segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Torneio Luís Gouveia com inscrições abertas


A 13.ª edição do Torneio Luís Gouveia vai ter início no próximo dia 15 de Janeiro e estende-se até ao dia 24 de Junho de 2010. As inscrições para este torneio de futsal já estão abertas e decorrem até ao próximo dia 11 de Janeiro.Segundo a Câmara Municipal da Sertã, o torneio contará com um número máximo de 20 equipas (cada qual poderá inscrever entre 10 a 12 jogadores não federados), que serão divididas em dois grupos. À fase seguinte passam as primeiras quatro classificadas de cada grupo. A equipa que vencer o torneio arrecadará o troféu Luís Gouveia. Haverá ainda o troféu fair-play (equipa com o melhor comportamento social em campo) e prémios para o melhor marcador, melhor jogador e melhor guarda-redes. Aos restantes jogadores serão atribuídos prémios de participação.
Para mais informações, poderão consultar o seguinte link: http://www.cm-serta.pt/noticias/default.asp?IDN=199&op=2&ID=88

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Alertar consciências para o risco dos sismos

O sismo de magnitude 6.0, com epicentro no Oceano Atlântico, que abalou esta madrugada o território nacional veio mais uma vez despertar as consciências adormecidas do nosso país para este problema.
A actividade sísmica em Portugal varia de região para região, sendo a zona Sul do nosso território a mais exposta a este tipo de fenómenos. Contudo, não se pense que o resto do país está a salvo – há algumas falhas importantes no Centro e Norte de Portugal.
No distrito de Castelo Branco, onde a Sertã se insere, existem falhas sísmicas, mas que se encontram inactivas, pelo que a região tem sido poupada a este tipo de ocorrências. Ainda assim, convém lembrar que no sismo de 1755 os abalos chegaram a ser sentidos um pouco por todo o distrito, tendo inclusive provocado alguns danos.
Além disso, existem falhas activas nos distritos de Santarém (Falha do Vale Inferior do Tejo) e de Leiria (Falha da Nazaré), não muito longe de nós.
Mais do que alarmar, até porque (volto a dizer) o risco sísmico do distrito é dos mais baixos do país, é preciso que as pessoas estejam conscientes do problema e saibam o que fazer em situações do género.

Medidas a tomar durante a ocorrência de um sismo:

- Normalmente é melhor não tentar sair de casa a fim de evitar o risco de ser atingido, na fuga, pela queda de objectos.
- Permaneça calmo e preste atenção ao estuque, tijolos, prateleiras ou outras estruturas ou objectos que possam cair.
- Afaste-se de janelas, vidros, varandas ou chaminés.
- Abrigue-se rapidamente num local seguro, por exemplo, no vão de uma porta interior firmemente alicerçada, debaixo de uma mesa pesada ou de uma secretária; se não existir mobiliário sólido, encoste-se a uma parede interior ou a um canto e proteja a cabeça e o pescoço.
- Se estiver num edifício alto, não procure sair imediatamente pois as escadas podem estar cheias de pessoas em pânico e/ou haver troços de escada que ruíram;
- Não utilize o elevador pois a electricidade pode faltar e provocar a sua paragem;
- Se estiver num local amplo com muitas pessoas ou numa sala de espectáculos não se dirija para a saída pois muitas outras pessoas podem ter tido essa ideia.
- Abrigue-se debaixo de uma mesa, de uma secretária ou no vão de uma porta.
- Se tiver que abandonar o edifício faça-o cuidadosamente prestando atenção à possível queda de objectos. Procure com serenidade refúgio numa área aberta, longe dos edifícios, sobretudo dos velhos, altos ou isolados que possam ruir a uma distância de, pelo menos, metade da sua altura.
- Afaste-se de torres, postes, candeeiros de iluminação pública, cabos de electricidade ou de estruturas que possam desabar, como muros ou taludes; não corra nem vagueie pelas ruas. Se for a conduzir um automóvel, pare no lugar mais seguro possível, de preferência numa área aberta, afastada de edifícios, muros, taludes, torres ou postes.
- Não pare nem vá para pontes, viadutos ou passagens subterrâneas.
- Permaneça dentro da viatura até que o sismo termine.
Fonte: Instituto de Meteorologia

