O Centro de
Saúde da Sertã poderá passar a contar com um Serviço de Urgência Básicos (SUB).
A notícia surgiu hoje na comunicação social nacional e regional e baseia-se nas
conclusões de um relatório da Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de
Emergência e Urgência (CRRNEU).
Segundo o
documento, disponível no website do Ministério da Saúde, os centros de saúde da
Sertã e de Coruche são os únicos a verem as suas competências reforçadas, com a
abertura de SUB.
Estes serviços representam “o primeiro nível de acolhimento a situações de
urgência”, constituindo “um nível de abordagem e resolução das situações mais
simples e mais comuns de urgência” e, ainda, “um nível de estabilização inicial
de situações urgentes/emergentes de maior complexidade, quando as mesmas não
possam ser directamente encaminhadas para um nível de cuidados mais
diferenciado”, pode ler-se no relatório da CRRNEU.
A instalação de um SUB nos centros de saúde exige,
no mínimo, a presença física de dois médicos, dois enfermeiros, um técnico de
Diagnóstico e Terapêutica de áreas profissionais adequadas, de acordo com a
diversidade dos exames a efectuar, um auxiliar de Acção Médica e um administrativo.
“A presença mínima de dois médicos e/ou dois enfermeiros decorre da eventual
necessidade de assegurar um transporte de doente urgente/emergente, seja este
um transporte primário ou um transporte secundário”, acrescenta o mesmo
documento.
Ao nível dos recursos materiais, os centros terão
de dispor de “material para assegurar a via aérea, oximetria de pulso, monitor
com desfibrilhador automático e marca passo externo, eletrocardiógrafo,
equipamento para imobilização e transporte do traumatizado, condições e
material para pequena cirurgia, radiologia simples (para esqueleto, tórax e
abdómen) e patologia química/química seca. Tendencialmente, todos os SUB devem
ter uma SIV em gestão integrada, cujo elemento de enfermagem participe na
prestação de cuidados e colabore no transporte de doentes críticos”.
Perante todos estes
requisitos parece evidente a necessidade da construção de um novo centro de
saúde na Sertã, uma vez que são conhecidas as limitações físicas e humanas do
actual.
Esta já não é a primeira vez que o Centro de Saúde
da Sertã se vê na iminência de contar com um SUB. Em 2009, o então Governo
socialista apresentou uma proposta nesse sentido, que nunca avançou. Esperemos,
agora, que o mesmo não suceda!