O Sertanense ficou hoje a conhecer o seu adversário na terceira eliminatória da Taça de Portugal. Depois de nos últimos três anos ter calhado sempre em sorte o FC Porto, a equipa da Sertã volta a medir forças com uma equipa da 1.ª Liga, o Olhanense.
O sorteio, realizado esta manhã na sede da Federação Portuguesa de Futebol, em Lisboa, ditou que o Olhanense viesse jogar à Sertã, no fim-de-semana de 16 e 17 de Outubro (ainda não é conhecido o dia definitivo do jogo), o que poderá trazer muitos adeptos a terras sertaginenses.
Em declarações à Rádio Condestável, Paulo Farinha, presidente do Sertanense, disse que “é muito gratificante” receber a equipa algarvia, visto que “o Olhanense está a fazer um excelente campeonato na primeira liga, o que só vai dignificar o espectáculo”.
O Olhanense, treinado por Daúto Faquirá, ocupa actualmente o quinto lugar da classificação da 1.ª Liga, com os mesmos pontos (nove) do Benfica.
Vamos todos apoiar o Sertanense em mais esta jornada histórica do clube.
“Daqui a Sertã unida nos seus contornos, robusta nas suas linhas, imponente na sua grandeza, é uma rainha altiva e majestosa que ao abrigo das muralhas inexpugnáveis das suas serranias, pode como no passado desafiar a fúria dos homens e dos séculos”. José Pinto Duarte, escritor
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Sertã comemora centenário da República
A Câmara da Sertã vai aproveitar o próximo dia 5 de Outubro para levar a cabo um conjunto de actividades, que servirão para assinalar os 100 anos da implantação da República. Do programa, destaque para a apresentação do livro «Ilustres Republicanos do Concelho da Sertã».
As comemorações terão início, pelas 10h30m, com uma sessão solene a decorrer nos paços do concelho, que incluirá o hastear da bandeira e a execução do hino nacional pela Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense (Pedrógão Pequeno).
Já da parte da tarde, às 17 horas, a Casa da Cultura recebe a inauguração da exposição «A I República no Concelho da Sertã», elaborada pelo Arquivo Municipal e que tem como objectivo “ilustrar a situação vivida no Concelho da Sertã no período que antecedeu e procedeu o 5 de Outubro de 1910”.
Seguidamente terá início a cerimónia de lançamento do livro «Ilustres Republicanos do Concelho da Sertã», da autoria de Marta Martins e Maria de Fátima Mata. “Esta obra sistematiza os resultados da investigação realizada em torno da I República, demonstrando a influência do novo regime na vida social, cultural, educacional e política no concelho da Sertã”, pode ler-se numa nota da autarquia.
As comemorações terão início, pelas 10h30m, com uma sessão solene a decorrer nos paços do concelho, que incluirá o hastear da bandeira e a execução do hino nacional pela Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense (Pedrógão Pequeno).
Já da parte da tarde, às 17 horas, a Casa da Cultura recebe a inauguração da exposição «A I República no Concelho da Sertã», elaborada pelo Arquivo Municipal e que tem como objectivo “ilustrar a situação vivida no Concelho da Sertã no período que antecedeu e procedeu o 5 de Outubro de 1910”.
Seguidamente terá início a cerimónia de lançamento do livro «Ilustres Republicanos do Concelho da Sertã», da autoria de Marta Martins e Maria de Fátima Mata. “Esta obra sistematiza os resultados da investigação realizada em torno da I República, demonstrando a influência do novo regime na vida social, cultural, educacional e política no concelho da Sertã”, pode ler-se numa nota da autarquia.
A terminar os festejos (18h), teremos um concerto musical dos Vox Angelis, na mesma Casa da Cultura.
As raízes de José Relvas na Sertã
José Relvas era conhecido entre os seus camaradas republicanos pelo «Conspirador Contemplativo» e foi ele que na manhã do dia 5 de Outubro de 1910, na varanda da Câmara Municipal de Lisboa, declarou a implantação da República.
A sua participação no antes e depois desta implantação foi decisiva, contudo o que poucos sabem é que as suas origens estão directamente ligadas ao concelho da Sertã.
O seu avô paterno, José Farinha Relvas, nasceu em 1791, na povoação das Relvas, na freguesia da Ermida (concelho da Sertã). Seus pais, Manuel Ferreira Relvas e Maria Antónia Relvas, eram proprietários de boa parte dos terrenos da aldeia, e não só, e pessoas muito respeitadas pelos vizinhos.