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cinema está de volta à Sertã


É uma grande notícia para todos os cinéfilos sertaginenses e não só! O Teatro Tasso vai voltar a exibir cinema já a partir da próxima sexta-feira. E nada melhor para baptizar este regresso do que o filme «Sacanas sem Lei» («Inglorious Basterds» no original), de Quentin Tarantino e que conta nos principais papeis com Brad Pitt, Diane Kruger, Daniel Bruhl, Mike Meyers, Eli Roth e Christoph Waltz.
O regresso do cinema à mítica sala sertaginense resulta de um acordo entre o Clube da Sertã e uma empresa privada, com a Câmara local a apoiar também esta iniciativa.
O filme tem sessões agendadas para sexta-feira, sábado e domingo, a partir das 21 horas.
Para já, e segundo a Direcção do Clube, a ideia é ter projecções todos os fins-de-semana, sendo que para a próxima semana estará em cartaz o filme «2012».

Inglorious Basterds: “Quentin Tarantino junta-se a Brad Pitt, Diane Kruger, Daniel Bruhl, Christoph Waltz, Mike Meyers, Michael Fassbender e Mélanie Laurent num tributo a "Quel Maledetto Treno Blindato", um filme de guerra italiano, de 1978, realizado por Enzo Castellari e que saiu nos EUA com o título "The Inglorious Bastards". Durante a II Grande Guerra assistem-se a corajosas lutas: do tenente Aldo Raine (Brad Pitt), conhecido como Aldo, o Apache, especialista nos escalpes e líder dos Sacanas, um grupo de soldados americanos escolhidos para espalhar o terror entre os nazis, eliminando-os com especial requinte; de Bridget von Hammersmark (Diane Kruger), uma famosa actriz alemã que na verdade colabora com a Resistência Francesa; e de Shosanna (Mélanie Laurent), uma rapariga judia sobrevivente ao massacre da sua família que acaba em Paris, a gerir um cinema durante a ocupação dos alemães.Nessa sala de cinema, durante a grande estreia de "O Orgulho da Nação", um filme de propaganda nazi, em que o próprio Hitler e os principais líderes tinham previsto marcar presença, o grupo dos Sacanas e Shosanna cruzam-se com um objectivo comum: a destruição do III Reich” (in http://cinecartaz.publico.clix.pt).

Mitos e lendas do concelho: A Manta das Passas


É uma lenda que ainda hoje se ouve contar pela voz dos mais velhos das freguesias do Castelo e do Carvalhal. Jaime Lopes Dias recolheu a história d’«A Manta das Passas» na sua fantástica Etnografia da Beira e hoje aqui a transcrevemos:
“Indo uma mulher, na manhã de São João, a regar a sua horta, situada próximo da capela de São Lourenço, no Casal da Escusa, encontrou uma manta com passas debaixo de uma figueira. Apanhou três para se desejuar e foi à sua obrigação.
Entretida no seu trabalho, só se lembrou das passas quando acabou de soltar a água.
Metendo a mão na algibeira para as comer, em lugar de passas encontrou moedas de ouro. Voltou a correr debaixo da figueira para apanhar todas as passas que lá vira, mas não só não viu rasto delas como ouviu uma voz que lhe disse: ‘Aproveitasses-te da fortuna que estava para ti’”.

