Memórias: A avenida e a Serrada

Olhar para o passado, ajuda-nos a compreender o presente. Esta imagem de um passado não tão distante apresenta-nos a parte final da avenida Gonçalo Rodrigues Caldeira e, em primeiro plano, a Serrada da Alcaidaria (mas quando é que alguém resolve dar algum destino a estes terrenos?).
As diferenças são muitas (as linhas modernas tomaram conta desta artéria – o que até nem produziu maus resultados), mas algo não mudou – a sua importância estratégica para quem circula no interior da vila. Ao contrário de outras zonas, o ‘coração’ da Sertã ainda aqui bate com extremo vigor.

Câmara da Sertã já tem página de Internet

A Câmara Municipal da Sertã está finalmente na Internet. O novo site foi apresentado durante a última Feira das Tradições e está acessível no endereço: http://www.cm-serta.pt.
De fácil navegação e com um grafismo bastante agradável, a nova página de Internet da autarquia permite a todos os locais e não só ficar a conhecer um pouco do que é a Sertã e daquilo que o concelho tem para oferecer.
Desde o turismo ao desporto, passando pela cultura e lazer, de tudo um pouco pode ser encontrado no novo site. Um dos destaques vai para a galeria de imagens, onde é possível ver alguns instantâneos da vila da Sertã e das restantes freguesias. O roteiro turístico também é bastante sugestivo e convida a descobrir os tesouros do nosso concelho.
No entanto, nem tudo é perfeito. O capítulo relativo à História da Sertã é extremamente pobre e pouco elucidativo do que foi a evolução deste município ao longo dos tempos (o artigo sobre a Sertã na Wikipédia é muito mais completo – e estou a referir-me apenas à parte histórica e não às muitas curiosidades que por lá se encontram). Mais do que chamar-lhe História, seria melhor optar por Caracterização do concelho da Sertã.

Os nossos parabéns à Câmara da Sertã pela iniciativa e pelo resultado final.

Incêndios voltam a ‘espreitar’ na Sertã

Não é uma novidade, mas é com este tipo de iniciativas que podemos começar a contribuir para evitar que, ano após ano, se repitam os terríveis incêndios, que devastam enormes áreas florestais do nosso país. E o concelho da Sertã que o diga.
Trata-se de uma Carta de Risco de Incêndio Florestal, que permitirá, a partir de agora, avaliar esse mesmo risco com um nível de detalhe inédito. O documento, que se baseia numa nova cartografia apresentada recentemente pelo Instituto Geográfico Português (IGP), “deixa claro o que outros mapas semelhantes e a prática já mostraram: é nas zonas montanhosas e em muitas áreas protegidas que estão os ingredientes essenciais para fogos devastadores”, escreve o jornal PÚBLICO.
O concelho da Sertã, como seria de esperar, está incluído na zona de «risco muito elevado» de incêndio, que engloba também as serras da Estrela, do Açor, da Lousã e da Gardunha e concelhos como Oleiros, Vila de Rei, Mação e Proença-a-Nova.Segundo o mesmo jornal diário, “a nova carta de risco foi feita com base na sobreposição de vários factores que contribuem para o risco dos fogos: a ocupação do solo, os declives, as redes viárias, a exposição ao sol e a densidade populacional”.
Arménio Castanheira, director-geral do IGP, citado pelo PÚBLICO, refere que a Carta mostra a maior ou menor probabilidade de uma área arder, caso haja uma ignição. Uma das grandes novidades é a sua escala. Cada ponto do mapa representa um quadrado real no terreno com 25 metros de lado. “Esta carta garante o pormenor e poderá servir de base para a elaboração de planos municipais”, afirma aquele responsável.

Esta não é a primeira carta de risco de incêndio do país. O Instituto Superior de Agronomia elabora todos os anos para a Direcção-Geral dos Recursos Florestais um documento semelhante (apesar de já estarmos no final de Junho, a versão deste ano ainda não foi entregue – e depois ainda dizem que o planeamento é o adequado!!!). Também o Instituto de Meteorologia produz aquilo a que se pode chamar uma “cartografia de risco de fogos”, que contempla a probabilidade de ocorrência de incêndios no próprio dia e nos dias seguintes.

