sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Companhia Teatral da Sertã - A.com.te.ser estreia-se este fim-de-semana com dois espectáculos

A Sertã tem um novo grupo de teatro. A Companhia Teatral da Sertã - A.com.te.ser fará a sua estreia, este fim-de-semana, no Cine-Teatro Tasso (24 de Setembro, 21h) e na Casa da Cultura da Sertã (25 de Setembro, 15h) com a peça «A Maluquinha de Arroios», uma comédia em três actos da autoria de André Brun.
O regresso do teatro à Sertã (no formato de companhia teatral) é uma excelente notícia, sobretudo se tivermos em atenção que já vem de longe a tradição da chamada Sexta Arte (segundo a classificação de Ricciotto Canuto) neste concelho. Os primeiros registos transportam-nos para a década de 1870, altura em que José Pedro Ramalhosa (o decano dos amadores de teatro sertaginense) produziu espectáculos do género em algumas casas de famílias ilustres da Sertã, sendo acompanhado por jovens de fora do concelho.
Mais tarde, António Justino Rossi e Valentim de Sousa Bastos juntaram-se-lhe e começou a ganhar forma a ideia de construir um teatro na vila. O Theatro Instrução e Recreio [que aproveitava o interior da Capela do Espírito Santo – hoje Capela de Nossa Senhora da Conceição] viria a ser inaugurado em 29 de Outubro de 1882. O Teatro Tasso só surgiria mais tarde, em 1915.
A primeira companhia teatral, digna desse nome, a ser constituída na Sertã, foi a Companhia Dramática Certaginense, corria o ano de 1899. Além dos já citados, a companhia incluía Luiz Dias (autor das peças levadas à cena), Adrião David, Tasso de Figueiredo, Henrique de Moura, Francisco Moura e Zeferino Lucas (também responsável pelos cenários).
Mas avancemos no tempo até 2011 e à Companhia Teatral da Sertã - A.com.te.ser, que, fazemos votos, possa vir a somar muitos êxitos no futuro. Sobre a peça que representarão no próximo fim-de-semana, «A Maluquinha de Arroios», foi revelado que se trata de uma história que “fala de jogo, sedução, paixão, equívocos e bacalhau com grão”.
“Baltazar Esteves, o «Esteves do Bacalhau» subiu a pulso na vida, fez fortuna ao balcão a vender bacalhau. É casado com Capitolina e tem um filho que é poeta e uma filha casada com um visconde. Quando entra em cena Alzira de Menezes, uma mulher extremamente sedutora, a quem todos chamam «a Maluquinha de Arroios», os homens da família perdem a cabeça”. É este o mote para a peça que pode ser vista, sábado e domingo, na Sertã.
Aqui fica o convite!