sábado, 12 de dezembro de 2009

As Ruas de Pedrógão Pequeno: Rua Casimiro Freire

Onde fica? Junto ao Largo Ângelo Henriques Vidigal, em Pedrógão Pequeno

Quem foi? É comum dizer de algumas pessoas que a sua vida dava um filme. A vida de Casimiro Freire dava concerteza um, tais as venturas e desventuras de um homem que ficou ligado à História recente do nosso país. Mecenas, filantropo e com grande paixão pela instrução, sobre ele muito se escreveu, permanecendo ainda na memória o artigo que França Borges redigiu a seu respeito no jornal Comércio e Indústria em 1904: “Esse homem não quer nada para si. Quer tudo para os outros”.
Casimiro Freire nasceu em Pedrógão Pequeno a 8 de Outubro de 1843, filho de José Inácio Freire e de Josefa da Silva Freire. As suas origens humildes levaram-no a deslocar-se para Lisboa, ainda em tenra idade, onde procurava melhores condições de vida.
Trabalhou inicialmente como caixeiro, tendo depois assumido a gestão da firma onde laborava.
Os ideais republicanos começaram a correr-lhe no sangue em 1862 e 14 anos depois esteve na fundação do primeiro centro republicano no nosso país. Já nesta altura assinava artigos na imprensa portuguesa em jornais como o Democracia e o Século. Foi neste último diário que publicou o seu mais famoso artigo, em 1881, intitulado «A instrução do povo e a monarquia», onde se insurgia contra “a incúria dos governos monárquicos no combate ao analfabetismo”, “propondo que fossem enviados aos mais recônditos lugares de Portugal missões de alfabetização de professores habilitados que ensinassem a ler e a escrever”.
As suas ideias ganharam forma e deram origem, no ano seguinte, à Associação de Escolas Móveis pelo Método de João de Deus (hoje conhecida como Associação de Jardins Escolas João de Deus), que fundou conjuntamente com João de Deus a 18 de Maio de 1882. O objectivo desta associação era “ensinar a ler, escrever e contar pelo método de admirável rapidez, do Senhor Dr. João de Deus, os indivíduos que o solicitarem, até onde permitam os seus meios económicos, enviando nesse intuito às diversas povoações da nação portuguesa professores devidamente habilitados – não se envolvendo em assuntos políticos, nem quaisquer outros alheios ao seu fim”, pode ler-se no website daquela escola.
Tornou-se figura de destaque no Partido Republicano Português, onde assumiu diversas funções ao longo da sua vida. Aliás, e já depois da instauração da República em Portugal, Casimiro Freire foi, em 1911, o mais votado da Junta Consultiva do Partido Republicano. Em 1915, o ministro da Instrução Pública, Magalhães Lima, encarregou-o da catalogação e organização do Museu Bibliográfico, Pedagógico e Artístico João de Deus, tarefa que haveria de terminar no dia 30 de Junho de 1916. Durante a sua vida foi também presidente da Associação Comercial de Lisboa, tendo sido designado sócio honorário do Grémio Literário do Pará e da Sociedade Dantesca Italiana.
O seu último estertor de vida ocorreu no dia 20 de Outubro de 1918. Encontra-se sepultado em Pedrógão Pequeno.
Fontes: http://www.joaodeus.com/associacao/biografias.asp?id=2, História de Portugal, Enciclopédia Luso-Brasileira

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Estrada n.º 238 requalificada, mas o percurso mantém-se quase inalterado


A Estrada n.º 238, que liga entre outras as vilas da Sertã e de Ferreira do Zêzere, devolveu-nos durante a passada semana duas notícias: uma boa e outra má! Comecemos pela boa, que nos chegou através do presidente da Câmara José Nunes, citado pela Rádio Condestável – a via voltou a ser classificada como Estrada Nacional, um título que perdera há cerca de 15 anos.
Na prática, esta alteração significa que, a partir de agora, a estrada volta a ser responsabilidade do Estado e não da autarquia como vinha sucedendo.
A má notícia chegou-nos pelo mesmo mensageiro e o seu conteúdo não provocou grande surpresa, uma vez que já há algum tempo suspeitávamos que as coisas assim seriam. Muito se tem falado da necessidade de melhorar esta estrada, sendo opinião corrente que mais do que requalificá-la seria necessário construir nova via.
A especulação foi profícua sobre que tipo de intervenção que seria feita na Estrada n.º 238 ao abrigo da Concessão Pinhal Interior, lançada recentemente pelo Governo. A via – e aqui está a má notícia – será apenas requalificada e “o percurso mantém-se o mesmo”. Numa fase posterior, segundo avançou José Nunes, “a Câmara terá de falar com o empreiteiro para ver o que é possível fazer em termos de cortes de curvas”. Ou seja, teremos de contar com a benevolência do empreiteiro para cortar algumas curvas àquela estrada – que necessita de bem mais do que isso!
Deste modo, resta-nos esperar pela prometida ligação entre Tomar e o Fundão, que poderá significar a construção de uma nova estrada desde a cidade nabantina até à vila da Sertã. Mas isso, para já, talvez seja sonhar muito alto…

