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No seu primeiro número, o director Ernesto Marinha escrevia que a nova publicação “não vem acorrentada a partidos; não traz compromissos de espécie alguma; apreciará, no entanto, com justiça, a marcha da política local, pugnando com intransigência pelos interesses legítimos da Certã e dos povos que mais estreitamente lhe estão ligados pelas relações económicas, políticas e administrativas”.
Todavia, este primeiro número da Pátria de Celinda ficaria para a história por um acaso do destino. Quando o jornal estava prestes a ser imprimido, uma terrível notícia chegou à redacção – o edifício dos Paços do Concelho, situado naquilo que é hoje o miradouro Caldeira Ribeiro, estava em chamas. Não podendo alterar a estrutura do jornal, Ernesto Marinha resolveu retirar uma pequena notícia que havia colocado na página 3, aproveitando para aí fazer eco do acontecimento. A edição seguinte trazia o resto da história, de forma mais pormenorizada.