A povoação é conhecida sobretudo pela sua fonte, de onde brota água de excelente qualidade. Situada na freguesia da Sertã, não muito longe de um dos ramais de acesso do IC8, Malpica é terra de gente humilde e com cariz eminentemente rural.
Segundo vários documentos consultados, é de crer que a povoação seja recente, isto porque nas inquirições régias mais antigas não é mencionada a existência deste lugar. Só em pleno século XVIII é referida pela primeira vez, apesar dos registos dos primeiros povoamentos remontarem apenas a meados do século seguinte.
Este aparecimento tardio não impediu que o lugar crescesse de forma rápida. Em 1891, contavam-se 13 fogos, número que subiu para 16 em 1911. Neste mesmo ano, a população da Malpica já ascendia a 75 almas.
Dados publicados em 1930 dão conta de um aumento da população, para mais de 80 pessoas, e do número de fogos.
Estes números estabilizaram nos anos mais recentes. Todavia, hoje é possível verificar que várias casas têm sido construídas na Malpica – os seus ocupantes trabalham sobretudo na sede de concelho.
A fonte é o grande ex-libris, por assim dizer, da povoação. São muitos os que por aqui passam para saciar a sede ou mesmo abastecer os garrafões lá de casa. Não se sabe quando começou a fama desta fonte (os mais antigos dizem que esta água já era procurada nos primeiros anos do século XX), sabendo-se apenas que em 1966 a Câmara Municipal da Sertã ali instalou um fontanário, que ainda hoje se mantém.
Quanto à origem do nome, as informações são inexistentes. Ainda assim, arriscamos uma explicação com base naquela que foi dada para a povoação de Malpica do Tejo, no concelho de Castelo Branco: “Malpica (Mala mais Pica) é um nome ligado à configuração do terreno e orografia local, de proveniência espanhola”.
Bibliografia: Sertã e o seu Concelho, Certa Ennobrecida, Sernache do Bom Jardim – Traços Monográficos, Portugal Antigo e Moderno, Inquirições de D. Manuel