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Memórias: A vila da Sertã a crescer


O ‘progresso’ (palavra tantas vezes diabolizada) ia chegando paulatinamente ao concelho da Sertã quando esta foto foi tirada. Algumas construções novas começavam a pontuar a paisagem, que era ainda dominada por muitos campos de cultivo e por extenso arvoredo.
Mais do que explicar a imagem, será importante reflectir sobre que Sertã construímos e que Sertã queremos continuar a construir. As memórias de hoje querem olhar para o futuro!

Foto: Olímpio Craveiro

Desemprego aumentou no concelho da Sertã


O desemprego em Portugal passou a barreira psicológica dos dois dígitos, estando actualmente nos 10,2 por cento, o valor mais alto dos últimos 26 anos. O cenário catastrófico estende-se a todo o país e o concelho da Sertã não é excepção, uma vez que o número de desempregados (segundo as estatísticas do IEFP) passou de 536, em Setembro, para 604 em Outubro.
Trata-se de um resultado preocupante, mas que ainda assim, tem sido mitigado por algumas decisões da autarquia local e de empresas do concelho.
As mulheres são, à semelhança do que se passa a nível nacional, as mais atingidas pelo desemprego no concelho (392). Em termos etários, o grupo de indivíduos entre os 35 e 54 anos regista o maior número de desempregados (245), seguindo-se os menores de 25 anos (154) e as pessoas entre os 25 e 34 anos (141).
Em linha com o que se vem passando no concelho ao longo dos últimos meses, a maioria dos desempregados (468) está há menos de um ano nesta situação, sendo que destes, 106 estão à procura do primeiro emprego.
Ao nível da escolaridade, os desempregados com o secundário concluído são em maior número (162), seguindo-se os que contam com o 3.º ciclo do ensino básico. Referência para os 61 licenciados no desemprego.
Uma situação a merecer a nossa melhor atenção… sobretudo quando as atenções parecem estar focalizadas em matérias que são tão irrelevantes para o futuro do país!!!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Povoações: Várzea de Pedro Mouro (Cernache do Bonjardim)

É uma das povoações mais antigas do concelho e guarda na sua história vários pormenores interessantes. Falamos da Várzea de Pedro Mouro, na freguesia de Cernache do Bonjardim.
Situada junto ao rio Zêzere, foi durante o período romano uma zona bastante apetecível devido à existência de ouro, tendo sido feita uma exploração bastante intensiva como atestam as extensas conheiras aí presentes.
A povoação começou por ter um nome ligeiramente diferente daquele que possui actualmente. Várzea de Pedro Pelaio foi a sua designação original. O motivo é bem simples: nesta zona morava um tal de Pedro Pelaio, alferes-mór de D. Sancho I.
A antiguidade da terra está comprovada num documento do século XIII (1220), onde é anunciada a doação, pelo rei D. Sancho II, das povoações da Várzea de Pedro Pelaio e do Sambado à Ordem do Hospital.
A mudança de nome está ligada a uma história que ainda hoje se conta. Segundo reza a lenda, o prior da Certã não celebrava a missa dos dias santos sem que antes não tivesse chegado um importante paroquiano de nome Pedro, morador na povoação da Várzea (nesta altura a povoação estava incluída na freguesia da Certã, visto que Cernache do Bonjardim só se tornou freguesia depois de 1555). Um certo Domingo, e depois de muito ter esperado pela sua chegada, o padre dirigiu-se-lhe com grande severidade, chamando-o de «Mouro, Pedro Mouro» (há quem conte diferentes versões desta lenda). O nome ‘pegou’ e a partir daquele dia o dito Pedro passou a ser conhecido por Pedro Mouro.
O nome da aldeia foi então alterado para Várzea de Pedro Mouro e ainda se mantém. Esta tem sido uma zona relativamente povoada ao longo dos séculos. Por exemplo, em 1527, existiam oito fogos, um número que subiu para 26 em 1730. Por altura dos censos de 1891, contaram-se 21 fogos, sendo que 20 anos depois, em 1911, eram já 28 os fogos. O número de habitantes por esta altura ultrapassava a centena – 106.
Hoje, esse número caiu consideravelmente, apesar de ainda serem alguns os moradores da Várzea de Pedro Mouro. Também aqui se situa a Ermida do Espírito Santo.

