estavam inscritas no primeiro número do jornal Notícias de Várzeas dos Cavaleiros. Não sabemos a que outros jornais poderá estar a referir-se o pároco, mas o que é certo é que o primeiro número desta publicação saiu para os escaparates em Junho de 1968.
O Pe. António Marques Neto, director deste novo jornal, escrevia também na edição inaugural deste mensário: “É [um jornal] de todos e para todos. Pretende unir, ajudar, estimular e criar mais espírito de família entre os que cá vivem e os que partiram. É numa palavra – o nosso jornal”.
Nesta primeira edição, os temas em destaque foram a Festa de Promessa e Acção de Graças ao Santíssimo Sacramento e a inauguração do novo salão paroquial da freguesia.

Trízio recebe festa de São Pedro no fim-de-semana


A povoação do Trízio, na freguesia de Palhais, vai ser palco no próximo fim-de-semana (4 a 6 de Julho) da festa de São Pedro.
Os festejos arrancam logo na sexta-feira com a actuação da banda Kapittal (22h30m), a que se segue o concerto da cantora Romana (24h).
No sábado, a tarde será ocupada pelo torneio de Sueca. Às 21h30m, avança a actuação do Rancho Folclórico e Etnográfico da Casa do Povo de Cernache do Bonjardim, ao passo que uma hora depois é a Tuna Académica Artintuna Cpitusa a subir ao palco. A fechar a noite (23h30m), actuam os Onda M.
O dia de domingo contará com as actuações da Filarmónica Aurora Pedroguense (durante a tarde) e do grupo Lamiré (21h30m). Ainda no domingo, terá lugar uma prova de BTT, com uma extensão de 25 quilómetros. As inscrições custam 15 euros.
Destaque também para a prova de wakeboard, a contar para o circuito nacional da modalidade.
Entretanto, está já disponível na Internet a página desta aldeia da freguesia de Palhais. Uma ideia bastante original, que pode ser encontrada no seguinte endereço: www.trizio.com.pt.

Vandalismo na rotunda da Eirinha


Eu não sei o que move esta gente e sinceramente também não estou muito interessado. No entanto, é triste quando alguns “seres” da raça humana vandalizam aquilo que é de todos, sem o mínimo de respeito pelos seus semelhantes.
Na madrugada do último domingo, uns ditos senhores (não foi possível saber quem praticou a façanha) resolveram tomar de assalto o interior da rotunda da Eirinha, com uma viatura, para aí fazerem alguns peões.
O piso do interior da rotunda ficou num estado deplorável (ainda há pouco, funcionários da Câmara haviam procedido a vários arranjos naquele local) e as marcas dos pneus ainda são visíveis.
Não sei se alguma vez estes senhores serão responsabilizados por este acto de vandalismo, mas parece-me que seria útil que as nossas autoridades estivessem mais atentas a este tipo de fenómenos.