É um dos jardins mais emblemáticos da Sertã e que ainda não há muitos anos sofreu importantes obras de recuperação. Hoje, o jardim do Cimo da Vila está votado ao abandono. Os baloiços desapareceram, as madeiras dos bancos apodrecem paulatinamente, a vegetação rasteira cobre os supostos percursos pedonais e um longo manto de areia acumula dejectos de animais.
Já por várias vezes aqui se falou de obras que são bons exemplos de dinheiro mal invest
ido, mas este não é o caso. É o fiel exemplo de como o planeamento urbanístico na Sertã tem sido negligenciado durante as últimas décadas (e o novo PDM que nunca mais chega). Construir sem planear é um erro que à primeira vista pode parecer insignificante, mas que com o passar dos anos terá repercussões assinaláveis. O conhecido Cimo da Vila é um bom exemplo disso mesmo.
Foi durante anos uma das zonas mais apetecíveis para quem queria comprar casa e até para os que pretendiam montar o seu negócio. No entanto, a deslocalização de serviços importantes (veja-se o encerramento do hospital) para outras zonas da vila fez com que esta área perdesse grande parte do seu peso e da sua atractividade. E nem mesmo o Parque de Feiras e o recém-inaugurado quartel dos bombeiros parecem capazes de recuperar o dinamismo perdido.
Não quero com isto dizer que se deva obrigar alguém a viver numa determinada zona só porque assim o desejamos. Isso seria uma patetice. Até porque, as pessoas estão onde estão os serviços, as escolas, os espaços comerciais. O que é pena é ver morrer uma das zonas mais bonitas da vila, sem que este ciclo se inverta. E já nem falo do centro histórico da Sertã .
Hoje, a imagem do jardim do Cimo da Vila é uma boa metáfora de toda a sua zona envolvente: uma sombra de si mesma.
Uma pergunta final: para quê gastar dinheiro a recuperar jardins, se depois eles ficam fechados durante todo o ano? E este está mesmo fechado…
Já por várias vezes aqui se falou de obras que são bons exemplos de dinheiro mal invest
Foi durante anos uma das zonas mais apetecíveis para quem queria comprar casa e até para os que pretendiam montar o seu negócio. No entanto, a deslocalização de serviços importantes (veja-se o encerramento do hospital) para outras zonas da vila fez com que esta área perdesse grande parte do seu peso e da sua atractividade. E nem mesmo o Parque de Feiras e o recém-inaugurado quartel dos bombeiros parecem capazes de recuperar o dinamismo perdido.
Não quero com isto dizer que se deva obrigar alguém a viver numa determinada zona só porque assim o desejamos. Isso seria uma patetice. Até porque, as pessoas estão onde estão os serviços, as escolas, os espaços comerciais. O que é pena é ver morrer uma das zonas mais bonitas da vila, sem que este ciclo se inverta. E já nem falo do centro histórico da Sertã .
Hoje, a imagem do jardim do Cimo da Vila é uma boa metáfora de toda a sua zona envolvente: uma sombra de si mesma.
Uma pergunta final: para quê gastar dinheiro a recuperar jardins, se depois eles ficam fechados durante todo o ano? E este está mesmo fechado…
E que falta fazem os jardins a uma terra que sempre se vendeu em tons de verde!