Onde fica? Artéria situada junto ao Pavilhão Desportivo Municipal e que desemboca na rotunda que dá acesso, entre outros, ao terminal rodoviário
Quem foi? “O nome de Flávio Reis e Moura está indelevelmente gravado na história do concelho da Sertã. Um grande marco fica para sempre a assinalar a sua passagem: a electrificação de Sertã, Cernache e Pedrógão Pequeno”. Foi desta forma que Amaro Vicente Martins, director do jornal «A Comarca da Sertã», recordou na edição de 15 de Agosto de 1970 a figura de Flávio Reis e Moura.
O seu bilhete de identidade informava que nascera na ilha de Salsete (também conhecida por Concolim), perto de Goa. Filho do coronel Miguel da Silva Moura e de D. Perpétua Leonildes Simões dos Reis e Moura, Flávio Reis e Moura licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, tendo frequentado também o curso de Filologia Românica na Faculdade de Letras de Coimbra, o qual não viria a concluir.
Iniciou a sua carreira profissional como Delegado do Procurador da República na comarca das Caldas da Rainha, transitando depois para Alvaiázere, onde desempenhou as funções de notário.
Veio para a Sertã e por aqui ficou durante 29 anos, período em que assegurou as funções de notário, advogado e Delegado substituto do Procurador da República. Mas a sua actividade não se resumiu apenas ao exercício da sua profissão.
Assumiu a presidência da Câmara da Sertã na segunda metade da década de 1940 e por lá continuou até aos primeiros anos da década seguinte. “Homem distinto, excelente conversador, culto, esmerado na educação e elegante no trato, a sua convivência era aqui muito apreciada”, pode ler-se no mesmo artigo de Amaro Martins.
Ocupou também os cargos de presidente da Assembleia-geral do Sertanense (entre 1957 e 1961 e em 1964) e liderou os destinos do Clube da Sertã também por esta altura. Foi ainda comandante da Legião Portuguesa, vogal da Junta Distrital de Castelo Branco, delegado da Causa Monárquica e um dos fundadores da «Celinda», sociedade anónima proprietária do Centro Liceal Técnico da Sertã.
Em Julho de 1965, abandonou a Sertã e assumiu actividades em Lisboa no 8.º Cartório Notarial daquela cidade.
No dia 9 de Agosto soltou o seu último suspiro, tendo os seus restos mortais ficado sepultados no cemitério de Pedrógão Pequeno.
Fontes: jornal «A Comarca da Sertã», jornal «O Renovador», Sertanense: 75 Anos de História