Feira das Tradições tem início na sexta-feira

A terceira edição da Feira das Tradições e Actividades Económicas arranca na próxima sexta-feira, na vila da Sertã. O certame, que decorre até ao dia 24 de Junho, na zona da Carvalha, deverá contar com cerca de 300 stands de exposição.
Ao longo de cinco dias, a Sertã irá mostrar o que de melhor tem para oferecer, desde a gastronomia ao artesanato e passando pelas várias actividades económicas que aqui se desenvolvem (comércio, agricultura, indústria ou floresta).
Mas a feira não dará apenas a conhecer as potencialidades do concelho, uma vez que são esperados vários expositores do resto do país, o que irá conferir a este evento um cunho nacional.

A cerimónia de abertura decorre na próxima sexta-feira, pelas 16h 30m, e conta com a presença do secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro.

Ao nível do cartaz cultural e de variedades, a aposta deste ano é forte. Logo na sexta-feira, o artista convidado é Emanuel, que sobe ao palco pelas 23h30m. No sábado, os Da Weasel prometem dar espectáculo a partir também das 23h30m (os sertagineses Pop Xula actuam duas horas antes). Quim Barreiros é o convidado para domingo e a subida ao palco está prevista para as 23h45m. Mundo Secreto na segunda-feira e Irmãos Verdades na terça-feira completam o cartaz.

Mas há mais iniciativas ao longo dos cinco dias de feira – encontro de ranchos folclóricos; grupos corais; festival de tunas; actuação das filarmónicas do concelho; torneios desportivos (futebol, jogo da malha, trotinetes); colóquios e marchas populares.

Jornais antigos: A Boa Nova

No dia 19 de Julho de 1914, a Sertã (na altura Certã) assistia ao nascimento de uma nova publicação. O boletim mensal «A Boa Nova» dava aos escaparates o seu primeiro número.
Dirigido pelo padre Francisco dos Santos Silva, esta publicação de inspiração cristã, dedicada aos arciprestados da Certã, Oleiros e Proença-a-Nova, prometia dar a conhecer tudo o que de relevante acontecesse nestas três localidades.
No primeiro número, o Bispo de Portalegre, Dom António Montinho, abençoava “todas as pessoas que contribuíssem para o seu [do jornal] aparecimento e sustentação” e concedia “aos seus leitores cincoenta dias de indulgências”.
A publicação, editada por António Pedro Ramalhosa, dava eco no seu primeiro número do XXV Congresso Internacional Eucharistico Internacional, que iria realizar-se em Lourdes, na França, e das festas entretanto realizadas no Castelo (Divino Espírito Santo) e na Cumeada (Sagrado Coração de Jesus).
Uma notícia curiosa na edição de 10 de Julho de 1915, prendeu-nos a atenção: “No dia 24 de Junho celebrou-se na vetusta capella do castello a festa de São João Baptista. Há já alguns anos, que a fé adormecida de muitos, tinha votado ao abandono a dita capella, verdadeira relíquia de architectura. Novamente os hymnos e canticos echoaram por aquele recinto sagrado e nos rostos de todos os filhos da Certã, se ha a alegria por ver na antiga matriz onde os seus antepassados receberam o baptismo, vestida de gala”.

Segundo o que foi possível apurar, «A Boa Nova» foi publicada até ao dia 14 de Agosto de 1915. O administrador era José Francisco.

Alunos da Sertã premiados em concurso nacional

A equipa de alunos da Escola Secundária da Sertã, que desenvolveu o projecto “Sartago Sternit” (http://sartago_sternit.blogs.sapo.pt/), recebeu uma menção honrosa, no âmbito do Concurso Nacional de Ideias «Cidades Criativas». O projecto premiado foi criado na sequência deste concurso, que juntou durante nove meses mais de 460 equipas, constituídas por mais de 2.000 alunos e 275 professores, de cerca de 130 concelhos do país. O objectivo era desenvolver um trabalho de reflexão criativa sobre o futuro das suas vilas/cidades.

