Num artigo recente, a Comarca da Sertã dava conta do estado lastimoso deste espaço: “O átrio, detentor de artísticos pormenores, bem como o espaço seguinte, ainda estão intactos”. Todavia, “no piso principal, onde funcionou a cozinha, já nada se vê. Desabou o tecto e o chão, ficando os escombros depositados na cave”. “Quanto ao piso superior, ao cimo da escadaria, bem molhada pela chuva (…) a queda do telhado barrou o acesso”.
A Câmara da Sertã já por várias vezes fez saber das suas pretensões de reabilitar o imóvel, mas até ao momento nada foi feito. José Paulo Farinha defende mesmo a “importância da recuperação da apalaçada casa”, enquanto outros munícipes são da opinião que “a casa devia ser demolida”, até porque “representa um risco para os moradores mais próximos e para os transeuntes que por ali circulam”.
A questão da segurança é, aliás, um dos pontos que mais polémica tem levantado. Apesar da sinalização e de algumas fitas vermelhas colocadas pela autarquia para vedar o acesso àquela zona, a falta de civismo de alguns e a fraca resistência dos materiais utilizados facilitou o desaparecimento da respectiva sinalização.