quinta-feira, 17 de abril de 2008

A união pode fazer a força


Que os concelhos da Zona do Pinhal em conjunto não têm grande poder de pressão junto do governo central é uma realidade que há muito se sabia. Talvez por isso seja de aplaudir a decisão dos municípios que integram a região plano NUTS III Pinhal Interior Sul, entre eles a Sertã, de se aliarem aos concelhos do Médio Tejo (Ourém, Ferreira do Zêzere, Tomar, Torres Novas, Abrantes, Entroncamento, Alcanena, Vila Nova da Barquinha, Sardoal e Constância) para criar sinergias e ganhar escala na contratualização de verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
“São duas regiões muito diferentes mas com muitas complementaridades, sinergias e convergências. O Pinhal, eminentemente rural, é mais pobre e o Médio Tejo, com forte componente urbana, é mais rico, representando esta junção um novo conceito de solidariedade territorial que foi muito bem acolhido”, sublinhou Saldanha Rocha presidente da Comunidade Urbana do Médio Tejo e da Câmara de Mação, citado pelo jornal «O Mirante».
Para já, os 15 autarcas, que integram estas duas regiões plano, reuniram-se na passada terça-feira à noite no Sardoal para uma “análise prévia” das formas que permitam um trabalho conjunto.
Segundo revela, o mesmo jornal, no início da próxima semana, estas duas entidades vão reunir-se com Augusto Mateus para definir a forma de “operacionalizar e pôr a funcionar” esta parceria.
As duas NUTs III em conjunto representam 15 por cento da área da região Centro, o que dá “uma escala maior”, sobretudo ao Pinhal, disse Saldanha Rocha. E tem toda a razão Saldanha Rocha.
Pena é que este tipo de iniciativas não se alarguem a outras áreas estratégicas para o desenvolvimento dos concelhos do Pinhal, nomeadamente o turismo. Pode ser que o cenário mude a partir de agora.