Os alunos sertaginenses pertencem à turma do 12.º C da Escola Secundária da Sertã e no seu projecto debruçaram-se sobre a problemática da desertificação na vila da Sertã.

Segundo Márcia Nunes, o objectivo deste trabalho foi “analisar criticamente a evolução social, cultural e urbanística da nossa vila, com a finalidade de sugerir alguns projectos inovadores, capazes de dinamizar a Sertã”. Os nossos sinceros parabéns aos alunos premiados.

IC8 vai ser concluído

O primeiro-ministro José Sócrates diz que chegou a hora dos concelhos do Pinhal Interior. É uma frase curiosa de quem repetidas vezes tem esquecido o Interior, lançando medidas avulsas que mais não são do que paliativos para tentar resolver problemas que exigiam medidas mais corajosas.
Mas desta vez, o chefe de Governo, com toda a pompa e circunstância, anunciou, nas ruínas romanas de Conimbriga, a conclusão do IC8, com a ligação final entre Proença-a-Nova e a A23. É uma obra que se aguarda há muitos anos e que é fundamental para ligar os concelhos do Interior a uma rede viária fundamental.
No entanto, talvez fosse bom aproveitar as obras também para melhorar alguns troços do IC8 que, além do piso degradado, apresenta erros gravíssimos no desenho do traçado.
Quanto a prazos, o primeiro-ministro não foi muito claro, apenas referindo que a adjudicação da Concessão Pinhal Interior (onde ficará incluído o IC8) está prevista para o primeiro trimestre de 2009, devendo estar concluída no primeiro trimestre de 2012.
A título de curiosidade, sublinhe-se que a Concessão Pinhal Interior terá uma extensão total de 567 km, entre lanços para construção (173 km), para requalificação (135 km) e para exploração (229 km), a que corresponde um investimento de 772 milhões de euros. “A Concessão Pinhal Interior permitirá que as sedes de concelho da Região Centro fiquem mais próximas das redes de qualidade elevada (IC3 e IC8), com níveis superiores de comodidade e segurança”, pode ler-se num comunicado do Governo.

Esta concessão abrange os distritos de Coimbra, Leiria, Castelo Branco e Santarém. Os concelhos directamente beneficiados são: Tomar, Ferreira do Zêzere, Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão, Alvaiázere, Ansião, Penela, Castanheira de Pêra, Condeixa-a-Nova, Figueiró dos Vinhos, Miranda do Corvo, Lousã, Góis, Arganil, Coimbra, Pombal, Vila de Rei, Pampilhosa, Pedrógão e Sardoal, servindo mais de 400 mil habitantes.

Sonho desfeito no último minuto

O último minuto do jogo frente ao Monsanto foi fatídico para as aspirações do Sertanense em subir à 2.ª Divisão. Um golo de Millá ao cair do pano foi o suficiente para destruir o sonho que o clube da Sertã vinha alimentando nas últimas semanas.
Pode dizer-se que o resultado não é justo (não o é!), pode argumentar-se que o Sertanense tinha a melhor equipa da sua série (é um facto!), mas as evidências ficaram espelhadas na classificação final, com um honroso, mas decepcionante, terceiro lugar.
Mais do que encontrar responsáveis (não há-de tardar que do alto do seu pedestal, alguns iluminados venham criticar jogadores e as opções do treinador Eduardo Húngaro), é preciso neste momento dar os parabéns a toda a equipa do Sertanense pela época fantástica que fizeram e, acima de tudo, por aquilo que conseguiram. Antes de mais convém lembrar que a nossa formação fez esta época 42 jogos (36 jogos na 3.ª Divisão e seis na Taça de Portugal), tendo chegado aos oitavos-de-final da Taça de Portugal (eliminado pelo campeão nacional) e discutido a subida até à última jornada.