Mas José Farinha Relvas não permaneceu por terras sertaginenses, tendo rumado, quando completou 30 anos de idade, à Golegã, para administrar a Quinta da Labruja. Nos anos seguintes, acumulou património e construiu uma fortuna assinalável.
Em 1837, casou com Clementina Amália de Mascarenhas Pimenta [nascida na Sertã, em 1810, no seio da ilustre família dos Mascarenhas Pimenta], com quem teve dois filhos – Carlos Augusto Relvas e José Relvas (que viria a falecer ainda jovem).
Carlos Relvas é o senhor que se segue. Pioneiro da fotografia em Portugal e grande apaixonado pela tauromaquia, o filho de José Farinha Relvas manteve as ligações paternas à Sertã, onde foi visita permanente sempre que as férias chegavam ou quando surgia a oportunidade de visitar algum amigo mais chegado.
Da sua união com Margarida Mendes de Azevedo Vasconcelos, resultou o nascimento de cinco filhos: José Relvas, Clementina Relvas (que chegou a morar na Sertã em 1892), Francisco Relvas, Maria Liberata (faleceu depois de completar um ano de vida) e Margarida Relvas.
A história continua agora com José de Mascarenhas Relvas. Nascido a 5 de Março de 1858 (foi baptizado a 7 de Abril do mesmo ano, sendo o seu avô José Farinha Relvas o padrinho), frequentou o curso de Direito na Universidade de Coimbra, que viria a abandonar para se matricular no curso superior de Letras.
Depois de regressar a Alpiarça, casou-se com Eugénia Antónia de Loureiro da Silva Mendes e tornou-se um dos mais abastados agricultores da região. A sua voz levantou-se, mais do que uma vez, pela defesa dos agricultores da região e contra as políticas agrícolas do governo de João Franco.
Aderiu ao Partido Republicano Português e iniciou um período bastante prolífico a nível político – presidiu à 1.ª sessão do Congresso do Partido Republicano, em Abril de 1908; envolveu-se activamente na preparação da revolta que viria a culminar com a queda da monarquia a 5 de Outubro de 1910; foi eleito ministro das Finanças a 11 de Outubro de 1910; foi embaixador de Portugal em Madrid entre Novembro de 1911 e os inícios de 1914; em Janeiro de 1919 foi chamado a formar Governo, que duraria apenas de 27 de Janeiro a 30 de Março desse mesmo ano.
Voltou a Alpiarça e, na sua Casa dos Patudos, passou os últimos anos de vida, ocupando o tempo com os seus negócios vitícolas e com a actividade de coleccionador. Viria a falecer a 31 de Outubro de 1929.
A sua participação no antes e depois desta implantação foi decisiva, contudo o que poucos sabem é que as suas origens estão directamente ligadas ao concelho da Sertã.
O seu avô paterno, José Farinha Relvas, nasceu em 1791, na povoação das Relvas, na freguesia da Ermida (concelho da Sertã). Seus pais, Manuel Ferreira Relvas e Maria Antónia Relvas, eram proprietários de boa parte dos terrenos da aldeia, e não só, e pessoas muito respeitadas pelos vizinhos.
Mas José Farinha Relvas não permaneceu por terras sertaginenses, tendo rumado, quando completou 30 anos de idade, à Golegã, para administrar a Quinta da Labruja. Nos anos seguintes, acumulou património e construiu uma fortuna assinalável.
Em 1837, casou com Clementina Amália de Mascarenhas Pimenta [nascida na Sertã, em 1810, no seio da ilustre família dos Mascarenhas Pimenta], com quem teve dois filhos – Carlos Augusto Relvas e José Relvas (que viria a falecer ainda jovem).
Carlos Relvas é o senhor que se segue. Pioneiro da fotografia em Portugal e grande apaixonado pela tauromaquia, o filho de José Farinha Relvas manteve as ligações paternas à Sertã, onde foi visita permanente sempre que as férias chegavam ou quando surgia a oportunidade de visitar algum amigo mais chegado.
Da sua união com Margarida Mendes de Azevedo Vasconcelos, resultou o nascimento de cinco filhos: José Relvas, Clementina Relvas (que chegou a morar na Sertã em 1892), Francisco Relvas, Maria Liberata (faleceu depois de completar um ano de vida) e Margarida Relvas.
A história continua agora com José de Mascarenhas Relvas. Nascido a 5 de Março de 1858 (foi baptizado a 7 de Abril do mesmo ano, sendo o seu avô José Farinha Relvas o padrinho), frequentou o curso de Direito na Universidade de Coimbra, que viria a abandonar para se matricular no curso superior de Letras.
