quinta-feira, 31 de outubro de 2013

J.K.: Da Sertã para o mundo


O seu nome artístico é provavelmente desconhecido da maior parte da população sertaginense, mas J-K é um caso sério na cena rap nacional. Nascido na República Democrática do Congo e com boa parte da infância e juventude passadas na vila da Sertã, Jorge Kimbamba Simões (seu nome verdadeiro) tem-se afirmado, ao longo dos últimos anos, e acaba de lançar o seu primeiro álbum, «Sorriso Parvo».
Depois de já ter editado o EP «Complexo de Inferioridade» (2009) e a mixtape «Armadura Brilhante» (2011), J-K apresenta o seu primeiro registo a solo de longa duração, com a chancela da Monster Jinx.
Os ecos deste álbum já chegaram à imprensa nacional e o jornal Público dedicou-lhe recentemente uma página. No texto lê-se: “Podia-se falar das origens congolesas, da infância na Sertã ou da ligação com a editora nortenha Monster Jinx, mas o rapper J-K cresceu com o advento da Internet e esse facto é ainda mais relevante. Foi isso que o fez descolar das tendências impostas inicialmente no hip-hop português, optando por embrenhar-se na cultura geek e batidas virtuosas”.
Mais à frente no texto é referido que “as suas letras narram relações trágicas com raparigas fictícias – cujos resultados poderiam inspirar um episódio de Seinfeld ou uma faixa do rapper Drake – e complexos de desajustamento em relação ao que o rodeia, mas também há faixas com sentido de humor que fogem a esta regra, como Ninjas, onde J-K se transforma num ninja”.
Por seu lado, a revista Punch narra que “neste álbum encontramos  a essência do que é a música de J-K, a sua evolução nos últimos anos e os trilhos por onde deverá caminhar no futuro. Com 13 músicas, «Sorriso Parvo» conta com instrumentais produzidos por DarkSunn, Taseh e Raez e participações de Beware Jack, Alexandre Francisco Diaphra, Maze, do colectivo Dealema, e ainda do também membro da Monster Jinx, Stray”.
Aqui ficam os nossos parabéns e os desejos de sucesso a J-K, cujo álbum pode ser ouvido gratuitamente no website http://j-k-mj.bandcamp.com/

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Memórias: Serviço de diligências

O dia 9 de Agosto de 1881 foi de festa na vila da Sertã. Não se tratava de nenhuma data de romaria ou da inauguração de qualquer melhoramento público. O motivo dos festejos prendeu-se com a chegada, pela primeira vez, à Sertã da diligência de Tomar.
Com esta novidade, o concelho ficava mais próximo dos municípios vizinhos e o serviço de correio e de transporte de mercadorias e pessoas ganhava outro dinamismo.
As viagens de diligência eram, contudo, bastante arriscadas. Basta ver que até à construção da ponte do Vale da Ursa, em 1885, as carruagens eram obrigadas a atravessar o caudal do rio Zêzere para fazer a ligação entre as duas margens. O jornal Correio da Sertã dá conta de um episódio ocorrido a 22 de Outubro de 1884, que por pouco não redundou em tragédia: “(...) uma das diligências que faz serviço entre Tomar e a Sertã, quando atravessava o rio Zêzere, ao Vale da Ursa, esteve por um triz a ir rio abaixo e pregar com os passageiros no fundo. Deve-se à extraordinária coragem de um passageiro que saltou para o rio, susteve os cavalos e atravessou a diligência, não termos agora a lamentar algumas vítimas”.
A viagem entre Tomar e a Sertã durava cerca de sete horas. Segundo os horários da altura, a diligência saía de Tomar às 5 da manhã e chegava à Sertã pelas 12h30m. No sentido inverso, a viagem tinha início pelas 14 horas na Sertã e terminava em Tomar cerca das 21 horas.
A título de curiosidade, refira-se que existiam outros serviços de diligências neste período e que ligavam a Sertã a Proença-a-Nova e a Pedrógão Pequeno.


