Os
passeios de barco na ribeira grande (também conhecida por ribeira da Sertã)
foram, até meados do século XX, um dos entretenimentos preferidos da população
da vila sertaginense. Nos finais de tarde ou durante o fim-de-semana, vários cidadãos
aproveitavam os seus tempos de ócio para ‘navegar’ nas águas calmas desta
ribeira.
A
foto que hoje reproduzimos (pertencente a uma colecção de postais editada por
Zeferino Lucas de Moura) mostra um pequeno trecho da ribeira grande, junto à
zona da Carvalha, onde se observam três indivíduos num barco a remos e ao fundo
a conhecida ponte da Carvalha (inaugurada em Agosto de 1900).
“Daqui a Sertã unida nos seus contornos, robusta nas suas linhas, imponente na sua grandeza, é uma rainha altiva e majestosa que ao abrigo das muralhas inexpugnáveis das suas serranias, pode como no passado desafiar a fúria dos homens e dos séculos”. José Pinto Duarte, escritor
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Jornais antigos: Beira Nova
Gustavo
Alves alimentava o sonho de fundar um jornal, que pugnasse pela defesa dos
interesses dos concelhos da Sertã, Oleiros, Proença-a-Nova, Pedrógão Grande e
Vila de Rei. Depois de alguns dissabores e de várias incompreensões iniciais,
Gustavo Alves conseguiu avançar com este projecto, fundando em 1932 o jornal
Beira Nova.
Com
sede em Pedrógão Pequeno e redacção em Lisboa, este quinzenário era dirigido e
editado por Nunes Costa, sendo o corpo redactorial constituído por Américo Rebordão,
Mário Tavares e Martins Moreira.
O
jornal teve vida curta, durando apenas três meses – entre Abril e Junho de
1932. Apesar disso deixou a sua marca na imprensa periódica beirã e foi uma voz
activa na defesa dos interesses desta região.