Depois de regressar a Alpiarça, casou-se com Eugénia Antónia de Loureiro da Silva Mendes e tornou-se um dos mais abastados agricultores da região. A sua voz levantou-se, mais do que uma vez, pela defesa dos agricultores da região e contra as políticas agrícolas do governo de João Franco.
Aderiu ao Partido Republicano Português e iniciou um período bastante prolífico a nível político – presidiu à 1.ª sessão do Congresso do Partido Republicano, em Abril de 1908; envolveu-se activamente na preparação da revolta que viria a culminar com a queda da monarquia a 5 de Outubro de 1910; foi eleito ministro das Finanças a 11 de Outubro de 1910; foi embaixador de Portugal em Madrid entre Novembro de 1911 e os inícios de 1914; em Janeiro de 1919 foi chamado a formar Governo, que duraria apenas de 27 de Janeiro a 30 de Março desse mesmo ano.
Voltou a Alpiarça e, na sua Casa dos Patudos, passou os últimos anos de vida, ocupando o tempo com os seus negócios vitícolas e com a actividade de coleccionador. Viria a falecer a 31 de Outubro de 1929.
Bibliografia: José Relvas e a República, Fotobiografia de José Relvas, Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Folhetim sobre a família Mascarenhas
Consultas médicas e apontamentos avulsos sobre o Centro de Saúde da Sertã
Enquanto em Lisboa os responsáveis dos dois principais partidos políticos dão um triste espectáculo, mostrando que nem um nem outro merecem governar o que quer que seja, no concelho da Sertã assiste-se ao arrastar de um problema, que nos coloca bem próximo de uma realidade de terceiro mundo. Falo das consultas médicas ou das dificuldades encontradas na sua marcação.
O último capítulo deste episódio foi denunciado pela Rádio Condestável que, na sua edição on-line, dá conta de que a população da freguesia do Carvalhal “está a deslocar-se de véspera à extensão do Centro de Saúde da Sertã (CSS) na localidade para conseguir obter uma simples consulta”.
Este problema é justificado por António Silva, coordenador do CSS, com base no facto da funcionária daquela extensão estar de férias, uma situação que foi agravada pela mudança do “esquema que habitualmente estava estabelecido”, visto que “o médico mudou e depois de alguns dias também teve férias”.
Mas António Silva, citado pela Rádio Condestável, disse mais: “o que está estabelecido [nesta extensão de saúde] é que teremos, numa semana uma consulta e noutra duas consultas”, adiantando que “é o que o apropriado para aquele posto médico que tem 500 utentes”. “Esta situação não se vai repetir e foi uma coincidência por causa das férias”, sublinhou.
No entanto, este episódio é apenas a ponta de um icebergue que tem vindo a ganhar uma dimensão razoável. Por exemplo, no Centro de Saúde da Sertã, são várias as queixas dos utentes que são obrigados a deslocar-se para a porta do edifício às três e quatro da manhã para conseguirem uma consulta.
É um facto que as coisas têm vindo a melhorar nos últimos tempos, mercê de algumas alterações operadas na marcação de consultas, contudo as filas noite dentro, à porta do centro de saúde, mantém-se.
E já que falamos no centro de saúde da Sertã, o que irá realmente acontecer ao actual edifício? A pintura a que foi sujeito servirá para lhe dar cara nova por mais umas décadas? Vai ser construído um novo centro? Estará o Ministério da Saúde disposto (em tempo de vacas magras) a investir mais dinheiro num concelho que ainda há menos de duas décadas foi dotado de um centro de saúde “moderno e novinho em folha”? E para terminar, como é que será resolvido o problema da falta de médicos com que se debate actualmente o Centro de Saúde da Sertã?
O último capítulo deste episódio foi denunciado pela Rádio Condestável que, na sua edição on-line, dá conta de que a população da freguesia do Carvalhal “está a deslocar-se de véspera à extensão do Centro de Saúde da Sertã (CSS) na localidade para conseguir obter uma simples consulta”.
Este problema é justificado por António Silva, coordenador do CSS, com base no facto da funcionária daquela extensão estar de férias, uma situação que foi agravada pela mudança do “esquema que habitualmente estava estabelecido”, visto que “o médico mudou e depois de alguns dias também teve férias”.
