Onde fica? É uma pequena rua, de um só sentido, que liga a Praça do Município à Praça da República
Quem foi? Os mouros não lhe devotam muitas saudades e para a eternidade ficou a expressão “lançadas de Lopo Barriga te dêem”. Lopo Barriga nasceu na Sertã no fim do século XV e era filho de Pedro Alvares Barriga e de Constança de Brito.
Cândido Teixeira, na sua obra «Antiguidades, Famílias e Varões Ilustres de Sernache do Bom Jardim e seus contornos», escrevia a seu propósito: “Militou valentemente em África como intrépido e esforçado cavaleiro. Achou-se na defesa de muitas praças e na expugnação de outras. Repetias as entradas com tão impetuosas e inesperadas invasões, que não deixava aos mouros, nem tempo nem lugar livre de sobressalto”.
Quando Nuno Fernandes de Ataíde foi nomeado governador de Safim [cidade de Marrocos], Lopo Barriga recebeu o cargo de seu adail [uma espécie de comandante dos exércitos], sendo dos primeiros a entrar na mesquita daquela cidade, quando ela foi tomada em 1508.
Mas os feitos de Lopo Barriga não se ficam por aqui: Em 1510 foi um dos que defenderam a cidade de Safim do cerco que lhe puseram os mouros e que durou desde o dia 13 até 31 de Dezembro do mesmo ano; em 27 de Março de 1515, com um punhado de homens (entre os quais Pedro Leitão), tomou a praça de Amagor, que era considerada inexpugnável. Por este feito, o rei D. João III concedeu-lhe em 1533 o brasão de armas, que seus descendentes usam.
Em seguida tomou a fortaleza de Agabalo, sendo o primeiro a saltar os seus muros, subindo pela própria lança, conforme rezam as crónicas da época.
No ano de 1516 foi feito prisioneiro e esteve cativo até 1523, altura em que D. João III o mandou resgatar, tendo regressado a Lisboa, onde casou com D. Joana Eça, filha de D. Cristina Eça, e de quem teve três filhos (Pedro Barriga, D. Francisca de Vilhena e D. Beatriz de Vilhena).
Em 1524 voltou a África obtendo, algum tempo depois, juntamente com Cide Haya Abentafut uma grande vitória em Aleborge, situada a 25 léguas de Safim.
Pouco depois, na sequência de novo combate, perto de Safim, Lopo Barriga foi degolado.
Vasco Mousinho de Quevedo, no canto X do seu poema Afonso Africano, dedicou algumas palavras a Lopo de Barriga, que foi também Comendador da Ordem de Cristo:
Lopo de Barriga, cujo illustre nome
É justo a Portugal seja tão caro,
Que no lugar mais alto sempre assome:
Foi dos que rege e guia firme amparo,
Obras fez de que o Mundo exemplo tome
Quem foi? Os mouros não lhe devotam muitas saudades e para a eternidade ficou a expressão “lançadas de Lopo Barriga te dêem”. Lopo Barriga nasceu na Sertã no fim do século XV e era filho de Pedro Alvares Barriga e de Constança de Brito.
Cândido Teixeira, na sua obra «Antiguidades, Famílias e Varões Ilustres de Sernache do Bom Jardim e seus contornos», escrevia a seu propósito: “Militou valentemente em África como intrépido e esforçado cavaleiro. Achou-se na defesa de muitas praças e na expugnação de outras. Repetias as entradas com tão impetuosas e inesperadas invasões, que não deixava aos mouros, nem tempo nem lugar livre de sobressalto”.
Quando Nuno Fernandes de Ataíde foi nomeado governador de Safim [cidade de Marrocos], Lopo Barriga recebeu o cargo de seu adail [uma espécie de comandante dos exércitos], sendo dos primeiros a entrar na mesquita daquela cidade, quando ela foi tomada em 1508.
Mas os feitos de Lopo Barriga não se ficam por aqui: Em 1510 foi um dos que defenderam a cidade de Safim do cerco que lhe puseram os mouros e que durou desde o dia 13 até 31 de Dezembro do mesmo ano; em 27 de Março de 1515, com um punhado de homens (entre os quais Pedro Leitão), tomou a praça de Amagor, que era considerada inexpugnável. Por este feito, o rei D. João III concedeu-lhe em 1533 o brasão de armas, que seus descendentes usam.
Em seguida tomou a fortaleza de Agabalo, sendo o primeiro a saltar os seus muros, subindo pela própria lança, conforme rezam as crónicas da época.
No ano de 1516 foi feito prisioneiro e esteve cativo até 1523, altura em que D. João III o mandou resgatar, tendo regressado a Lisboa, onde casou com D. Joana Eça, filha de D. Cristina Eça, e de quem teve três filhos (Pedro Barriga, D. Francisca de Vilhena e D. Beatriz de Vilhena).
Em 1524 voltou a África obtendo, algum tempo depois, juntamente com Cide Haya Abentafut uma grande vitória em Aleborge, situada a 25 léguas de Safim.
Pouco depois, na sequência de novo combate, perto de Safim, Lopo Barriga foi degolado.
Vasco Mousinho de Quevedo, no canto X do seu poema Afonso Africano, dedicou algumas palavras a Lopo de Barriga, que foi também Comendador da Ordem de Cristo:
Lopo de Barriga, cujo illustre nome
É justo a Portugal seja tão caro,
Que no lugar mais alto sempre assome:
Foi dos que rege e guia firme amparo,
Obras fez de que o Mundo exemplo tome