segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Casa das Guimarães passou a memória


A notícia correu de forma veloz na Sertã: A Casa das Guimarães foi abaixo. Um pedaço da história sertaginse desapareceu com ela e hoje apenas nos resta lamentar este triste episódio.
O folhetim Casa das Guimarães alimentou, durante os últimos anos, muitas páginas de jornais e diversas conversas de circunstância, sem que nunca se tivesse chegado a um verdadeiro consenso sobre o destino a dar a este imóvel localizado no centro histórico da Sertã.
Há quem ainda hoje questione a pertinência da Câmara Municipal ter adquirido esta casa e quais os fins que lhe pretendia dar. Sobre o primeiro aspecto, tenho a dizer que, na altura, concordei inteiramente com a decisão de compra, até porque este é um dos imóveis que guarda (ou melhor, guardava…) entre as suas paredes muitas das histórias de uma Sertã que já não existe (prometo daqui a uns tempos contar a história da Casa das Guimarães aqui no blog). Quanto ao segundo aspecto, as minhas dúvidas já são maiores – nunca ficou muito claro o que se queria ali fazer! A instalação de um espaço museológico dedicado à tal Sertã antiga, de que falava há pouco, teria sido uma boa ideia, mas o dinheiro não abunda nos cofres da autarquia e os mecenas sertaginenses também são raros, salvo honrosas excepções.
Talvez seja uma boa altura para começarmos a acreditar que uma nova Casa das Guimarães possa nascer no mesmo local – a ideia raia o utopismo, mas se um homem não sonhar também não vai a lado nenhum.