Mas António Silva, citado pela Rádio Condestável, disse mais: “o que está estabelecido [nesta extensão de saúde] é que teremos, numa semana uma consulta e noutra duas consultas”, adiantando que “é o que o apropriado para aquele posto médico que tem 500 utentes”. “Esta situação não se vai repetir e foi uma coincidência por causa das férias”, sublinhou.
No entanto, este episódio é apenas a ponta de um icebergue que tem vindo a ganhar uma dimensão razoável. Por exemplo, no Centro de Saúde da Sertã, são várias as queixas dos utentes que são obrigados a deslocar-se para a porta do edifício às três e quatro da manhã para conseguirem uma consulta.
É um facto que as coisas têm vindo a melhorar nos últimos tempos, mercê de algumas alterações operadas na marcação de consultas, contudo as filas noite dentro, à porta do centro de saúde, mantém-se.
E já que falamos no centro de saúde da Sertã, o que irá realmente acontecer ao actual edifício? A pintura a que foi sujeito servirá para lhe dar cara nova por mais umas décadas? Vai ser construído um novo centro? Estará o Ministério da Saúde disposto (em tempo de vacas magras) a investir mais dinheiro num concelho que ainda há menos de duas décadas foi dotado de um centro de saúde “moderno e novinho em folha”? E para terminar, como é que será resolvido o problema da falta de médicos com que se debate actualmente o Centro de Saúde da Sertã?
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Sertã: Crónica de uma morte anunciada?
É um assunto muito sério mas que tem merecido pouca atenção por parte da classe política local, entretida com outras matérias de pertinência duvidosa. O despovoamento do concelho da Sertã é hoje uma triste evidência e o cenário para o futuro não se advinha muito risonho.
Passemos aos factos: segundo o relatório «Dinâmicas Populacionais e Projecções Demográficas da Sertã», o concelho perdeu, entre 1970 e 2000, 37,5 por cento da sua população. Em 1970, a Sertã possuía cerca de 23 mil habitantes, um número que, em 2000, baixou para 16.720 (Censos 2001). Se recuperarmos os dados provisórios que têm vindo a ser publicados anualmente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), podemos observar que estes valores continuam em curva descendente – em 2008, a população sertaginense estava estimada em 15.663 habitantes, e não será difícil de imaginar que nos Censos de 2011 este número possa ser inferior.
Esta evolução negativa encontrava-se já plasmada no relatório «Dinâmicas Populacionais e Projecções Demográficas da Sertã», que dava conta de que, até 2026, a Sertã poderia perder mais 12 por cento da sua população (qualquer coisa como 1.845 habitantes).
O cenário que aqui traçamos é infelizmente extensível aos concelhos vizinhos (por exemplo, em Proença-a-Nova, a população baixou de 9.610 habitantes, em 2001, para 8.849 em 2008) e à quase totalidade do Interior português. Contudo, isso não implica que fiquemos de braços cruzados achando que o problema é estrutural (também o é!!!) e que o único caminho é assistir, impávido e sereno, ao definhamento de toda esta zona do país.
No caso particular da Sertã, é urgente fazer um debate sério, juntando todas as forças vivas do concelho (população incluída), no sentido de encontrar caminhos e soluções que possam ajudar a inverter este cenário, sob pena do concelho poder estar, em menos de 100 anos, reduzido a pouco mais de um milhar de habitantes.
Mais do que conversas de circunstância (onde a defesa dos interesses do partido sobrepõe-se sempre à defesa dos interesses do concelho) e banalidades, em forma de soundbyte, urge fazer alguma coisa, sobretudo porque o futuro da Sertã está em risco.
Passemos aos factos: segundo o relatório «Dinâmicas Populacionais e Projecções Demográficas da Sertã», o concelho perdeu, entre 1970 e 2000, 37,5 por cento da sua população. Em 1970, a Sertã possuía cerca de 23 mil habitantes, um número que, em 2000, baixou para 16.720 (Censos 2001). Se recuperarmos os dados provisórios que têm vindo a ser publicados anualmente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), podemos observar que estes valores continuam em curva descendente – em 2008, a população sertaginense estava estimada em 15.663 habitantes, e não será difícil de imaginar que nos Censos de 2011 este número possa ser inferior.
Esta evolução negativa encontrava-se já plasmada no relatório «Dinâmicas Populacionais e Projecções Demográficas da Sertã», que dava conta de que, até 2026, a Sertã poderia perder mais 12 por cento da sua população (qualquer coisa como 1.845 habitantes).