Créditos da imagem: Gravura de Alfredo Keil, publicada na obra «Tojos e Rosmaninhos», que representava a diligência que ligava Tomar à Sertã

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Conjunto de iniciativas assinala 500 anos dos forais da Sertã e de Pedrógão Pequeno



Os forais manuelinos da Sertã e de Pedrógão Pequeno foram concedidos pelo rei D. Manuel I faz, no próximo dia 20 de Outubro, 500 anos. No seguimento do programa que vem decorrendo ao longo deste ano, a Câmara da Sertã guardou para este fim-de-semana o ponto alto das comemorações.
Assim, no dia 19 de Setembro (sábado), Pedrógão Pequeno será o centro de diversas iniciativas, que decorrerão durante a tarde. Pelas 16h30m terá lugar o descerramento de uma placa alusiva à data que se comemora. Meia hora depois avança a sessão comemorativa dos 500 anos do foral de Pedrógão Pequeno e às 17h45m é apresentado o livro «O Foral Manuelino de Pedrógão Pequeno», de Marta Martins. Segue-se uma encenação da assinatura do foral e um concerto da Filarmónica Aurora Pedroguense. A encerrar os festejos, tem lugar um espectáculo de fogo executado pelos Saltimbancos de Ceira, que garantirão também a animação das ruas durante o dia.
No domingo, dia 20 de Outubro, será a Sertã a receber as comemorações, com início marcado para as 15h no edifício dos Paços do Concelho da Sertã, onde decorrerá o descerramento de uma placa comemorativa dos 500 anos do foral.
A partir das 16h, será a capela do Convento de Santo António a receber este evento. Primeiro terá lugar uma palestra alusiva ao foral da Sertã, com o prof. Doutor João Paulo Oliveira e Costa, e depois será efectuado o reconhecimento público a diversas áreas da sociedade civil. Segue-se um concerto da Orquestra do Foral. Para terminar o dia de comemorações terá lugar a apresentação do livro «História da Sertã», de Rui Lopes, e a projecção de um filme histórico sobre a Sertã.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

«História da Sertã» em livro e filme



O livro «História da Sertã» será apresentado no próximo dia 20 de Outubro, no âmbito das comemorações dos 500 anos dos forais manuelinos da Sertã e de Pedrógão Pequeno (ver programa noutro post). Trata-se de uma obra que, ao longo de 656 páginas, faz um levantamento histórico do concelho, avaliando a sua evolução rumo à modernidade.
No livro, da autoria de Rui Lopes e editado pela Câmara Municipal da Sertã, são sintetizados os aspectos mais relevantes que marcaram o percurso evolutivo do concelho, desde as primeiras civilizações que povoaram o território até à actualidade.
A publicação assume uma abordagem distinta relativamente às monografias tradicionais, pois explana com profundidade as diferentes dimensões que marcaram a vida do município: social, política, religiosa, cultural, etnográfica e desportiva.

As figuras mais relevantes do concelho serão também alvo de destaque, com biografias das personalidades que contribuíram decisivamente para a história da Sertã e do próprio país, designadamente Nuno Álvares Pereira, P.e Manuel Antunes, David de Melo Lopes, Gonçalo Rodrigues Caldeira, António Santos Valente, Abílio Marçal, Lopo Barriga, entre muitos outros. 
Além do livro será apresentado, no mesmo dia, um filme-documentário, com duração de 20 minutos (ver trailer acima), que trará uma nova abordagem e interpretação da história da Sertã dos últimos dois séculos. No filme serão exibidas imagens e vídeos inéditos sobre o concelho, depositados em arquivos como o da Cinemateca Portuguesa (ANIM) e da RTP, bem como em diversos fundos particulares.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A.Com.Te.Ser apresenta «Volta ao Teatro em 60 minutos... e mais um bocadinho!»



A companhia de teatro A.Com.Te.Ser vai levar à cena, no próximo dia 12 de Outubro, a peça «Volta ao Teatro em 60 minutos... e mais um bocadinho!». O espectáculo, de entrada livre e para maiores de 12 anos, tem lugar no Cine-Teatro Tasso (Sertã) e inicia-se pelas 21h30m.
Segundo informações veiculadas pela companhia, o espectáculo é composto por “onze peças” de teatro. “A nossa proposta é uma viagem através de excertos de peças dos períodos mais marcantes do Teatro, desde do Clássico ao Absurdo. Esta Máquina do Tempo Teatral efectua paragens em: O Gato, de Henrique Santana; Felizmente Há Luar, de Luís de Sttau Monteiro; À Espera de Godot, de Samuel Beckett; Um Eléctrico Chamado Desejo, de Tennesse Williams; Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett; Fausto, de Goethe; As Artimanhas de Scapin, de Molière; O Amansar da Fera, de William Shakespeare; Auto de Mofina Mendes, de Gil Vicente; Soldado Fanfarrão, de Plauto; Lisístrata, de Aristófanes”, indicam os responsáveis da A.Com.Te.Ser.
Aqui fica uma sugestão para o próximo fim-de-semana.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=caxLgFMrJ_k