Há quem diga que sabe a pouco, mas o futebol é isto mesmo. Para o ano há mais... (Foto: GDR Monsanto)

Memórias: Miradouro Caldeira Ribeiro

Depois de um violento incêndio ter destruído o antigo edifício dos Paços do Concelho, em 1917, um frondoso jardim, ainda que de reduzidas dimensões, nasceu no seu lugar.
Ao longo dos anos, aquilo que é hoje conhecido por Miradouro Caldeira Ribeiro viveu diferentes episódios. Foi palco para projecções de cinema ao ar livre, lugar de tertúlias animadas noite dentro e símbolo de uma Sertã que tentava resistir ao esquecimento.

Depois dos últimos melhoramentos, levados a cabo pela Câmara, ficou mais bonito, mas nem assim os sertaginenses parecem ter-se reconciliado com ele. Poucos são os que hoje por ali passam!

Festival infanto-juvenil na Sertã

A Fonte da Boneca vai voltar a receber, no próximo dia 9 de Junho, mais uma edição do Festival da Canção Infanto-juvenil do concelho da Sertã, numa organização da Câmara local.
O concurso estará dividido em dois escalões: A (dos 4 aos 9 anos) e B (dos 10 aos 16 anos). Cada intérprete só pode participar com um tema, que deve ser cantado obrigatoriamente em língua portuguesa.

O júri do festival será constituído por três elementos devidamente credenciados com conhecimentos musicais e artísticos, revelou a Câmara da Sertã em comunicado.

Centro de Saúde da Sertã recebe projecto de telemedicina

O Centro de Saúde da Sertã foi um dos três escolhidos para receber, a partir do final deste mês, um projecto de telemedicina na área da pneumologia, que permite aos pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) serem seguidos neste estabelecimento, evitando a deslocação ao hospital.O «Coimbra Pneumo XXI» vai permitir seguir o doente com DPOC no centro de saúde, onde passam a ser efectuados e transmitidos os exames que habitualmente teria de realizar nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), sublinhou recentemente o coordenador do programa, o médico João Rui de Almeida.
“O doente, depois de sair dos HUC, é seguido periodicamente no centro de saúde”, acrescentou aquele responsável, adiantando que é no centro de saúde que passa a fazer exames como a espirometria (que mede a capacidade pulmonar), a oximetria ou a radiografia do tórax, depois analisados e avaliados no centro coordenador nos HUC, durante a teleconsulta.
Além da Sertã, este projecto pioneiro dos HUC será efectuado nos centros de saúde de Arganil e Cantanhede.

A título de curiosidade, refira-se que a DPOC é uma doença muito incapacitante, assumindo-se como uma das principais causas de morte a nível mundial e afectando cerca de 5,3 por cento da população activa portuguesa. A tendência é para este valor aumentar devido a factores como o tabagismo e a poluição.

Sertanense a um passo da 2.ª Divisão

O Sertanense está apenas a um ponto de garantir a subida à 2.ª Divisão Nacional na próxima época. Depois do empate (0-0) deste fim-de-semana frente ao Unhais da Serra, a equipa da Sertã só precisa de empatar no terreno do Monsanto, que neste momento ocupa a segunda posição da classificação.
A partida frente ao Unhais da Serra era aguardada com alguma expectativa, até porque se o Sertanense vencesse, e os seus mais directos adversários (Monsanto e União da Serra) perdessem pontos, podia já comemorar a subida de divisão.
No entanto, isso não aconteceu. Monsanto e União da Serra venceram e o Unhais conseguiu “arrancar” um empate precioso na Sertã, muito por culpa da grande exibição do seu guarda-redes Paulo Valezim.
A próxima e última jornada tem lugar domingo, com o jogo decisivo a ter início pelas 17 horas.
Nas camadas jovens, apenas as escolas e os infantis continuam em competição. Na fase de apuramento do campeão do campeonato de escolas, o Sertanense foi derrotado (4-3) pelo Académico do Fundão, na última jornada, e terminou na sexta posição, com apenas sete pontos.Nos infantis, a formação da Sertã recebeu e venceu (6-4) a Atalaia do Campo, na última jornada da Taça AFCB, e consolidou a terceira posição que já ocupava na classificação. A equipa de infantis “B” também terminou o seu campeonato, com uma derrota (8-3) frente ao conjunto do Valongo.