O seu nome artístico é provavelmente desconhecido da maior parte da população sertaginense, mas J-K é um caso sério na cena rap nacional. Nascido na República Democrática do Congo e com boa parte da infância e juventude passadas na vila da Sertã, Jorge Kimbamba Simões (seu nome verdadeiro) tem-se afirmado, ao longo dos últimos anos, e acaba de lançar o seu primeiro álbum, «Sorriso Parvo».
Depois de já ter editado o EP «Complexo de
Inferioridade» (2009) e a mixtape
«Armadura Brilhante» (2011), J-K apresenta o seu primeiro registo a solo de
longa duração, com a chancela da Monster Jinx.
Os ecos deste álbum já chegaram à imprensa nacional
e o jornal Público dedicou-lhe
recentemente uma página. No texto lê-se: “Podia-se falar das origens
congolesas, da infância na Sertã ou da ligação com a editora nortenha Monster
Jinx, mas o rapper J-K cresceu com o advento da Internet e esse facto é
ainda mais relevante. Foi isso que o fez descolar das tendências impostas
inicialmente no hip-hop português, optando por embrenhar-se na cultura geek
e batidas virtuosas”.
Mais à frente no texto é referido
que “as suas letras narram relações trágicas com raparigas fictícias – cujos
resultados poderiam inspirar um episódio de Seinfeld ou uma faixa do rapper
Drake – e complexos de desajustamento em relação ao que o rodeia, mas
também há faixas com sentido de humor que fogem a esta regra, como Ninjas,
onde J-K se transforma num ninja”.
Por seu lado, a
revista Punch narra que “neste álbum
encontramos a essência do que é a música de J-K, a sua evolução nos
últimos anos e os trilhos por onde deverá caminhar no futuro. Com 13 músicas,
«Sorriso Parvo» conta com instrumentais produzidos por DarkSunn, Taseh e Raez e
participações de Beware Jack, Alexandre Francisco Diaphra, Maze, do colectivo
Dealema, e ainda do também membro da Monster Jinx, Stray”.
Aqui ficam os
nossos parabéns e os desejos de sucesso a J-K, cujo álbum pode ser ouvido
gratuitamente no website http://j-k-mj.bandcamp.com/