O cenário que aqui traçamos é infelizmente extensível aos concelhos vizinhos (por exemplo, em Proença-a-Nova, a população baixou de 9.610 habitantes, em 2001, para 8.849 em 2008) e à quase totalidade do Interior português. Contudo, isso não implica que fiquemos de braços cruzados achando que o problema é estrutural (também o é!!!) e que o único caminho é assistir, impávido e sereno, ao definhamento de toda esta zona do país.
No caso particular da Sertã, é urgente fazer um debate sério, juntando todas as forças vivas do concelho (população incluída), no sentido de encontrar caminhos e soluções que possam ajudar a inverter este cenário, sob pena do concelho poder estar, em menos de 100 anos, reduzido a pouco mais de um milhar de habitantes.
Mais do que conversas de circunstância (onde a defesa dos interesses do partido sobrepõe-se sempre à defesa dos interesses do concelho) e banalidades, em forma de soundbyte, urge fazer alguma coisa, sobretudo porque o futuro da Sertã está em risco.
E as ideias para dinamizar este concelho já foram quase todas formuladas, agora basta colocá-las em prática, desde o turismo às energias renováveis, passando pela floresta e pelo aproveitamento do património histórico e natural do concelho.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
D. Nuno Alvares Pereira com Sessão Evocativa na Casa da Comarca da Sertã
A Casa da Comarca da Sertã, em Lisboa, vai ser palco, no próximo dia 18 de Setembro (Sábado), pelas 15 horas, de uma Sessão Evocativa da figura de D. Nuno Alvares Pereira. No ano em que se comemoram os 650 anos do nascimento do Condestável, e agora também conhecido por S. Nuno de Santa Maria (canonizado a 26 de Abril de 2009), esta é uma boa oportunidade para recordar uma das grandes personalidades da História de Portugal.
Apesar de não existirem certezas, tudo indica que Nuno Álvares Pereira terá nascido no Paço do Bonjardim, na freguesia de Cernache do Bonjardim, concelho de Sertã, em 24 de Junho de 1360. Há quem discorde desta versão, apontando Flor da Rosa como local de nascimento, mas o que é certo é que muitos historiadores (Oliveira Martins, Aires do Nascimento, Virgínia Rau, Valério Cordeiro, Fernando Denis ou Elias Cardoso – só para citar alguns) inclinam-se para a vila cernachense.
“Herói militar, foi graças à sua determinação e empenho que Portugal venceu a Batalha de Aljubarrota, em 14 de Agosto de 1385, facto decisivo para manter a independência de Portugal face a Espanha e consolidando, assim, D. João I, Mestre de Avis, no trono”, pode ler-se numa pequena nota biográfica elaborada pela Casa da Comarca da Sertã, que acrescenta: “D. João I fez dele um dos homens mais ricos de Portugal e casou o seu filho natural D. Afonso, Conde de Barcelos e futuro Duque de Bragança, com D. Beatriz de Alvim, única filha sobrevivente do Condestável. D. João, 8.º duque de Bragança, seu descendente, veio a dar início à dinastia de Bragança com o nome de D. João IV, em 1 de Dezembro de 1640, pondo fim aos cerca de 60 anos de domínio espanhol e restaurando a soberania portuguesa”.
Em 15 de Agosto de 1423 depois de se despojar de todos os seus bens, D. Nuno Álvares Pereira recolheu-se ao Convento do Carmo – que havia mandado construir –, adoptando o nome de Nuno de Santa Maria. Faleceu no dia 1 de Abril de 1431.
Apesar de não existirem certezas, tudo indica que Nuno Álvares Pereira terá nascido no Paço do Bonjardim, na freguesia de Cernache do Bonjardim, concelho de Sertã, em 24 de Junho de 1360. Há quem discorde desta versão, apontando Flor da Rosa como local de nascimento, mas o que é certo é que muitos historiadores (Oliveira Martins, Aires do Nascimento, Virgínia Rau, Valério Cordeiro, Fernando Denis ou Elias Cardoso – só para citar alguns) inclinam-se para a vila cernachense.
“Herói militar, foi graças à sua determinação e empenho que Portugal venceu a Batalha de Aljubarrota, em 14 de Agosto de 1385, facto decisivo para manter a independência de Portugal face a Espanha e consolidando, assim, D. João I, Mestre de Avis, no trono”, pode ler-se numa pequena nota biográfica elaborada pela Casa da Comarca da Sertã, que acrescenta: “D. João I fez dele um dos homens mais ricos de Portugal e casou o seu filho natural D. Afonso, Conde de Barcelos e futuro Duque de Bragança, com D. Beatriz de Alvim, única filha sobrevivente do Condestável. D. João, 8.º duque de Bragança, seu descendente, veio a dar início à dinastia de Bragança com o nome de D. João IV, em 1 de Dezembro de 1640, pondo fim aos cerca de 60 anos de domínio espanhol e restaurando a soberania portuguesa”.
