quarta-feira, 25 de junho de 2008

Incêndios voltam a ‘espreitar’ na Sertã


Não é uma novidade, mas é com este tipo de iniciativas que podemos começar a contribuir para evitar que, ano após ano, se repitam os terríveis incêndios, que devastam enormes áreas florestais do nosso país. E o concelho da Sertã que o diga.
Trata-se de uma Carta de Risco de Incêndio Florestal, que permitirá, a partir de agora, avaliar esse mesmo risco com um nível de detalhe inédito. O documento, que se baseia numa nova cartografia apresentada recentemente pelo Instituto Geográfico Português (IGP), “deixa claro o que outros mapas semelhantes e a prática já mostraram: é nas zonas montanhosas e em muitas áreas protegidas que estão os ingredientes essenciais para fogos devastadores”, escreve o jornal PÚBLICO.
O concelho da Sertã, como seria de esperar, está incluído na zona de «risco muito elevado» de incêndio, que engloba também as serras da Estrela, do Açor, da Lousã e da Gardunha e concelhos como Oleiros, Vila de Rei, Mação e Proença-a-Nova.Segundo o mesmo jornal diário, “a nova carta de risco foi feita com base na sobreposição de vários factores que contribuem para o risco dos fogos: a ocupação do solo, os declives, as redes viárias, a exposição ao sol e a densidade populacional”.
Arménio Castanheira, director-geral do IGP, citado pelo PÚBLICO, refere que a Carta mostra a maior ou menor probabilidade de uma área arder, caso haja uma ignição. Uma das grandes novidades é a sua escala. Cada ponto do mapa representa um quadrado real no terreno com 25 metros de lado. “Esta carta garante o pormenor e poderá servir de base para a elaboração de planos municipais”, afirma aquele responsável.
Esta não é a primeira carta de risco de incêndio do país. O Instituto Superior de Agronomia elabora todos os anos para a Direcção-Geral dos Recursos Florestais um documento semelhante (apesar de já estarmos no final de Junho, a versão deste ano ainda não foi entregue – e depois ainda dizem que o planeamento é o adequado!!!). Também o Instituto de Meteorologia produz aquilo a que se pode chamar uma “cartografia de risco de fogos”, que contempla a probabilidade de ocorrência de incêndios no próprio dia e nos dias seguintes.