quarta-feira, 18 de julho de 2012

Centro de Saúde da Sertã com SUB: será desta?


O Centro de Saúde da Sertã poderá passar a contar com um Serviço de Urgência Básicos (SUB). A notícia surgiu hoje na comunicação social nacional e regional e baseia-se nas conclusões de um relatório da Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência (CRRNEU).
Segundo o documento, disponível no website do Ministério da Saúde, os centros de saúde da Sertã e de Coruche são os únicos a verem as suas competências reforçadas, com a abertura de SUB.
Estes serviços representam “o primeiro nível de acolhimento a situações de urgência”, constituindo “um nível de abordagem e resolução das situações mais simples e mais comuns de urgência” e, ainda, “um nível de estabilização inicial de situações urgentes/emergentes de maior complexidade, quando as mesmas não possam ser directamente encaminhadas para um nível de cuidados mais diferenciado”, pode ler-se no relatório da CRRNEU.
A instalação de um SUB nos centros de saúde exige, no mínimo, a presença física de dois médicos, dois enfermeiros, um técnico de Diagnóstico e Terapêutica de áreas profissionais adequadas, de acordo com a diversidade dos exames a efectuar, um auxiliar de Acção Médica e um administrativo. “A presença mínima de dois médicos e/ou dois enfermeiros decorre da eventual necessidade de assegurar um transporte de doente urgente/emergente, seja este um transporte primário ou um transporte secundário”, acrescenta o mesmo documento.
Ao nível dos recursos materiais, os centros terão de dispor de “material para assegurar a via aérea, oximetria de pulso, monitor com desfibrilhador automático e marca passo externo, eletrocardiógrafo, equipamento para imobilização e transporte do traumatizado, condições e material para pequena cirurgia, radiologia simples (para esqueleto, tórax e abdómen) e patologia química/química seca. Tendencialmente, todos os SUB devem ter uma SIV em gestão integrada, cujo elemento de enfermagem participe na prestação de cuidados e colabore no transporte de doentes críticos”.
Perante todos estes requisitos parece evidente a necessidade da construção de um novo centro de saúde na Sertã, uma vez que são conhecidas as limitações físicas e humanas do actual. 
Esta já não é a primeira vez que o Centro de Saúde da Sertã se vê na iminência de contar com um SUB. Em 2009, o então Governo socialista apresentou uma proposta nesse sentido, que nunca avançou. Esperemos, agora, que o mesmo não suceda!