Com esta novidade, o concelho ficava mais próximo dos municípios vizinhos e o serviço de correio e de transporte de mercadorias e pessoas ganhava outro dinamismo.
As
viagens de diligência eram, contudo, bastante arriscadas. Basta ver que até à
construção da ponte do Vale da Ursa, em 1885, as carruagens eram obrigadas a
atravessar o caudal do rio Zêzere para fazer a ligação entre as duas margens. O
jornal Correio da Sertã dá conta de
um episódio ocorrido a 22 de Outubro de 1884, que por pouco não redundou em
tragédia: “(...) uma das diligências que faz serviço entre Tomar e a
Sertã, quando atravessava o rio Zêzere, ao Vale da Ursa, esteve por um triz a
ir rio abaixo e pregar com os passageiros no fundo. Deve-se à extraordinária
coragem de um passageiro que saltou para o rio, susteve os cavalos e atravessou
a diligência, não termos agora a lamentar algumas vítimas”.
A viagem entre Tomar e a Sertã durava cerca de sete horas. Segundo os horários da altura, a diligência saía de Tomar às 5 da manhã e chegava à Sertã pelas 12h30m. No sentido inverso, a viagem tinha início pelas 14 horas na Sertã e terminava em Tomar cerca das 21 horas.
A título de curiosidade, refira-se que existiam outros serviços de diligências neste período e que ligavam a Sertã a Proença-a-Nova e a Pedrógão Pequeno.
A viagem entre Tomar e a Sertã durava cerca de sete horas. Segundo os horários da altura, a diligência saía de Tomar às 5 da manhã e chegava à Sertã pelas 12h30m. No sentido inverso, a viagem tinha início pelas 14 horas na Sertã e terminava em Tomar cerca das 21 horas.
A título de curiosidade, refira-se que existiam outros serviços de diligências neste período e que ligavam a Sertã a Proença-a-Nova e a Pedrógão Pequeno.
Créditos da imagem: Gravura de Alfredo Keil, publicada na obra «Tojos e Rosmaninhos», que representava a diligência que ligava Tomar à Sertã