quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Alertar consciências para o risco dos sismos

O sismo de magnitude 6.0, com epicentro no Oceano Atlântico, que abalou esta madrugada o território nacional veio mais uma vez despertar as consciências adormecidas do nosso país para este problema.
A actividade sísmica em Portugal varia de região para região, sendo a zona Sul do nosso território a mais exposta a este tipo de fenómenos. Contudo, não se pense que o resto do país está a salvo – há algumas falhas importantes no Centro e Norte de Portugal.
No distrito de Castelo Branco, onde a Sertã se insere, existem falhas sísmicas, mas que se encontram inactivas, pelo que a região tem sido poupada a este tipo de ocorrências. Ainda assim, convém lembrar que no sismo de 1755 os abalos chegaram a ser sentidos um pouco por todo o distrito, tendo inclusive provocado alguns danos.
Além disso, existem falhas activas nos distritos de Santarém (Falha do Vale Inferior do Tejo) e de Leiria (Falha da Nazaré), não muito longe de nós.
Mais do que alarmar, até porque (volto a dizer) o risco sísmico do distrito é dos mais baixos do país, é preciso que as pessoas estejam conscientes do problema e saibam o que fazer em situações do género.

Medidas a tomar durante a ocorrência de um sismo:

- Normalmente é melhor não tentar sair de casa a fim de evitar o risco de ser atingido, na fuga, pela queda de objectos.
- Permaneça calmo e preste atenção ao estuque, tijolos, prateleiras ou outras estruturas ou objectos que possam cair.
- Afaste-se de janelas, vidros, varandas ou chaminés.
- Abrigue-se rapidamente num local seguro, por exemplo, no vão de uma porta interior firmemente alicerçada, debaixo de uma mesa pesada ou de uma secretária; se não existir mobiliário sólido, encoste-se a uma parede interior ou a um canto e proteja a cabeça e o pescoço.
- Se estiver num edifício alto, não procure sair imediatamente pois as escadas podem estar cheias de pessoas em pânico e/ou haver troços de escada que ruíram;
- Não utilize o elevador pois a electricidade pode faltar e provocar a sua paragem;
- Se estiver num local amplo com muitas pessoas ou numa sala de espectáculos não se dirija para a saída pois muitas outras pessoas podem ter tido essa ideia.
- Abrigue-se debaixo de uma mesa, de uma secretária ou no vão de uma porta.
- Se tiver que abandonar o edifício faça-o cuidadosamente prestando atenção à possível queda de objectos. Procure com serenidade refúgio numa área aberta, longe dos edifícios, sobretudo dos velhos, altos ou isolados que possam ruir a uma distância de, pelo menos, metade da sua altura.
- Afaste-se de torres, postes, candeeiros de iluminação pública, cabos de electricidade ou de estruturas que possam desabar, como muros ou taludes; não corra nem vagueie pelas ruas. Se for a conduzir um automóvel, pare no lugar mais seguro possível, de preferência numa área aberta, afastada de edifícios, muros, taludes, torres ou postes.
- Não pare nem vá para pontes, viadutos ou passagens subterrâneas.
- Permaneça dentro da viatura até que o sismo termine.
Fonte: Instituto de Meteorologia