Em 15 de Agosto de 1423 depois de se despojar de todos os seus bens, D. Nuno Álvares Pereira recolheu-se ao Convento do Carmo – que havia mandado construir –, adoptando o nome de Nuno de Santa Maria. Faleceu no dia 1 de Abril de 1431.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Jornais antigos: Correio da Beira
O dia 14 de Abril de 1932 ficou para a história do jornalismo sertaginense pelo aparecimento de um novo semanário, intitulado «Correio da Beira». Dirigido por Virgílio Godinho e editado por Zeferino Lucas, esta publicação sobreviveu até 1934.
No primeiro número, os objectivos dos promotores ficaram logo definidos: “Propõe-se este jornal ser doravante, a boca que reclama, o cérebro que congemina, o coração que sente, outorgando-se o privilégio de reclamar, pensar e sentir em nome de todos quantos, até agora, se têm mantido, por inércia, por comodismo, na vaga expectativa de uma justiça que cairá dos infinitos céus aos trambolhões para realizar, a golpes de mágica, todos os instrumentos do progresso regional”.
Entre as notícias em destaque nesta edição inaugural contavam-se o problema do analfabetismo no concelho, a inauguração da carreira diária entre Sertã e Lisboa da Companhia de Viação de Sernache e a contracção de um empréstimo de 100 mil escudos destinados ao aproveitamento de uma queda de água da Ribeira Grande, para produção de energia eléctrica, que abastecerá a vila da Sertã de luz artificial.
No primeiro número, os objectivos dos promotores ficaram logo definidos: “Propõe-se este jornal ser doravante, a boca que reclama, o cérebro que congemina, o coração que sente, outorgando-se o privilégio de reclamar, pensar e sentir em nome de todos quantos, até agora, se têm mantido, por inércia, por comodismo, na vaga expectativa de uma justiça que cairá dos infinitos céus aos trambolhões para realizar, a golpes de mágica, todos os instrumentos do progresso regional”.
Entre as notícias em destaque nesta edição inaugural contavam-se o problema do analfabetismo no concelho, a inauguração da carreira diária entre Sertã e Lisboa da Companhia de Viação de Sernache e a contracção de um empréstimo de 100 mil escudos destinados ao aproveitamento de uma queda de água da Ribeira Grande, para produção de energia eléctrica, que abastecerá a vila da Sertã de luz artificial.
Este semanário fazia ainda publicar artigos de vários ilustres sertaginenses como o Pe. António Lourenço Farinha, Cândido Teixeira ou José Carlos Ehrarhdt.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Campeonato Distrital de Castelo Branco conta com Vitória de Sernache
O Vitória de Sernache já conhece os seus adversários para a temporada 2010/2011 do Campeonato Distrital de Castelo Branco (Liga Covifil). Na primeira jornada, que se realiza no dia 19 de Setembro, a formação vitoriana recebe o Oleiros.
Depois de jogar na ronda inaugural com o conjunto oleirense, a equipa de Cernache do Bonjardim defronta os seguintes emblemas: Proença-a-Nova (fora), Vila Velha de Ródão (casa), Vilarregense (fora), Penamacorense (casa), Escalos Cima (fora), Atalaia do Campo (casa), Teixosense (fora), Pedrógão (casa) e Alcains (fora). Na segunda volta, a ordem de jogos é igual, apenas se alterando a condição visitante/visitado.
Para esta época, o Vitória de Sernache continua a ser orientado por Simões Gapo e o plantel é, para já, constituído pelos seguintes jogadores: Rodrigo (ex-Vilarregense), Vasco Ladeiras (ex-júnior), Rui Barrela (ex-Torres Novas), Dário, Pedro, Tiago, Ricardo André, 'Velho', DavidVieira (ex-Torres Novas), Filipe Avelar (ex-Sertanense), Dani, Rabat, Maçaroco, Jorge Pinheiro (ex-Ferroviários), Gaspar, Toni, André Vieira (ex-Torres Novas), M'Passo, Santolini, Gameiro (ex-Mação) e os ex-juniores João Ladeiras, Rui Martins, Diogo Lima, Gil Henriques, Micael, Fachinha e Luís Farinha.
Foto: Blog do Vitória de Sernache