Fontes: História da Ordem do Hospital, A Sertã e o seu Concelho, Certã Ennobrecida, Sernache do Bom Jardim – Traços Monográficos, Portugal Antigo e Moderno
Foto: Placosta

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

As Ruas da Sertã: Avenida Gonçalo Rodrigues Caldeira

Onde fica? Tem início no fundo da ‘rua do Vale’ (rua Cândido dos Reis) e termina junto ao Largo de São Sebastião

Quem foi? Grande amigo de Nuno Alvares Pereira, Gonçalo Rodrigues Caldeira ficou também ele ligado à história da famosa batalha de Aljubarrota, que teve lugar no dia 14 de Agosto de 1385.
Segundo rezam as crónicas nasceu na Sertã, durante o século XIV, onde os seus dotes de soldado desde cedo se fizeram notar. Gonçalo Rodrigues (nome de baptismo) foi feito capitão pelo futuro rei D. João I, ainda antes do Mestre de Avis ter assumido o trono do reino de Portugal, na sequência da famosa crise de 1383-1385.
Esta crise, aliás, teve o seu ponto alto na batalha de Aljubarrota, onde o capitão sertaginense foi figura de destaque, ao lado do Condestável.
Foi nesta batalha que ganhou um novo apelido – Caldeira. Manso de Lima conta a história na obra Certa Ennobrecida ou Discrição Topographica da Villa da Certa: ““Feito capitão (…) com este posto se achou na batalha de Aljubarrota, em 1385, onde, entre outras, acções notáveis, ganhou a bagagem aos castelhanos em que achou um Anjo de Prata que ofereceu a El-rei D. João I, que dele fez presente à Colegiada de Guimarães, passando esta a leva-lo nas procissões que fazia nas festas do Anjo Custódio. Encontrou também uma relíquia do Santo Lenho que ofereceu ao Condestável e a notável caldeira de bronze em que se cosiam três e quatro bois juntos, a qual ainda hoje se conserva no convento de Alcobaça. Era de tantas forças que a levantou em presença de El-rei D. João I, o qual em memória do seu valor e da preza desta e doutras caldeiras, mandou que dali em deante tomasse por apelido a mesma Caldeira e lhe deu brazão de armas em que figuram três caldeiras”.
Depois de regressar da batalha, D. João I fê-lo nobre e concedeu-lhe os lugares de notário e escrivão da Câmara. Viria a casar pouco depois com D. Inês Macedo.

Hospital da Misericórdia de Pedrógão Pequeno a caminho da recuperação?


O presidente da Câmara da Sertã, José Nunes, chamou a atenção para a necessidade de se avançar com a recuperação do edifício que em tempos albergou o Hospital da Misericórdia de Pedrógão Pequeno. É uma intenção que se saúda, quanto mais não seja pelo estado de avançada degradação em que o imóvel, situado no centro histórico da vila pedroguense, se encontra.
Citando o jornal A Comarca da Sertã, de 27 de Novembro, a recuperação do edifício está dependente da reactivação da Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Pequeno, proprietária do imóvel. Só com esta reactivação, a Misericórdia poderá “concorrer a fundos” que possibilitem tal desiderato.
Seria um importante contributo para a vila de Pedrógão Pequeno, e para a sua história, a recuperação deste edifício.
Recorde-se que a estrutura encerrou completamente no início da década de oitenta do século passado, numa altura em que o Dr. Raul Lima da Silva, que ali atendia os seus doentes, deixou de exercer medicina em Pedrógão Pequeno. Nele se realizavam, entre outros, pequenas cirurgias e outras intervenções, tendo capacidade para cerca de 20 internamentos.