O momento revestiu-se de grande solenidade e deve ser motivo de orgulho para todos os sertaginenses que ontem foram visitados por alguns dos maiores especialistas europeus nesta matéria.
O presidente da Câmara da Sertã, José Nunes, sublinhou, durante a intervenção proferida na Casa da Cultura, por ocasião da cerimónia de lançamento, que “ao aderir a este projecto, a Sertã está a colocar-se na vanguarda das prioridades do momento”, sendo que “as questões ambientais e da preservação são essenciais numa sociedade moderna” e as energias renováveis “uma excelente oportunidade para o nosso desenvolvimento”.
Afirmando que a Sertã tem “condições naturais únicas” para a produção de energias renováveis, o autarca, citado pela Rádio Condestável, manifestou o compromisso do município em “contribuir com as nossas energias verdes para um ambiente de melhor qualidade”.
O discurso do autarca espelhou bem aquilo que tem sido a aposta da Sertã nas energias renováveis, consubstanciada nas três barragens existentes nos limites do concelho, no Parque Eólico com 26 aerogeradores e na Central de Biomassa da Palser [que o presidente da República, Cavaco Silva, irá inaugurar no próximo sábado]. O futuro desta região passa concerteza por aqui e este sinal das forças políticas é muito importante, sobretudo num momento em que tanto se fala no crescimento do desemprego.
Um passo curioso do discurso de José Nunes foi sem dúvida a disponibilidade demonstrada para “difundir pela região a sua [da Sertã] experiência, dinamizar o crescimento económico e ter papel decisivo na pegada do Carbono zero, bem como consumir cada vez menos energias fósseis e aproveitar os recursos naturais como sendo o sol, a água, o vento, entre outros”.
Catherine Ledig, coordenadora do RETS, destacou “a importante união de esforços e vontades” e abordou a estratégia europeia que visa atingir uma meta de 20 por cento de energias renováveis até 2020 e 10 por cento de energias renováveis para o sector automóvel: “Este cumprimento é importante daí ser fulcral este RETS”, constatou.
Depois do rotundo fracasso que foi a Cimeira de Copenhaga, talvez seja tempo de cada um de nós começar a pensar no que pode realmente fazer para ajudar o ambiente.